Page 53 - Telebrasil - Março/Abril 1981
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a utilização do canal comum de sinalização permitindo maior flexibilidade
e velocidade na troca de sinalização entre centrais.
c) Encaminhamento
Em itens anteriores, já vimos como a flexibilidade das centrais e a capaci
dade dos meios de transmissão modificarão totalmente o plano existente no
país.
d) Tarifação
As centrais controladas por computador permitem diversos tipos de tarifa-
ção não possíveis às centrais crossbar devido ao volume de modificações
necessárias.
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e) Temporização
A flexibilidade é tal que esta poderá ser variável de acordo com a perfor
mance da central.
0 Numeração
Centrais digitais permitem existência de centrais locaisde I (X).(XX)assinan
tes c centrais transito de 64.(XX) troncos.
t •
Certamente isto afetará as áreas de numeração.
Podíamos continuar a nos estender e mesmo falar das normas novas como
as referentes a sincronismo e novas facilidades.
Entretanto, cremos já termos levado o leitor a perceber a importância no
país, sem esquecer o impacto destas alterações nos quase sete milhões de
assinantes ligados a centrais de tecnologia não digital.
6) O software e sua complexidade
6.1 () tamanho do sof tware em uma centra! de comutação temporal
Oprimeirn pontoparaque desejamos chamar atenção, eonircspeitp ao.vY;/í-
ware. é o seu tamanho em centrais de comutação temporal.
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Realmente, o número de facilidades e a compactação destas centrais é ex
traordinário mas, como tudo. um preço tem que ser pago por elas e este é o
software.
O tamanho ik> software nus centrais digitais temporais das companhias for
necedoras está da ordem de K(X)k/palavras.
6.2 O manpower neccssãrio para f*ercnciã-/o
Nos Estados Unidos, é calculado que. para cada IK de programa, é neces
sário um engenheiro especializado para gerenciá-lo.
Outras versões estabelecem que. para cada IOK. são necessários 3 enge
nheiros especializados.
Para se ter uma idéia: Embora a segunda seja mais benevolente, fiquemos com ela para nossa
a) O CCI IT ( I ) apresentou uma lista de serviços telefônicos suplcmen análise.
tares, preparada pelo CEPT, que chega ao total de 73 serviços, sendo estes
O primeiro ponto para que desejamos chamar
prestados exelusivamcnte aos usuários.
atenção, com respeito ao software, é o seu tamanho
b) Já existem companhias multinacionais com listas de maisde I .(XX) facili
nas centrais de comutação temporal.
dades preparadas com fins de pesquisa de mercado.
Quem já se deparou com quaisquer destas listas sabe da dificuldade para Uma simples conta aritmética nos diz que. para gerenciarmos um software
s
responde-las, pois elas dependem fortemente da rede atual e do futuro ainda de 8(X)K. necessitaríamos de 240engenheiros especializados.
desconhecido.
Sc levarmos em conta que pode haver, por exemplo. 3 fornecedores, tal
E necessário, pois, que se estude, com dedicação, todas estas facilidades, número elcva-sc para 720 engenheiros especializados e. como temos tam
se debata o problema com concessionárias de outros países e com os pró bém software especializado para centrais trânsito c mesmo concessionárias
prios fornecedores, assim como se faça pesquisas de mercado. que desejarão ter seu próprio controle, ccrtamcntc que emprego não será
Encerrando, três fatos não podem ser esquecidos: problema para os engenheiros na era digital.
a) toda facilidade tem um preço e o preço de software é caro: 6.3. 0 centro software
b) toda facilidade ocupa lugar na memória dos computadores da central; Normalmcntc os fornecedores de centrais de comutação digital possuem
c) toda facilidade depende fortemente da rede de centrais existentes. um centro software c estão mesmo dispostos a instalar um no país que com
pra o seu tipo de central.
5) As modificações dos planos estruturais *
E fácil de prever que, no início, seria muito onerosa a compra deste centro
Com a introdução das centrais de comutação digitais, os planos estruturais
por um país, ficando assim o software da central sob controle da equipe de
de telefonia de um país sofrerão mudanças de importância, conforme
manutenção e operação do fornecedor, e. para um bom entendedor, o soft’
veremos:
ware da central digital é o coração c o cérebro da central.
a) Plano de transmissão
Outro ponto a levar-se em conta é o tempo necessário para transferir-se o
Inúmeros pontos ainda estão em discussão, no CCITT, como o relativo à
know-how de 8(X)K de software, caso uma concessionária compre o seu
atenuação, devido à necessidade de uma bobina híbrida para cada assi
nante. centro de software. Sobre tal assunto falaremos mais tarde, quando consi
derarmos itens necessários aos novos contratos.
Este plano fatal mente terá de ser modificado,
6 .4 .0 custo do software
b) Plano de sinalização Um gráfico vale por mil palavras e por isto o deixamos, neste ponto, aanali-
A mudança aqui também existe e a sinalização passa a ser não-associada. É saroscstudosapresentadosporKojiKobayashi.naCommunicAsia 79(2).