Page 29 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1979
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Para a codificação, no lado da resto da divisão de 1 © x © x2 © ... tanto, para que um código corrija
transmissão, a chave A está fecha © x25 por 1 © x2 © x5, e após o ins qualquer vetor com “ e” erros, cada
da, a B aberta. Os 26 bits de infor tante 31, o resto da divisão de 1 © vetor-erro deve dar origem a uma
mação passam pelos registrado X © X2 © ... © x24 © X25 © X26 © síndrome diferente. Dito de outra
res FF1, ...FF5, até que, em segui X2? © X29 por 1 © X2 © X5j isto é, 0. forma, nenhum par de conjun
da, os bits de paridade P1, P2, ..., tos com “ e” colunas de H pode ter
P5 estejam armazenados nas a mesma soma em módulo-2, isto
saídas dos biestáveis. A chave A 8. Matriz de Paridade e Código de é, cada conjunto de 2e colunas de
se abre e B se fecha, de modo que Hamming H deve ser linearmente indepen
os bits de paridade, resultantes da dente.
divisão da informação por G (x), Antes de considerar com mais de
são acrescentados á mensagem. A talhe o processo de correção de er Com b a s e n e s s e s f a t o s ,
figura 5 ilustra a divisão, como ros nos códigos BCH, é ne compreende-se melhor o código
exemplo, da palavra (1111 ... 11) cessário introduzir mais alguns inventado por Hamming em 1950.
p o r G (x). conceitos e exem plificá-los Desejando-se corrigir t o d o s o s e r
através de uma outra classe de r o s i n d i v i d u a i s que possam ocor
códigos.
rer numa sequência de “ n” dígitos,
basta arranjar H de forma que suas
Um código de paridade pode ser “ n” colunas sejam não-nulas e dis
definido univocamente em termos tintas. O código corretor equiva
de sua “ matriz de cheque de pari lente pode ser construído se conti
dade", ou simplesmente matriz de ver "m ” dígitos de paridade, onde
paridade H, que é aquela tal que "m ” é o menor inteiro a satisfazer
uma palavra-código (v) = (v,,V2..... a desigualdade 2m > n + 1, pois
vn) obedeça à equação matricial
2m é o número de síndromes distin
tas. Para chegar agora ao “ código
H (v)' = (0).
de Hamming” , basta arrumar a ma
Se a característica de H for “ m” triz H, de forma que o conteúdo
(isto é, “ m” linhas de H são linear binário de cada coluna (convertido
mente independentes), n-m dos em seu decimal equivalente) indi
elementos de (v) podem ser esco que a posição da coluna na matriz,
lhidos arbitrariamente — os dígi e que a s p o s i ç õ e s d o s d í g i t o s d e
tos de informação — enquanto p a r i d a d e n a p a l a v r a - c ó d i g o c o i n c i
que os “ m” dígitos restantes são d a m c o m a s c o l u n a s d a m a t r i z q u e
determinados como soluções da c o n t e n h a m u m ú n i c o “ 1 ” Esse ar
equação matricial dada acima — ranjo permite as seguintes vanta
os dígitos de paridade. gens:
A “ síndrome” de um vetor-código a) cada dígito de paridade pode
(v’) recebido será definida por: ser determinado diretamente dos
dígitos de informação, indepen
¦
c = H (v')< dentemente dos demais dígitos de
paridade;
Se o vetor transmitido fora (v) e
ocorreu um vetor-erro (x), a b) a posição de um erro pode ser
síndrome será: determinada simplesmente con
F i g u r a 5 — D e t e c ç ã o d e e r r o s p o r vertendo a síndrome resultante em
d i v i s ã o d e p o l i n ó m i o s . c = H(v + x)> = Hv< + Hx' = Hx< seu decimal equivalente, já sendo
este a localização do erro.
Na decodificação, usa-se o mesmo No exemplo anterior da figura 5, a
circuito com A fechada e B aberta. síndrome resultante do código Como exemplo, considere-se um
Após a passagem pelos biestáveis BCH foi “ zero” , pois foi decodifi código de Hamming para palavras
dos 31 bits da mensagem, os no cado um vetor pertencente ao de comprimento n = 15, 2m > 15
vos valores de P1,..., P5 devem ser código — Hv< = 0 — isto é, sem er + 1 = 16, e os vetores-códigos
iguais a zero. Com isto, a saída da ro detectável. Caso a síndrome conterão 11 bits de informação,
porta “ NE” , denominada “ ERRO” , fosse diferente de “ zero” , tratar- contra m = 4 de paridade. Pode-se
é nula, o que não aconteceria caso se-ia de um vetor não-pertencente mostrar que a matriz de paridade
um dos novos bits de paridade fos ao código, ou seja, com erro. será:
se “ 1” . Para mplhor interrelacionar
as figuras 4 e 5, note-se que o se Na formulação dos códigos O f l O O O O O l 1 1 1 1 1 1 l \
I
gundo “ OU” exclusivo do circuito através de matrizes de paridade, 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 1 /
de detecção compara o bit P4 num verifica-se que a síndrome é igual 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 1 1 /
instante de relógio t - 1 com o bit à adição, módulo 2, das colunas de
P5 num instante “ t” . No instante H cujas posições correspondem A estrutua da palavra, conforme
26, os bits de paridade conterão o aos dígitos “ 1” do vetor-erro. Por- explicado, será