Page 23 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1978

Telefonometria

SYLVIO ARMBRUST

Engenheiro eletricista formado peia Escola

Nacional de Engenharia. Ocupa o cargo de

chefe da Seção de Eletroacústica do Labora­

tório de ensaios da TELERJ.

1. Objetivo novo, até que os dois aparelhos, eram comparados os sistemas na­

medidos com um volume de voz cionais telefônicos, o aparelho tele­

Descrição simplificada dos princi­ constante, apresentassem o mesmo fônico e a linha telefônica. Este sis­

pais métodos subjetivos e objetivos volume de recepção. O aumento do tema foi denominado SFERT (Siste­

atualmente utilizados nos ensaios comprimento da linha acrescenta­ ma Fundamental Europeu de Refe­

telefonom étricos, abrangendo o do ao circuito representava o com­ rência para Transmissão Telefônica).

atual padrão telefonométrico reco­ primento equivalente de linha ou a A grandeza de comparação, expres­

mendado pela C C ITT, o sistema atenuação do novo telefone. As sa em dB, foi denominada Equiva­

subjetivo NOSFER (Novo Sistema linhas utilizadas tinham caracterís­ lente de Referência, definida pelo

Fundamental de Referência), o sis­ ticas distintas nos diversos paises. número dedBou Neperaseradicio-

tema telefon om étrico objetivo Nos Estados Unidos era utilizada a nado ou retirado do sistema de re­

OREM (Sistema Objetivo de Medida milha padrão, que equivaliaa um ca­ ferência para que seja obtido o mes­

de Equivalentes de Referência) e o bo calibre 19, de uma milha de com­ mo volume de voz na recepção, es­

método subjetivo mais recente re­ primento. cutando alternadamente no sistema

comendado pela CCITT, o SRI (Sis­ sob ensaio e no sistema de referên­

tema de Referência Intermediário). A necessidade de estabelecer co­ cia.

nexões telefônicas internacionais,

2. Introdução exigiu uma padronização dos crité­ Para criar normas para a telefonia

rios de avaliação, o que aeu origem internacional, era necessário deter­

Em princípios deste século, as â criação de um organismo interna­ minar a atenuação máxima permis-

administrações telefônicas de vá­ cional, a CCIF (Comitê Consultativo sível no sistema SFERT para uma

rios países construíram sistemas Internacional de Telefonia), subs­ qualidade de transmissão aceitável,

nacionais telefônicos que consis­ tituído em 1956 pelo CCITT (Comitê assim como estabelecer também a

tiam em um aoarelho telefônico no Consultativo Internacional de Telefo­ distribuição de atenuação permis-

lado de transmissão, uma linha de nia e Telegrafia). sível entre a parte emissora e a parte

comprimento determinado e sem receptora. Devido às dificuldades

amplificação e outro aparelho tele­ Em 1925.a“ BellTelephone System” de padronização e manutenção, o

fônico no lado de recepção. As me­ construiu um sistema telefônico sistema SFERT foi substituído pelo

lhorias introduzidas nos telefones, padrão, composto de um microfone sistema NOSFER, atual padrão

especialmente no microfone e no capacitivo com amplificador, um internacional, sendo porém manti­

receptor, tinham com o objetivo padrão de atenuação, um amplifica­ da constante a correspondência de

possibilitar a comunicação entre dor para o receptore um receptorde equivalentes de referência entre os

pontos cada vez mais distantes. tipo eletrodinâmico. Naquela oca­ dois sistemas.

sião, a parte transmissora e a parte

A avaliação consistia em comparar receptora deste sistema telefônico 3. Sistema Telefonométrico Subje­

o aparelho telefônico novo com o representavam o melhor sistema tivo Nosfer

aparelho anterior, aumentando pro­ telefônico conhecido, sendo que o

gressivamente o comprimento da sistema foi adotado pela CCIF como O sistema NOSFER, atual padrão

linha de conexão para o aparelho sistema de referência, com o qual de telefonometria, está montado