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federal,  em  face  da  precariedade  descrita  e,  principalmente,  da  má  prepa­


                                ração  dos  estudos  que  lhe  são  encaminhados,  por  parte  das  emprêsas  con­



                               cessionárias,  os  trabalhos  se  desenvolvem  com  lentidão  —   e  quando  a  tarifa



                               é  aprovada  e  pode  ser  aplicada,  já  está  obsoleta  e  superada.




                                             O  resultado  é  que  as  emprêsas  são  sempre  forçadas  a  cobrar  reajustes  ta­


                               rifários  retroativos,  causa  de  atritos  e  aborrecimentos  generalizados.                                                                                                                                                                                       Os  assi­



                              nantes  reagem  mal  à  cobrança  e  a  inflação  desajusta  todo  o  esquema  exa­


                              minado  tornando  insuficientes  os  novos  recursos  concedidos  para  o  custeio



                              da  operação,  que,  se  eram  bastante  à  época  em  que  foram  solicitados,  ja  pou­



                              co  representam  ao  serem  aprovados.



                                            Por  tudo  isto,  só  nos  resta  encontrar  uma  fórmula  capaz  de  assegurar  uma



                              tarifa  mínima  inicial,  anrovada,  como  padrão,  pelo  órgão  competente  aue  possa



                              se*  adotada  pelas  emprêsas.  de  um  modo  geral,  sem  maiores  protelacoes.  So­


                              mente  com  uma  tarifa-padrão  a  ser  posta  em  vigor  em  todo  o  territono  na-


                              cirnal.  levando-se  em  conta  determinados  fatores  fundamentais,  tais  como  o



                              tino  do  equipamento  operado,  o  número  de  linhas  existentes,  o  capital  imo­



                              bilizado  e  a  área  de  operação,  será  oossivel  contornar  as  dificuldades,  alivian-


                              do-se  o  trabalho  exaustivo  do  CONTEL  e  garantindo-se  às  operadoras  um  m i-



                              rvmo  de  rent^bi!«dadp  indicrv>nsável                                                                                                     Ditas  tarifa.s-Dadrão  poderíam  ser  re-


                             vistaç  em  coniunto.  pe’o  órgão  em  ouectão.  em  determinados  períodos,  o  que



                              asseguraria,  é  óbvio,  o  desafogo  burocrático  do  Conselho  e  dispensaria  as


                             concessionárias  do  Droceçcamento  em  massa  de  pedidos  de  correção  tarifaria,



                             quase  sempre  mal  formalizados.                                                                                                           ,



                                           Não  se  pode  compreender  a  existência  de  tarifas  diferentes  para  um  mes­



                             mo  tino  de  serviço,  quando  o  capital  imobilizado  e  o  número  de  linhas  opera­


                             das  são  idênticos.  Quem  se  der  ao  trabalho  de  examinar  o  que  ocorre  no  ter­



                             ritório  nacional  em  função  de  emprêsas  que  operam  em  tais  circunstâncias,  po­


                             derá  verificar  a  balbúrdia  existente,  pois  enquanto  umas  cobram  tarifas  mais



                             altas,  outras  vivem  à  mingua  de  recursos,  asfixiadas  e  às  portas  da  falência


                             __  porque  não  estio  devidamente  orientadas  e  vivem,  ainda,  sob  o  güante  do



                             congelamento  demagógico,  no  desconhecimento  das  facilidades  postas  à  sua


                             disposição  nela  legislação  vigente,  que  lhes  assegure  a  rentabilidade  indispensá­



                             vel  ao  custeio  da  operação,  pelo  menos.



                                           Torna-se.  pois.  indispensável  que  o  CONTEL  examine,  com  urgência,  tal



                             problema,  e  através  dos  estudos  já  elaborados  pela  sua  Divisão  de  Estatística,


                             estabeleça  um  critério  genérico  a  ser  seguido  pelas  concessionárias,  desde  que



                             se  enquadrem  na>  limitações  que  o  definam  e  caracterizem.  Adotado  o  cri-


                             tério  geral  proposto,  como  ponto  de  partida,  restaria  ao  órgão  fiscalizador  exa­


                             minar  apenas  os  casos  especiais  que  lhe  fõssem  encaminhados,  sempre  que



                             a  tarifa-padrão  fo                                                         comprovadamente  insuficiente,  num  ou  noutro  caso,  para


                             assegurar  a  rentabilidade  adequada  dèsse  ou  daquele  investimento.




                                           A  solução  padronizada  atenderá,  logicamente,  à  grande  maioria,  restando


                             apenas  poucos  casos  a  serem  especificamente  considerados  —   e  isso  represen­


                              tara  tremendo  alivio  para  o  CONTEL,  com  a  redução  em  massa  de  processos



                             em  tramitação,  sujeitos  á  apreciação  isolada  por  parte  do  referido  órgão.


                                           Dirigimos,  peias  razees  expostas  acima,  um  caloroso  apêlo  ao  Conselho



                              Nacional  de  Telecomunicações  ro  sentido  de  que  examine,  com  o  maior  inte-


                              rèíse.  a  nossa  sugestão  —  sugestão,  aliás,  já  antes  encaminhada,  oficialmente,



                              ao  referido  órgão  pela  Federação  das  Associações  de  Emprêsas  de  Telecomu­


                              nicações  —  dando,  assim  adequada  e  pronta  solução  para  o  problema  e,



                              cesta  maneira,  assegurando  maior  normalidade  e  segurança  a  um  serviço  que


                              é  vital  à  segurança  nacional  e  ao  desenvolvimento  do  País.















                                                                        NOMEADO  NOVO  PRESIDENTE  1)0  CONTEL








                                                                                                                                                                                                                                                              D .O .,  14-7-65






                                     O  Presidente  da  República,  através                                                                                                      Vice-A3mirante  José  Cláudio  Beltrão



                              de  decretos  de  13-7-65,  exonerou,  a  pe­                                                                                                      Frederico,  e  nomeou,  para  o  mesmo


                              dido,  do  cargo  de  presidente  do  Con­                                                                                                          cargo,  o  Capitão-de-M ar-e-Guerra  Eu-



                              selho  Nacional  de  Telecomunicações,  o                                                                                                           clides  Quandt  de  Oliveira.
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