Page 32 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1980
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aceitando a tese de que a comercia dos contratos seriam residenciais, E evidente uma distinção acen
lização seguiria o comportamento 22% não-residenciais e 9% para tuada entre as classes de terminais
dos terminais em operação no mês CPCTs. Teríamos como resultado no que diz respeito à receita opera
de abril e os preços vigentes. Ou da arrecadação, os seguintes núme cional. Assim, terminais de maior
seja, da quantidade vendida, 69% ros: rentabilidade futura para a empresa
devem ser adquiridos por preços
mais elevados. Para os de menor
Quadro de Venda de Terminais
rentabilidade, é-lhes reservada uma
participação financeira inferior. De
Preço Total
Quantidade Unitário Arrecadado algum modo, conclui-se que os
Classe Vendida Cr$ Cr$ clientes de maior interesse para a
em presa tem dificultado o seu
RES 6.900 2 4 .7 3 9 ,0 0 1 7 0 .6 99.100,00
N/RES 2.200 35.355,00 7 7 .7 3 7 .0 0 0 .0 0 acesso a ela.
TR 900 35.335,00 3 1 .8 0 1 .5 0 0 ,0 0
4. Preços Unificados
Total 10.000 « 2 8 0 .2 3 7 .6 0 0 .0 0
Esta nova sistemática dará trata
mento equitativo de preços na co
Poderia ter sido vendido um pouco Verifica-se que a receita de um mercialização dos terminais, quer
mais, mas venderam-se 10.000 ter terminal residencial corresponde a sejam eles residenciais ou não-resi
minais. Supomos ainda que arreca 36% da receita de terminal não-re denciais. Não sabemos, pois seria
damos o total do autofinanciamento sidencial ou a 13% comparada com necessária a realização de pesquisa
de imediato e que todos os telefo o tronco. O terminal não-residenci- de mercado, o efeito que a unifica
nes foram instalados e entraram em al acusa receita 1,73 maior do que o ção de preços e a conseqüente re
funcionamento com a mesma bre residencial e apenas ± 1/3 do dução do autofinanciamento de
vidade. Temos então outro fator a tronco. Por seu turno, o tronco fa terminais não-residenciais provoca
considerar: a receita operacional tura 6,64 mais do que o residencial ria na demanda. No entanto, cre
eerada oor tais terminais. e 1,8 mais do que o terminal não- mos na elasticidade de demanda,
residencial. Desnecessário aqui embora não possamos comprovar o
Conhecemos, aproximadamente, a tecer outros comentários sobre as seu grau. Neste trabalho, a nossa
receita média gerada por terminal vantagens das classes comerciais premissa é que com a redução de Crê
na cidade tratada, seguindo a sua para as concessionárias. Os núme 10.596,(X) (dez mil, quinhentos e no
classe de utilização: ros são eloquentes. venta e seis cruzeiros) a comerciali
zação de terminais não-residenciais
A receita operacional prevista para teria um acréscimo de 20%. Tal re
F a t u r a m e n t o M é d i o p o r T e r m in a l a quantidade de telefones que dução padroniza os preços dos
foram vendidos neste caso, ficaria N/RES com os atuais preços dos
Classe Receita Média Cr$
assim especificada: RES.
RES 550,00
N/RES 1.500,00
TR 4.200,00 Receita Operacional Prevista — (Mensal)
Receita Total
O seu valor relativo pode ser ava Quantidade Média Faturado
liado no próximo quadro: Classe Terminais Cr$ Cr$
RES 6 .9 0 0 5 5 0 .0 0 I 3.795.000,00
Classe Coeficiente N/RES 2 .2 0 0 1 .5 0 0 ,0 0 3.300.000,00
TR 900 4 .2 0 0 ,0 0 3.780.000,00
RES 0,36 N/RES
N/RES 1,00 N/RES Total ¦
TR 2,80 N/RES 10.000 10.875.000,00
0li
Observa-se que os terminais não- Como vimos no quadro de venda
residenciais e tronco, que perfazem de terminais com preços diferentes,
RES 1,00 RES
N/RES 2,73 RES 31% do total dos terminais vendi foram comecializados 3.100 termi
TR 7,64 RES dos, participam com 65% no total nais N/RES (incluindo troncos).
faturado; os residenciais, que são a Logo, agora em preços unificados,
0u maioria ou 69%, participam com
ainda vender-se-iam:
35% no faturamento. Note-se que
RES 0,13 TR 9% dos terminais — classe tronco 3.100 x 1,20 3.720 terminais
N/RES 0,36 TR — faturam tanto quanto 69% N/RES
TR 1,00 TR classe residencial.