Page 15 - Telebrasil - Maio/Junho 1979
P. 15
RICARDO BOSZERWES
Graduado em Engenharia Industrial Ele
trônica pela Faculdade de Engenharia
Industrial — FEI. Estágios na área de sis
temas computacionais e em toleprocessa-
mento na Philips (Holanda). Atualmente
exerce o cargo de engenhoiro assistente no
departamento de Produto Multiplox na
Inbeisa.
1. Introdução cipalmente, â diafonia e atenuação Antes da introdução aos sistemas de
e necessita, portanto, ser regenera supervisão disponíveis justifica-se
%
A aplicação de sistemas multiplexa- do a intervalos de distância que va aqui uma breve descrição do funcio
dores digitais PCM no Brasil já é riam com as características do cabo namento de um RPL.
uma realidade com sólidas bases nas utilizado e do equipamento regene
principais redes telefônicas do País, rador. O fluxo digital a 2.048 kbit/s, após
devido ao fato de que tal sistema passar por um transformador de iso-
tem mostrado grandes vantagens Os Regeneradores de Pulsos de Li lação galvânica, é amplificado e e-
técnico-econômicas como, por nha — RPL — são acondicionados qualizado. A equalização é neces
exemplo: em caixas estanques, as quais, por sária para a correta amplificação do
sua vez, são instaladas em câmaras sinal de entrada mesmo com a varia
— aproveitamento de cahos precári subterrâneas. Normalmente, estas ção das características do cabo, em
os devido á imunidade a ruído dos câmaras são barrentas e cheias de função da freqüência, entre cada
¦
sistemas digitais; água e, em muitos casos, encontram- lance.
- maior aproveitamento dos cabos: se sob o leito de movimentadas ave
dois pares permitem a comunicação nidas. Tendo isto em mente, pode-
Após a amplificação, o fluxo digital
bidirecional de 30 canais; se imaginar o transtorno e a dificul
alimenta dois circuitos de decisão,
- baixo custo de sistemas digitais; dade para a equipe de manutenção
um gerador para pulsos positivos e
- baixo consumo e baixo custo de atingir um RPL.
outro para pulsos negativos. Estes
manutenção;
circuitos, comandados pelo sinal de
- alta eficiência, confiabilidade e Uma vez que as rotas PCM normal-
relógio extraído do fluxo digital,
qualidade de transmissão; mente contam com diversos pontos geram ou não os pulsos dependendo
- facilidade para a inserção de telex de regeneração, é necessário que, do nível do sinal em sua entrada,
e dados. em caso de falha do equipamento (figurail).
de linha, a equipe de manutenção • * \ ’ , %
Apesar de possível a transmissão via já saia para o campo com conheci
rádio, os sistemas PCM de primeira mento de qual dos pontos de rege Os instantes de decisão são determi
hierarquia — 30 canais — sempre uti neração apresenta defeito, evitando- nados pelo sinal de relógio e os cir
lizam, nos centros urbanos, cabos se assim o enorme incômodo da ve cuitos de decisão (DEC) possuem
de pares devido à saturação de es rificação ponto a ponto. Daí a ne um nível de referência — limiar de
pectro comum a estes centros. cessidade de um sistema de supervi decisão — em relação ao qual identi
» 1 ^ f
são que permita a localização de fa ficam se o sinal presente em sua en
*
— O sinal digital PCM trafegando nos lhas no equipamento de linha, a trada, neste exato momento, é um
pares, sofre distorções devido, prin partir das estações terminais. pulso ou não (figura 2).