Page 48 - Telebrasil - Julho/Agosto 1975

Philips instala fábrica
A Philips Eletrônica do Nordeste já co­
meçou a exporlar, para a Europa, módu­
los para centrais telefônicas semi-eletrô-
nicas, conhecidas
(controle a programa armazenado), produ­
zidos de acordo com o sistema PRX da
Philips. A produção desses equipamentos
teve início em abril passado e, num in­
vestimento que chegará a 450 milhões de
cruzeiros, serão produzidos, até o final do
ano, módulos para cerca de 100.000 linhas
telefônicas..
Esta fábrica do Recife é o segundo gran­
de centro produtor de PRX da Philips em
todo o mundo (o 1.° está na Holanda).
Embora sua produção se destine, de iní­
cio, à exportação, é possível que essa in­
dústria venha a fornecer também para o
mercado interno, em vista da implantação
de centrais semi-elotrónícas no Brasil, já
a partir do próximo ano.
Philips Eletrônica tio Nordeste, o 2? grande
centro fornecedor de centrais scmi-clctròni-
cas da Philips.
Circuitos integrados — uma
indústria de base
Como indústria de base e para maior con­
centração tecnológica, a fábrica de Reci­
fe já vem produzindo também, desde maio,
circuitos integrados.
são previstos investimentos de 212 milhões
de cruzeiros e uma produção inicial de
50 milhões de circuitos, por ano, também
destinados á exportação. Com essas no­
vas linhas de produção, centrais PRX e
circuitos integrados,
consideravelmente as cifras de exportação
da Philips Nordeste que, no ano passado,
atingiram a casa dos 7 milhões do dólares.
de Centrais Telefônicas
Semi- Eletrônicas
e já começa a exportar
como Centrais CPA
O sistema PRX utiliza somente 1/3 do espaço ocupado por um sistema convencionai
Em São Paulo, a primeira Uma central com memória
central CPA de computador
A implantnçAo dn Indústria de CPA no Um dos fatores de total inovação das cen­
Brasil, através da Divisão Inbelsa da trais CPA é que toda a inteligência da
Philips, ó um grande passo para se tra-. central está concentrada na memória de
zor, ao País, uma tecnologia sofisticada um processador de tempo real (compu­
de telefonia. Para tanto, a empresa vem tador) que controla toda a operação da
investindo em pesquisa o desenvolvimen­ central, contrariamente às centrais eletro-
mecânicas, onde essa mesma inteligência
to do sistema PRX, além de preparar en­ é dispersa entre os vários órgãos da cen­
genheiros qualificados, tendo em vista for­ tral, sem possibilidade de alterações, sem
mar uma nova geração de especialistas que haja modificações físicas dos mesmos.
do setor.
As centrais controladas por computador Trata-se de um sistema mundialmente acei­
representarão um avanço extraordinário to e de desempenho incontestável, utiliza­
para o Brasil, no campo da telefonia, per­ do em todos os países onde as condições
mitindo que o Pais possa acelerar a im­ de demanda, os níveis de serviços e o
plantação dos 10 milhões de telefones grau de desenvolvimento tecnológico exi­
Para esta indústria, previstos para os próximos 8 anos, além gem um ritmo acelerado de implantação,
de incorporar equipamentos muito mais como é o caso dos Estados Unidos, Ca­
confiáveis e eficientes ao Sistema Nacio­ nadá, França, Japão, Bélgica e Holanda.
nal de Telecomunicações. E, já no próxi­ Essa implantação rápida só é possível em
mo ano, São Paulo terá sua central PRX vista das facilidades proporcionadas pela
instalada pela Inbelsa-Philips, no bairro central CPA. como redução do espaço ne­
deverão aumentar de Vila Mariana. oferecendo todas as no­ cessário (ocupa 1/3 do requerido pelas
vas facilidades do sistema CPA. centrais convencionais), menor consumo
Será a primeira central CPA de comutação de energia e tempo de instalação extre­
a entrar em funcionamento no País. mamente reduzido.