Page 28 - Telebrasil - Abril/Maio de 1964
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Que deve fazer para resistir e livrar-se da tremenda p  "

n u ísta p a ra a conquista do Poder, decidido como êste se ac a » e ,. - ^ . -
estabelecer, entre nós, uma república totalitária, uma ditadura gaucho-social-con^

tinuísta ?

         0 seguinte é uma regra de conduta para encarar a situação e conjuiá-la,
afinal:

         1 — Compreender, primeiro que tudo, a tram a, a conjura planejada, a sim­
biose articulada, a associação criminosa, a cumplicidade interessada entre o con-
tinuísm o e comunismo orientado para o denominador comum da tom ada do
Poder. A tentar para o pequeno número dos que querem, de qualquer maneira, frau ­
d ar o povo brasileiro em movimento m eram ente conspiratório e, jam ais, um movi­
mento de m assa ou tradução de um desejo do povo. T rata-se de propósito exclusivo

de 4 a 5.000 pessoas, nada mais.

         2 — Vigilar de preferência o parasito e não, apenas, o hospedeiro. O conti-
nuísmo é o grande empresário da empreitada. O Comunismo apenas é o técnico do

movimento, o especialista do conflito.

         A té agora, vem o empresário se escondendo atrás da cortina comunista, que
recebe tôda a crítica e todo impacto dos meios de divulgação democráticos. O pa­
rasito esconde-se, sem-vergonhamente, atrás do hospedeiro. Como o hospedeiro não
dispõe de fôrça, nem dos recursos, nem da mobilidade que só a Administração possui
e pode dar, não subsiste por si mesmo, vive pela simbiose com o continuímo. Visá-lo
de preferência é agrir erradam ente, exatam ente como isso o deseja, o parasito.

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         A divulgação da lista dos integrantes do parasitismo é tarefa precípua para
todos nós. Desmascará-los é defesa. Divulgar-lhes os crimes de corrupção, como
nesse caso da Petrobrás, é medida elementar de sobrevivência da liberdade pessoal
de cada um de nós. Não afrouxar. Não lhes dar descanso. Revelá-los e expô-los.

          3 — Distinguir, com cuidado, a fraude fundamental repetida, a fraude das
 reform as de base, por exemplo, mero slogan revolucionário ao qual os continuístas
não em prestam qualquer propósito construtivo. Êsse slogan — reform as de base —
não passa de flâm ula para polarizar atenções, enquanto a conspiração subterranea­
m ente m anobra para a permanência.

          Distinguimos também, a propaganda, trabalhando sôbre os cérebros com per­
sistência das repetições impenitentes, para amolecê-los, e arrancar-lhes a aquiescên­
cia para o propósito derradeiro.

          Finalm ente, resistir ao mêdo que a agitação instintivamente provoca até
chegar ao desprêzo dela.

          4 — A nalisar com clareza a m assa integrante do comício contínuo-comunista.

          E ’ im pressionante o espetáculo noturno de uma multidão de cérebros lavados,
trabalhados pelos alto-falantes por artistas de palavras revolucionárias, buscando
despertar-lhes emoções, coordená-las, condicionar-lhes gestos, arregim entá-la sob
vontade alheia, transform á-la em touro cego, capaz de todos os desatinos e mais
tarde de am argo arrependim ento.

          P ensar que essa multidão é integrada de patrícios nossos, modestos funcioná­
rios de em prêsas do Estado, obrigados a comparecer por questão de vencimento, de
 m édia e de obediência a chefes instruídos no movimento. Que tôda a agitação é
p a rte de um plano, função de um todo, cena destinada a abrandar a disposição do
povo, facilitando-lhe o domínio e a sujeição.

          5 — Não esquecer que a m assa de povo que compareceu aos comícios comuno-
-continuístas é expendable, é m aterial para ser usado e abusado, m atéria-prim a que
deve ser g a sta e sacrificada p ara perm itir inflar a agitação e deixá-la ganhai* planos
m ísticos. Não com parecer a êsses teatros, não divulgá-los, não perm itir-lhes resso­
nância, não temê-los, e, sim ignorá-los, eis tudo. Jam ais ag ir sôbre a m ultidão.
T erm inará como começou para recomeçar depois. Resistir com inteligência, anim ar
o C ongresso p a ra que jam ais ceda, deixai* que o tempo passe, porque enquanto a
conspiração não am adurece em golpe, branco ou vermelho, desgasta-se. Diz o
D eputado Ültimo de C arvalho: “O povo é atrasado, m as não é burro” .
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