Page 65 - Telebrasil - Julho/Agosto 1979
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ra dos próprios documentos de planejamento e
de controle.
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Outra exigência que vem sendo feita é a de que se
aumente a qualidade dos conteúdos dos docu-
mçntos de controle.
Tais fatos estão a exigir uma maior aderência dos
registros aos fatos observados, uma maior inte
gração entre as diversas partes do sistema, uma
maior coerência entre os dados e/ou análises
produzidas e uma maior presteza na emissão e di
fusão dos documentos de controle. No caso par
ticular da EMBRATEL, com a reformulação dos
seus sistemas de planejamento e de controle, a
maior parte dessas exigências já foi atendida.
A par de todas estas exigências com as quais está
se procurando aumentar a qualidade dos aspec
tos formais e substanciais dos processos de pla
nejamento e de controle, está a se exigir a
ampliação da participação dos diversos níveis de
gerência’das empresas nestes processos. Destaca-
se o fato de se exigir um processo de controle que
possibilite ampla difusão das informações, si
multaneamente a todos os níveis de gerência,
tanto os controlados quanto os controladores;
Figura 1: Estrutura Básica cio Modelo
ou seja, o sistema de controle está passando a ser
« visto não como um “ instrumento de controle”
A função básica destes módulos é a de, interagin Notas mas sim como um “ instrumento de planejamen
do com o Módulo Contábil, e a partir de deter % to” .
minados parâmetros fornecidos pelos analistas, 1. A guisa de ilustração, procuramos sintetizar,
produzir os valores do “ produto” gerado pela graficamente, na figura 2, a complexa articu Estabelecimento de Diretrizes, Objetivos e Metas
empresa em determinado período e as parcelas lação existente entre o desempenho da EMBRA-
"apropriadas” pelos diversos agentes produto TEL e os das demais empresas que integram o Esta reformulação vem sendo feita, em muitas
res, tanto no que diz respeito ás apropriações u seu meio ambiente, destacando-se os desempe empresas, no sentido de se estabelecer objetivos e
pnori (salário, por exemplo) quanto às a poste- nhos das demais empresas do Sistema TE- metas de forma negociada, com círculos de nego
*
nuri (dividendos, por exemplo). LEBRAS e os das Empresas Fornecedoras do Se ciadores cada vez mais amplos. Com tal refor
tor de Telecomunicações. mulação pretende-se propiciar, não só um au
Demais módulos: mento da consciência de grupo, mas também o
2. Análise da Situação da Empresa desenvolvimento de uma “ linguagem gerencial
Os demais módulos tem uma dupla função. Uma comum” a par de um esquema de análise que
delas é a de produzir os valores dos indicadores Esta análise, que anteriormente era feita de mo permita, a um número cada vez maior de admi
de desempenho, tanto físicos quanto económico- do bastante desvinculado do sistema de controle nistradores, uma melhor assimilação das mudan
financeiros, referentes a cada um dos seguintes da empresa (mesmo quando a empresa já tinha ças do meio ambiente.
processos: um sistema institucionalizado), está passando a
ser feita a partir dos dados e análises produzidas Geração de Alternativas de Procedimento
a) processo de expansão do imobilizado técnico; pelos elementos participantes dos sistemas de
controle. Tal tendência está a exigir uma integra O desenvolvimento desta fase vem sendo feito no
b) processo de financiamento de expansão do
ção cada vez maior dos sistemas de planejamento sentido de se constituírem grupos interdis-
imobilizado técnico;
# e de controle, inclusive no que respeita à estrutu ciplinares com a atribuição especifica de gerar al-
c) processo de exploração do imobilizado téc
nico;
d) processo de financiamento de exploração do
imobilizado técnico;
e) processo de expansão de outros ativos;
f) processo de financiamento da expansão de ou
tros ativos;
g) processo de exploração de outros ativos;
h) processo de financiamento.
A outra função é a de fornecer os dados, referen
tes a cada um dos processos acima mencionados,
necessários á produção, pelo Módulo Contábil,
dos indicadores de desempenho empresarial.
7. Conclusão
À guisa de conclusão deste trabalho, no qual
procuramos explicitar o nosso atual modo de ver
o problema da construção de modelos de empre
sas brasileiras de telecomunicações, só nos resta
solicitar ao nosso paciente e interessado leitor
que veja este trabalho como uma modesta contri
buição ao profícuo debate que se desenvolve no
Sistema TELEBRÁS sobre os problemas de ges
tão empresarial, objetivando a melhoria do de
sempenho e da qualidade das relações humanas
das empresas do Sistema TELEBRÁS.