Page 34 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1979
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baseado na hipótese de que alguém ra uma política de autogestão das di Abraham H. Maslow — Introdução à
possa saber o que é o ideal, tanto para versas empresas; Psicologia do Ser. Livraria Eldorado, *
o homem como para a empresa, repre Ti j uca.
senta um sério obstáculo ao autodesen- c) criação de condições, cada vez mais
volvimento, tanto da empresa quanto amplas, para que as empresas do Siste Carl R. Rogers —- Liberdade para
do homem. ma possam estabelecer seus próprios Aprender. Interlivros de Minas Gerais,
comportamentos organizacionais. 1971.
Entre empresas, mesmo entre a empre
sa holding e as demais que integram o II) a nível dos gerentes: Cari R. Rogers — Tornar-se Pessoa.
Grupo, as relações devem ter as mes Livraria Martins Fontes, 1961.
mas características das relações entre a) possibilidade dos gerentes se com
pessoas, se há a preocupação voltada portarem, segundo suas próprias po Cari. R. Rogers, Rachel L. Rosenberg
para o desenvolvimento. Assim, para tencialidades e limitações, no atingi- — A Pessoa como Centro. Editora da
que possa haver crescimento das em mento dos objetivos a que se propuse Universidade de S. Paulo, 1977.
presas e das pessoas, é necessário exis ram, através da negociação realizada
tir um clima em que tanto a empresa de forma confrontadora e aberta. Rollo May — Psicologia Existencial.
como as pessoas tenham a oportunida Editora Globo, 1976.
de de exercer as suas funções sem te
mor e sem excessivo controle externo, Rollo May — O Homem a Procura de
mas conscientes da sua responsabilida 7 . B i b l i o g r a f i a Si Mesmo. Editora Vozes, 1973.
de e dos riscos que correm ao tomarem
as suas decisões. É preciso, portanto, O presente trabalho foi redigido sem John Dewey — Vida e Educação.
que se dê oportunidade às empresas e, consulta direta a textos. Entretanto, Edições Melhoramentos, 1975.
dentro destas, aos seus gerentes para durante as experiências que se realiza
que possam exercitar o autocontrole e ram na empresa, o grupo que as condu Anísio Teixeira — Pequena Introdução
o autogoverno. Somente nessas con ziu fez inúmeras consultas bibliográfi à Filosofia de Educação. Companhia
dições, através do exame e da com cas, participou de vários seminários Editora Nacional, 1971.
preensão dos seus problemas específi que eram oferecidos na época e mante
cos e também do exercício da capacida ve permanentemente não só discussões João Bosco Lodi — Desenvolvimento
de de cada um em resolvê-los, de acor internas, como também troca de idéias de Executivos. Biblioteca Pioneira de
do com as limitações e potencialidades com muitas chefias da empresa. As Administração e Negócios.
internas, é que poderá haver real de idéias aqui apresentadas, obviamente,
senvolvimento. sofreram influência de todas essas inte Warren G. Bennis — Desenvolvimento
rações. Organizacional: sua natureza, origens
Acreditamos que a sugestão mais coe e perspectivas. Editora Edgard Blucher
rente com as idéias expostas nesse tra Parece-nos, entretanto, que foram Ltda., 1972.
balho seja a de que o Sistema TE- principalmente nos escritos, abaixo re
LEBRÁS adote a atitude gerencial lacionados, de Rogers, Rollo May, Richard Beckhard — Desenvolvimento
básica, caracterizada pelos seguintes Maslow, Dewey e do professor brasilei Organizacional: Estratégias e Modelos.
aspectos: ro Anísio Teixeira que encontramos as Editora Edgard Blucher Ltda., 1972.
idéias com as quais mais nos harmoni
I) a nível empresarial: zamos. A leitura de Lodi, Bennis, W. Warner Burke — Introdução ac
Beckhard, Burke e Beer, entre outros, Desenvolvimento Organizacional. Se
a) ênfase na negociação de resultados também influenciou bastante o nosso minário patrocinado pela CEPLON,
(metas) empresariais a serem atingidos trabalho. 1976.
por todo o Sistema;
Desnecessário dizer que somos os úni Stafford Beer — Brain of the Firm.
b) redução, ao mínimo indispensável, cos responsáveis pelos conceitos e McGraw-Hill, 1972.
do controle de insumos, como base pa idéias aqui emitidos. ¥
E m b r a c o m e a e, ao mesmo tempo, dispor de equipamentos A principal vantagem apontada por Calfat.
em estoque para entrega imediata aos clien- que torna a utilização do carrier mais econô
p r o d u t i v i d a d e tes” . Calfat explica, também, que “ somente mica que o lançamento de cabos, é o tempo
com uma produtividade alta é que se conse de implantação de cada um dos sistemas. “0
i n d u s t r i a l gue programar encomendas de componentes carrier pode ser implantado em 48 horas e o
e obtê-los a custos inferiores, o que poderá cabo cerca de um ano. Isso significa que,
A Embracom Eletrônica S/A atingiu durante proporcionar uma redução de até 20% no após dois dias, o carrier possibilita ao termi
o mês de junho a produção em linha de dois preço de venda do produto, dependendo das nal começar a render, pois o telefone já estará
mil canais do carrier telefônico monocanal e quantidades a serem alocadas” . Com isso, a em operação pelo assinante. Dessa forma. 1
560 do multicanal, quantidades essas que, se Embracom pretende atingir uma massifi quando o cabo começar a dar receita, após os
gundo o diretor superintendente da empresa, cação de sua linha produtiva, obtendo c 12 meses que demorou para ser lançado, o in
João Calfat Jr., “ será mantida como média mínimo de lucro e tornando os preços compe* vestimento feito com o sistema carrier já es
mensal de produção, para baratear seu custo titivos até mesmo a nível internacional. tará completamente pago” .