Page 26 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1978
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Várias administrações telefônicas transmissão, um atenuador e um to telefônico iocai de recepção
desenvolveram seus próprios sis sistema de recepção, onde os sis através de uma cadeia de circuitos,
temas de medidas telefonométri- temas de transmissão e de recep que interliga ambos os sistemas
cas objetivas baseados em varre ção são constituídos cada um por locais.
dura de freqüências ou em I ruído aparelhos telefônicos eletrônicos
branco. Entretanto, o sistema OREM de grande estabilidade, cujas ca- O SRI é calibrado com relação ao
da Brüel ’ Kjaer, apesar do seu características de resposta de fre sistema NOSFER, sendo que o seu
custo elevado, é atualmente o mais qüência estão perfeitamente defi atenuador de junção é ajustado pa
popular, sendo que várias centenas nidas entre 100 e 5000Hz. (fig. 3). ra proporcionar o mesmo equiva
destes sistemas já se encontram lente de sonoridade de voz recebi
instalados em mais de 60 países Pelos motivos acima expostos, no da que o sistema NOSFER com o
diferentes. Esta popularidade de novo sistema não é mais utilizado seu atenuador ajustado em 25dB.
ve-se a sua alta confiabilidade e o conceito de equivalente de refe
exatidão, assim como ao elevado rência, mas sim de “equivalente de Os telefones utilizados como pa
número de parâmetros que é capaz sonoridade”. Em sua Recomenda drões de transmissão e recepção
de determinar. ção P. 76, o Equivalente de Sonori no SRI devem ser do mesmo tipo
dade é definido pela quantidade de que aqueles utilizados comercial
Devido às diferenças nas faixas de perda de transmissão, independen mente, e os resultados obtidos nas
freqüência, de calibragem, de mé te da freqüência, que deve ser in m edidas subjetivas podem ser
todos de ensaio e de composição troduzida no caminho de voz da re confrontados com os resultados
energética da voz natural e arti ferência “intermediária” e do cami das medidas objetivas OREM.
ficial, ainda persistem diferenças nho “desconhecido”, para assegu
significativas entre os equivalentes rar a mesma sonoridade de voz Nas medidas subjetivas é essencial
de referência medidos nos sistemas recebida, definida por uma posição ainda definir o nível de voz, a dis
NOSFER e OREM, sendo que este fixa do NOSFER. Na prática, o ca tância da voz de transmissão, a
último proporciona valores mais minho “desconhecido” compõe-se posição do microfone e as condi
fortes em média de 5dB (transmis de um circuito telefônico local de ções de audição que estabelecem
são), 2dB (recepção) e 6dB (efeito transmissão, acoplado a um circui a adaptação do receptor ao ouvido.
local) do que o sistema NOSFER.
No sentido de chegar a um deno
minador comum, possivelmente a
um padrão telefonométrico objetivo
internacional, a CCITT, através da
Recomendação P.76 do Grupo de
Estudos XII da VI Assembléia Ple
nária,realizada em 1976, propôs o
Sistema de Referência Intermediá
rio (SRI).
5. Sistema de Referência Interme
diário (SRI)
A proposta de um novo sistema em
substituição ao sistema NOSFER
aponta as seguintes razões:
a) Os eauivalente de referência não
podem ser somados algèbricamen-
te. Foram encontradas discrepân
cias de até ± 3dB.
b) A exatidão de reprodução dos
equivalentes de referência não é
boa; mudanças na equipe de ensaio
podem causar diferenças de até
5dB.
c) Um increm ento de perda de
transmissão real (sem distorção)
não é acompanhado por um incre
mento igual de equivalentes de re
ferência; um aumento de 10dB na
perda sem distorção resulta em um
aumento de somente 8dB no equi
valente de referência.
O Sistema de Refência Intermediá
rio (SRI) é um padrão subjetivo Fig. 3 — Característica sensibilidade/freqüência do sistema de referênC'
constituído por um sistema de intermediário