Page 10 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1982
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A P A R E L H O S U P E R
A U T O M Á T I C O
Ao se falar em robôs vem logo à mente uma máquina de
aparência humana, cujo interior está repleto de fios e
componentes. O robô industrial', de hoje em dia, nada
mais é porém do que um aparelho automático sofisti
cado, que a tecnologia vai tornando possível. O robô, na
sua configuração mais simples, apresenta-se como um
manipulador manual, diretamente comandado por um
operador. Em outras configurações mais evoluídas, o
equipamento pode ser projetado para repetir continua
mente um mesmo ciclo de operações. No extremo su
perior da escala, inclui-se uma memória que capacita o
equipamento para armazenar sinais que podem ser
utilizados para controlar suas próprias operações. Isto
pode ser feito de três maneiras: 1) o operador comanda a
máquina que, ao efetuar um primeiro ciclo de opera F E R R A M E N T A
ções, gera sinais de "aprendizado" que são armazena
dos para uso posterior; 2) o operador introduz na me
mória (através de um teclado) sinais digitais, que repre
sentam a seqüência lógica das operações; 3) sensores
acoplados à operação em curso geram sinais que sào
utilizados para interagir com a programação lógica, já
armazenada na memória, pelos processos anteriores.
O ro b ô indu strial tem um a im portân cia eco n ô m ica e s o
cial e n o r m e , p o is p erm ite su bstitu ir o h o m e m n um a
série d e tarefas repetitivas ou p erig osas. Para um futuro
m ais d ista n te, o e m p r e g o m a ssific a d o d e ro b ô s d e v e
co n d u z ir a o s o n h o d e to d o g eren te indu strial — a fábri
ca 100% au tom atizad a. A utilização d e ro b ô s indu striais
req u er, n atu ralm en te, m ã o -d e-o b ra a lta m en te q u alifi
ca d a , n ec essá ria p a ra m a n tê-lo s em o p e r a ç ã o e p ara
p ro g ra m a r co n v en ien tem en te sua op era çã o .
Hoje em dia, além do bloco dos países da Europa Oci
dental, três países se distringuem na utilização do robô
industrial: Japão, Estados Unidos e União Soviética.
O Japão lidera a produção mundial de robôs, tendo pro
duzido US$ 400 milhões em 1980, o que representa um
crescimento de 85% sobre o ano anterior. A indústria de
equipamentos elétricos, a de plásticos, a metalúrgica e a
automobilística absorvem, segundo A. Werneck, do
Jornal do Brasil, 75% da produção de robôs no Japão.
Ainda segundo a mesma fonte, os preços médios dos
robôs variam entre 45 e 60 mil dólares e sua vida útil é de
cinco anos.
No tocante ao emprego de computadores para produ
ção, estes são utilizados não só como aparelhos auxilia
res para a área de projetos, como também para dinami
zara área de fabricação. Nos países do Terceiro Mundo,
em que a mão-de-obra é abundante e pouco especiali
zada, a problemática da introdução de robôs, como
bens de capital, será certamente diversa da dos centros
mais adiantados e merece estudo cuidadoso. Mas quem
até hoje deixou de utilizar o progresso? (JCF)
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