Page 39 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1980

Raimundo Vieira Filho

Bacharel ein Administração de Empresas, Professor

da Escola Superior de Administração e Gerência da

Universidade de Santa Catarina; Diretor

Administrativo da Telecomunicações de Santa

Catarina S/A — TELESC.

Introdução

uso das canalizações pelas emisso­

ras de rádio-difusão e o nosso

“As soluções para os problemas são como chaves em fechaduras: não fundo- maior cliente: os usuários residen­

nam se não se ajustam. Se as soluções não forem as corretas, o problema não ciais e comerciais. Para atender a

será resolvido”.
estas obrigações, que traduzem a

necessidade de existir um serviço

Dentre os pressupostos para que a entidades que também trabalham telefônico de boa qualidade, as em­

empresa alcance a eficácia geren­ com telecomunicações. Os resulta­ presas compõem um sistema de

cial, está o conhecim ento que dos dessas empresas, em muitas si­ trabalho onde os objetivos são es­

devem ter seus gerentes sobre a tuações, são decorrentes da per­ tabelecidos, definidas as políticas,

contribuição das suas respectivas form ance das nossas empresas. elaborados os planos, fixadas me­

unidades de trabalho para os resul­ Um mau resultado nosso traduzirá tas, alocados os recursos e organi­

tados da em presa e o conheci­ um mau resultado delas. Embora zados para gerarem resultados. To­

mento, por todos os empregados, não ocorra sem pre, em vários davia, estes componentes por si só

da contribuição das suas respecti­ casos chegamos a formar um sis­ são estáticos, sem vida. Este ar­

vas posições de trabalho para os tema único. O exemplo claro é a in­ ranjo de coisas e métodos passa a

resultados do órgão a que perten­ terligação com a EMBRATEL nas ser realmente um sistem a, cria

cem. Tal conhecimento conduz as chamadas interestaduais e interna­ vida, quando nele são introduzidas

pessoas que fazem parte da organi­ cionais. rede de telex e teleproces­ as pessoas (figura 1). Somente a

zação a dirigirem seus esforços samento. Estas transações aumen­ partir daí o sistema de trabalho

para produtos em vez de insumos; tam a responsabilidade que nos passa a produzir resultados. Não

para resultados em vez de meios. cabe em obter bons resultados. Po­ nos parece errado, então, concluir

Esta preocupação com resultados demos citar exemplos das transa­ que os resultados são conseqüên-

propicia a descoberta de soluções ções acima mencionadas: utiliza­ cias da utilização dos recursos dis­

alternativas para problemas difí­ ções das redes de microondas pelas poníveis pelas pessoas que traba­

ceis, novas oportunidades de mer­ TVs, a substituição pela EBCT de lham na organização. Recursos

cado e uma visão mais aberta das trechos de sua rede telegráfica pelo bem utilizados levam a bons resul­

tendências do negócio; a trabalhar, nosso sistema de transmissão, o tados; recursos mal utilizados é

em suma, com eficácia! T raba­ caso já falado da EMBRATEL, o desperdício.

lhando com eficácia, estaremos ob-

m
tendo melhores resultados e melho­

rando, conseqüentemente, o de­

sempenho empresarial. Neste ar­

tigo, vamos tentar mostrar que a

melhoria do desempenho empresa­

rial (aumento de eficácia) é conse­

quência da melhoria do desempe­

nho das pessoas que compõem a

força de trabalho da empresa e que

a melhor maneira de medir tal de­

sempenho é estabelecer e analisar

os resultados que elas alcançam

nas respectivas posições de traba­

lho. O somatório desses resultados,

são os resultados da empresa.

As subsidiárias da TELEBRÁS,

nas suas áreas de concessão, tran­

sacionam com outras empresas ou Figura 1