Page 39 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1967
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ditando no sucesso do CONTEL, a equipe das a comutar êsse tráfego, te
que elaborou o Plano de Belo Horizonte nham requisitos básicos e facilida
partiu audaciosamente para as providên des especiais que só as centrais au
cias necessárias no sentido de enquadrá- tomáticas de trânsito interurbano
lo, dentro do Plano Nacional de Teleco preenchem satisfatoriamente.
municações em seu Sistema Nacional. c) Complementando o que ficou dito
Assim é que em caráter prioritário no no item b, destacamos outras van
Brasil, indicou-se a necessidade da insta tagens conseguidas com a progra
lação em Belo Horizonte da primeira cen mação da instalação da central
tral automática de trânsito interurbano — ARM em Belo Horizonte, pois o*
o que trará inúmeras vantagens, como as dispositivos de seu bilhetador au
que destacamos a seguir: tomático fornecerão as seguintes
a.) Ao se projetar a automatização de informações:
uma rêde telefónica interurbana, 1 __ N 9 do assinante que chamou
dois pontos básicos precisam ser 2 — N 9 do assinante chamado
considerados: 3 — Hora que completou a cha
1. A implantação de um sistema mada.
de rotas de longa distância, quan 4 — Tempo que falou
titativa e qualitativamente satis 5 — Cidade que chamou
fatórias. 6 — Cidade chamada
2. A implantação de um sistema 7 — Dia, mes e ano
de centrais de trânsito automáti C — Tarifa
cas, especiais para comutação do
O motivo que não permitiu a adoção
tráfego interurbano e equipadas
Lnediata do bilhetador automático, é que
com sistema de tarifação automá. éle depende diretamente de fatores nacio
tica.
nais como: 1) que outros grandes centros
O serviço de Discagem Direta à Dis decidam suas encomendas de centrais de
tância (DDD) ou a discagem utilizando trânsitos; e, principalmente, 2) qual o tipo
uma única operadora interurbana iOTD> de computadores eletrônicos que usarão, o
torna-se altamente veloz e, consequente de cartão perfurado ou o de fita magnéti
mente. muito mais econômico, quando as
ca.
centrais automáticas de trânsito são utili
d) Foi de importância fundamental,
zadas. sob todos os ângulos, a adoção, no
Esta central e seus equipamentos
Plano de Belo Ho.izonte, nesta
acessórios, realiza automáticamente tódas etapa, de uma central automática
as tarefas, hoje executadas pela operado de trânsito interurbano. Basta exa
ra, em serviço manual, como sejam: minar o anexo I, onde se verificará
1. Escolha da rota. que Belo Horizonte, que já é hoje
2. Estabelecimento da ligação, di a 3.« cidade do Brasil, deve ser
retamente a outro telefone, se no considerada, no Plano Nacional de
sistema DDD, e recebimento de Telecomunicações, centro de gra
uma ligaçào da operadora distante, vidade populacional. Quando o sul
se no sistema OTD. quiser atingir o norte, obrigatoria
3. Tariíaçào da chamada, se no mente seus troncos principais pas
sistema DDD. sarão por Belo Horizonte. Quando
A central de trânsito — ARM — na do Rio se quiser falar com Brasí
da mais é. portanto, do que o grande avan lia, Belo Horizonte, será, também,
ço técnico obtido nestes últimos anos. atra passagem obrigatória. Quando de
vés, do qual se conseguiu integrar, com São Paulo se quiser atingir o Rio,
incontestáveis vantagens, os estágios dos e os Troncos principais estiverem
troncos interurbanos com o das linhas de congestionados, Belo Horizonte
assinantes — progresso êste que os res fornecerá as rotas alternativas. O
ponsáveis pelo Piano de Belo Horizonte mesmo acontecerá se os Troncos
não hesitaram em adotar. Brasília-São Paulo-Sul. estiverem
congestionados. B. Horizonte alivia
b) As características peculiares do
rá o tráfego com rotas alternati
tráfego FU, bem como sua impor
vas. Para um pais colossal como
tante participação económica na
é o Brasil, as centrais ARM são.
renda resultante da operação de
indiscutivelmente, a melhor solu
um complexo telefônico, e os in
ção.
vestimentos necessários à aquisi
ção dos equipamentos, exigem que e) Não poderiamos concluir a análise
das principais vantagens do acér.
as oentraie automáticas, destina-