Page 38 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1967

ções, pelo menos a introdução de
equipamento de tradução de sinali­
zação no tráfego de e para as lo­
calidades já servidas.
Pelo simples fato do Plano Belo
Horizonte ter-se definido pela ado­
ção da sinalização MFC, que atra­
vessa por qualquer circuito que
passe voz, êle avançou, tanto na
solução do equipamento para o sis­
tema local, como na solução do
equipamento para o sistema inte­
rurbano como veremos adiante.
— Outra grande vantagem que se
conseguiu nesta etapa, foi sem
dúvida, a preparação para a intro­
dução da utilização de Rotas A l­
ternativas, pois o equipamento que
está sendo instalado em Belo Ho­
rizonte já vem provido de facili­
dades que permitirão o prossegui­
mento da chamada até 6 telefone
que se procura, mesmo quando os
troncos principais estiverem con­
gestionados .
Éste é um problema essencialmen­
te dependente da rêde externa, mas
como o Plano Belo Horizonte
prevê, em outras etapas, a instala­
ção de centrais
desde já simplificada, técnica e
econômicamente, a solução.
b) Não ficou esquecido que com a ne­
cessária adoção no Brasil do auto-
financiamento para aquisição de
telefones, muitas camadas sociais
não poderiam fazer uso, em pleno
século XX, do mais importante
meio de se comunicar; assim, Belo
Horizonte teve a oportunidade de
como os grandes centros, introdu­
zir os telefones moedeiros para o
povo. O avanço da técnica per­
mitiu que os mais modernos equi­
pamentos fôssem incluídos no Pla­
no, a fim de permitir que os eco-
nômicamente incapacitados de ter
o seu telefone, ainda pudessem
dispor de meios para se comunicar
em qualquer emergência.
c) Experiências onerosas
em outros países, cuidadosamente
acompanhadas pela eficiente equi­
pe da CTMG, tomaram possível a
adoção da mais avançada técnica
e o uso de equipamentos que per­
mitam, a qualquer tempo, que de­
terminados assinantes, dos mais
indispensáveis à segurança e inte-
tegridade, possam ser atingidos nas
horas de emergência — bombeiros,
policia, Pronto Socorro, etc., bem
como os setores especiais do pró­
prio serviço — informações, recla­
mações, etc., através de rota« com
troncos de 8 algarismos, criando
condições excepcionais de rápida
conexão e evitando o congestiona­
mento tão comum quando há uma
ameaça de calamidade. O Plano
Belo Horizonte, ora em execução
está técnicamente tão desenvolvido
que acreditamos deva ter servido
de orientação aos técnicos do CON.
TEL, em tão boa hora destacados
para propiciarem a disciplinação
das telecomunicações no Brasil, o
que vêm acertadamente fazendo,
através de Resoluções como as ..
nçs 5, 29 e 30 de 1966 e a n9 5
de 1967.
d) A rêde externa de Belo Horizon*
te, ao ser projetada, para dar va­
zão às rotas especiais, criou con­
dições na expansão dos serviços
locais dentro das reservas técnicas,
do aluguel de pares que permi­
tirão sua utilização em outros ser­
viços de telecomunicações, que in­
dependem de passar pelas centrais
telefônicas como: Telex, Música
satélites, ficou Funcional, Rédes Privadas e Gover­
namentais, Retransmissões Espor­
tivas, etc.
e) Para terminar a análise das van­
tagens que estarão asseguradas ao
Sistema Local, há que destacar um
dos pontos positivos mais impor,
tante que a estagnação de quase
15 anos veio possibilitar atingir:
a expansão da área de atendimen­
to, sem alteração dos valores bá­
sicos do autofinanciamento, até os
limites da fronteira do Município
de Belo Horizonte, o que significa
que os bairros mais distantes e os
distritos mais afastados, como
Pampulha, Cidade Industrial, Bar­
reiro e Venda Nova, com ou sem
a utilização de centrais satélites,
poderão ser considerados como in­
tegrantes da rêde urbana. Funda­
mentalmente é importante ressal­
realizadas
tar que o fato de se ter logrado
levar a rêde externa até aos limi-
mítes do Município tornou os pla­
nos de expansão que se tomem
necessários, menos onerosos e, con­
sequentemente, mais acessíveis à
bolsa do povo.
n - Sistema de Eanipamento Interurbano
Norteado pelo mesmo ideal de servir
aos interésses das telecomunicações e acre-