Page 30 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1978
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deform ar os e sfo rço s, porque vés de indicadores fornece o resultado tica, entretanto, a realidade é outra, em
alguns aspectos são mais mensu deste esforço. alguns casos pagamos para uma pro
ráveis do que outros. Por outro dução mínima e de um modo geral
lado, pode surgir uma tendência de Não vamos abordar a análise destes pouca diferença fazemos entre uma
encorajar itens de mais fácil men- aspectos, pois só eles constituem tema alta e baixa produção. Se o funcionário
suração. Com o emprego de índi de uma palestra específica. Assim, comparece ao trabalho, não cria caso
ces expressando a qualidade e voltamos a pergunta inicial. Qual o e produz um mínimo, permanece na
quantidade dos produtos ou servi custo? empresa, isto quer dizer que pagamos
ços reduz-se a tendência de des pelo comparecimento e não pela sua
virtuar a finalidade das mesmas. Todos concordam, por exemplo, que produção.
os artífices são pagos para produzir e
Por outro lado, não deve ser es que os seus chefes são pagos para Seja a hipótese do gráfico:
quecido que a empresa não opera supervisionar e dar produção. Na prá
no vácuo, independentemente da
sociedade em que se encontra, e
sim faz parte desta sociedade, e
suas políticas devem refletir os
valores desta sociedade.
As respostas a perguntas, tais co
mo “quanto um homem deve tra
balhar, quanto se deve esperar
que um homem inverta de si mes
mo em uma tarefa?”, bem como a
resposta a muitas outras perguntas
similares, não podem ser encontra
das inteiramente dentro das em O que pode ser feito para aumento da Assim, um indivíduo tem um objetivo
presas. Dependem dos valores da produção? cuja obtenção representa a satisfação
sociedade. de uma necessidade. Apliquemos no
Inicialmente, não devemos nos es nosso caso, por exemplo, a necessida
Voltando à pergunta inicial — quecer que toda conduta è motivada de fisiológica
Qual é o custo de transformação e que toda conduta è orientada para
da energia? — a sua análise deve satisfação de necessidades. Surge assim a situação:
levar em conta 3 aspectos:
a) treinamento e o seu efeito na
TRABALHO OBJETIVO
conduta individual;
b) necessidades que regem o com MEIOS DE s 5ATISFACÃC
portamento de um indivíduo; NECESSIDADES INDIVÍDUO DESEJO DE DAS
EVITAR
c) efeito do meio ambiente no in FISIOLÓGICAS TRABALHO DES \c NECESSIDA^
DES
divíduo.
------M
Estes aspectos são derivados do fato
que o custo da transformação de re
cursos em serviços ou produtos de Na realidade são várias as forças que Para um artífice recém-admitido, após
pende grandemente da modificação agem no indivíduo, sendo sua conduta o seu treinamento, sua curva de pro
de condutas individuais, pois de um uma resultante destas forças. dução seria:
modo geral, buscamos que indivíduos
ou grupos façam algo de modo dife A produção é o resultado da conduta
rente do que estão fazendo atualmen e a curva de produção pode ser in
te ou que deixem de fazer algo que fluenciada pelas forças motivacionais.
estão fazendo. Os psicólogos nos
falam da Lei do Efeito, isto é, a condu
ta que parece levar a uma recompensa
tende a se repetir, ao passo que aquela 4 UNIDADES
DE
que não leva a uma recompensa ou PRODUÇÃO
que parece levar a uma punição ten
de a não se repetir. DIFICULDADE MÍNIMA
EQUILÍBRIO
Esses aspectos devem ser conhecidos
pelos supervisores de todos os niveis, POUCO DESEJO DE
MELHORAR
pois a função básica de qualquer su DIFICULDADE NQ
pervisor è obter produção através de TRABALHO
MOTIVAÇÃO PARA EXECUÇÃO
seus subordinados. O supervisor ime
DO TRABALHO
diato precisa saber lidar com seuS su
bordinados de modo que eles o ajudem TEMPO
a produzir. O resultado medido atra