Page 23 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1980
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T r a n s f e r ê n c i a d e Sulimar Bitar Silva
Engenheiro de Telecomunicações, formado em 1972
pelo Instituto Nacional de Telecomunicações
t e c n o l o g i a C P A - U m a (INATEL). Participou de cursos de extensão e
aperfeiçoamento na área de eletrónica e
telecomunicações no Brasil e no exterior. Exerce
atualmente a função de Assistente da Chefia do
a b o r d a g e m n a á r e a d e Centro de Formação e Desenvolvimento de Recursos
Humanos, vinculado á Diretoria de Tecnologia da
Ericsson do Brasil.
d e s e n v o l v i m e n t o d e
José Carlos Cunha
r e c u r s o s h u m a n o s Engenheiro Eletricista, formado em 1969 pela
Faculdade de Engenharia Industrial (FEI).
Pós-graduado em 1971 na área de Finanças pela
Escola de Administração de Empresas da Fundação
Getúlio Vargas. Particupou de cursos de extensão e
aperfeiçoamento na área de eletrônica e
telecomunicações no Brasil e no exterior. Exerce
atualmente a função de Chefe do Centro de
Formação e Desenvolvimento de Recursos
Humanos, vinculado ã Diretoria de Tecnologia da
Ericsson do Brasil.
O desenvolvimento dos recursos serviços em telecomunicações no tema de com unicações do país
humanos necessários à tarefa de início desta década. As nossas es entre em degradação nos próximos
absorção de modernas tecnologias colas técnicas e de engenharia dois anos.
de sistemas telefônicos controlados foram apanhadas de surpresa com
a programa armazenado (CPA), a o rápido desenvolvimento tecnoló Por conseguinte, devemos aprovei
nível de projeto, planejamento de gico e, até os nossos dias, ainda tar os momentos de indefinições
aplicação, instalação, operação e falta na maioria de nossos cursos quanto à política a ser adotada para
manutenção de equipamento é uma de formação em telecomunicações a implementação quantitativa e
das questões mais urgentes de todo um currículo que dê aos nossos en qualitativa de nossos sistemas de
o pacote de providências exigidas genheiros e técnicos um nível de comunicações e ganhar tempo, ten
pela atual fase de transferência de formação realmente condizente tando suprir nossas necessidades
tecnologia que se deseja implantar com as necessidades reais da indús básicas de formação através da
no Brasil, visando o desenvolvi tria de equipamentos e de serviços elaboração de programas de trei
mento do know-how nacional. de telecomunicações. Hoje, o Bra namento que vise a habilitação dos
sil, devido à inflação, à crise ener profissionais no domínio das novas
Encerrada a fase de seleção de tec gética, ao balanço de pagamentos e tecnologias de centrais. Um pro
nologias espaciais, surge a definição à necessidade de incentivar o au grama de treinamento, para possibi
de métodos e processos de desen mento de exportações não está in litar o aperfeiçoamento necessário
volvimento de recursos humanos vestindo em telecomunicações o às tarefas de desenvolver, instalar,
necessários a absorvê-las de um mínimo compatível com as neces operar e manter as centrais CPA
modo mais eficiente, mais rápido e sidades de sua economia. E as con- deve constituir-se de módulos bási
m enos oneroso para a nação, seqüências já se fazem sentir na cos que permitam suprir as defi
aproveitando-se para isto dos co sociedade: aumento da capacidade ciências de formação dos elemen
nhecimentos até hoje acumulados ociosa das indústrias em até 80%, tos técnicos, fornecendo os conhe
na prática com sistemas telefônicos acarretando desempregos e uma cimentos teóricos e práticos neces
convencionais. A população alvo a oferta de material humano no mer sários ao cumprimento eficaz de
ser aperfeiçoada nas novas tecno cado de trabalho muito além da suas tarefas. Antes de entrarmos
logias são, na maioria, os elemen demanda exigida pelo setor de tele praticamente no desenvolvimento
tos que hoje militam nos diversos comunicações. No entanto, acredi dos programas de treinamento, de
setores da telefonia convencional. tamos que esta “ crise programada” vemos considerar a clientela que
Uma análise dos perfis de formação pela qual passam as Telecomunica nos é apresentada. O pessoal ao
destes elementos nos apresenta al ções nacionais é temporária, uma qual caberá a tarefa de absorver a
guns vícios e despreparos, culpa da vez que é imprescindível que se tecnologia CPA a nível operacional
improvisação que o Brasil- teve de tomem medidas para a retomada do constitui-se de elementos com ex
suportar para atender ao boom de ritmo de desenvolvimento do setor, periência em sistemas convencio
desenvolvimento industrial e de evitando-se que o já precário sis nais, indo desde o artífice ao enge-