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TECNOLOGIA
bits 8 8
Os três tipos de quadro possuem ainda nx8
1 bit (P/F-"Poll/Final") que é utilizado Identificador Número Número do Tipo de
para forçar a resposta de um secun Mensagem nível 4 ou
de formato do grupo canal lógico pacote informações complementares
dário mesmo quando ela normalmente
náo seria enviada, geralmente utilizado Cabeçalho do pacote
em procedimentos de recuperação de H
erro. Fig. 8 - Formato de uma pacote
cancelamento) de um circuito virtual, ciar pacotes de dados (de usuário) de
Conforme mencionado, todos os qua para a transmissão dos pacotes. Assim, pacotes de controle do nível 3. Nos pri
dros tipo I e S são numerados seqüen- os canais lógicos de um DTE podem en meiros, os bits restantes do campo são
cialmente módulo 8 (isto é, de 0 a 7), contrar-se nos estados livres, ou ocupa utilizados para a numeração do pacote
sendo que se define um número má dos por um circuito virtual permanente e para a confirmação de recebimento de
ximo de quadros (de 1 a 7) que podem ou temporário. A denominação "circui pacotes anteriores, como no nível 2,
ser enviados por um primário sem que to virtual" decorre do fato do circuito fí além de incluir um bit que indica se o
ele receba uma resposta de reconheci sico ser utilizado apenas durante a efe pacote tem continuação (ou seja, se a
mento dos anteriores. Por outro lado, tiva transmissão da mensagem, além mensagem original foi segmentada) ou
um secundário informa o recebimento desta poder seguir rotas arbitrárias na não; os dados do usuário estão no
correto de quadros através da especifi rede de comutação de pacotes. campo da mensagem.
cação do número do próximo quadro
que ele aguarda, podendo assim indi Para o controle dos canais lógicos, o ní Os pacotes de controle transportam
car o reconhecimento de mais de um vel 3 utiliza uma filosofia análoga ao ní com andos/respostas, utilizando,
quadro em uma só resposta.
vel 2, evidenciada por semelhanças en quando necessário, o campo de mensa
Foge ao escopo deste artigo o detalha tre conteúdos dos cabeçalhos do pacote gem. Como na apresentação do nível 2,
mento do formato, funções e regras de e HDLC (vide figura 3), e entre os co não detalharemos neste artigo estes co
mandos e respostas trocadas em ambos mandos e respostas, que podem ser en
utilização dos 14 comandos e respostas
utilizadas para o controle do enlace. Es os níveis. Assim como os quadros contrados na bibliografia citada. Basta
tas informações podem ser encontra HDLC, os pacotes de um canal lógico comentar que existem comandos com
das na maioria das referências biblio são numerados independentemente, as seguintes funções:
gráficas presentes no final deste texto. embora no nível 3 em função deste pro • Estabelecer/cancelar um circuito
cedimento seja o controle do fluxo de virtual;
5. O protocolo X.25, nível 3 mensagens, e náo o controle de erros, • Enviar um pacote de dados através
como no nível 2.
Conforme mencionado, as principais de um circuito virtual;
características do X.25, nível 3, são a A figura 8 ilustra o formato de um pa Enviar um byte de informação
transformação do canal único oferecido cote nível 3, evidenciando os campos ("interrupt data"), classificado como
pelo nível 2 em múltiplos canais lógicos de seu cabeçalho de 24 bits. prioritário, através de um circuito
DTE/DCE no nível 3, e a possibilidade virtual, inibindo as funções de con
de se d e fin ir e n la ce s DTE/DTE No primeiro campo, o primeiro bit (Q) trole de fluxo;
(circuitos virtuais). permite a classificação dos pacotes em • Efetuar o controle de fluxo (inibir/rea-
dois grupos (por exemplo, sistema/ tivar temporariamente a recepção de
A figura 7 ilustra os conceitos de canal aplicação); os restantes são constantes
lógico e circuito virtual. (001) para o formato apresentado, e pacotes, etc.);
tem como objetivo permitir a definição • Reinicializar um ou todos os circuitos
Um canal lógico é uma associação local virtuais da interface, descartando to
e permanente entre um par DTE/DCE, de novos formatos De fato, já existe dos os pacotes neles existentes; este
sendo identificado pelo mesmo nú um formato alternativo (Q010), que procedimento é normalmente utili
mero em ambos. A recomendação X.25 permite um esquema de numeração zado na recuperação de erros.
permite um máximo de 16 grupos de dos pacotes módulo 128 ao invés de
256 canais lógicos em um par DTE/ módulo 8. Os dois campos seguintes 6. Bibliografia
DCE. Um circuito virtual é o resultado identificam o canal lógico ao qual é en
da associação bidirecional entre dois dereçado o pacote.
1) CC1TT: "Provisional Recomendations X.3,
canais lógicos de um par de DTEs, po X 25, X.28 and X.29 on Packet-Switched Data
dendo esta associação ser permanente O tipo de pacote é especificado pelo úl Transmission Services", Genova, 1978, pág.8a
ou temporária, caso em que se faz ne timo campo do cabeçalho. O último bit 49.
cessário o estabelecimento (e posterior deste campo é utilizado para diferen-
2) Sloman, M S . : "X.25 explained", Computer
Communications, vol. 1, n.” 6, dezembro/78,
Rede de comutação de pacotes pág. 310 a 327
3) Naidin, D : "Simples, veloz e versátil", Dadose
Idéias, n.*’ 6, fevereiro/março/80, pág. 60 a 65.
4) B r é a , R : " X . 2 5 : F i l o s o f i a de discutida
aceitação", Dados e Idéias, n." 6, fev./mar./80,
pág. 66 a 73
5) Leger, G L "LSI ready, to make a mark on pac
ket-switched network connection", Eletronics,
Canais lógicos nível 3 Canais lógicos nível 3 20, dezembro/79, pág. 89 a 99.
Reproduzido por cortesia do Bole
Circuitos Virtuais tim Scopus -
Fig. 7 ¦ Canais lógicos e circuitos virtuais Ano 3 n.° 26 - Agosto/80. I f
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