Page 5 - Telebrasil - Novembro 1962

aproximaram. Também o esquema de
financiamento é o mais acessível, exi­
gindo 20 por cento na assinatura do
contrato e o saldo num esquema de 24
meses, com juros de menos de seis por
cento ao ano. Quanto ao prazo de en­
trega, classificou o engp Tellitu, como
tempo recorde, visto que a empresa se
compromete a entregar todo o equipa­
mento referido, dentro de noventa dias
da licença de importação.
Salientou o diretor-técnico da CRT
que uma entrega rápida virá colaborar
com os propósitos da Companhia no
sentido de por em funcionamento o
Plano Prioritário dentro dos vinte me­
ses previstos.»
CRT FARÁ A INSTALAÇÃO
Explicou, também, o eng* Tellitu que, tão importantes centros técnicos do
inicialmente, a CRT pretendia que as
firmas fornecessem e instalassem o
equipamento telefônico relativo ao Pla­
no Prioritário. Verificando, depois, os
altos preços pedidos pelas emprêsas,
resolveu realizar o importante traba­
lho de instalação com os seus próprios
técnicos.
Nesse sentido, o diretor-técnico da
CRT, de regresso de sua v iagem trou­
xe, já, um dos engenheiros responsá­
veis pelo setor* de telecomunicações da
firma «Budavox» para que os servi-
INDÚSTRIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES EM CONDIÇÕES
DE ATENDER MERCADO INTERNO
Publica o “ Jornal do Com ércio” do Rio de Janeiro, em sua
edição de 16 de outubro último, a seguinte nota:
«— Focalizando o problema do de­
senvolvimento da indústria de equipa­
mentos eletrônicos profissionais, o Sr.
Domingos Martins Júnior, na última
reunião das diretorias da Federação e
Centro das Indústrias do Estado de
São Paulo, declarou que «a indústria
nacional de telecomunicações está em
condições de atender o mercado in­
terno».
Lembrou, na oportunidade, que, há
ços de instalação, a serem feitos dire­
tamente pelos técnicos da Companhia,
sejam assistidos pelo engenheiro hún­
garo.
A equipe técnica da CRT, dirigida
pelo engc' Nelson Tellitu, tem mantido
diversos contatos com o eng’ Julius
Horward, enviado da «Budavox» para
entendimentos técnicos com vistas ao
trabalho de instalação do equipamen­
to telefônico a ser fornecido pela im­
portante organização húngara.
B R A SIL: 20 ANOS DE ATRASO
Declarou o diretor-técnico da CRT,
que visitou em diversos países da Eu­
ropa e no Japão, as principais firmas
que se dedicam à produção de equipa­
mentos telefônicos. Dessa sua visita a
setor das telecomunicações, constatou
o quanto está o Brasil e, em especial,
o nosso Estado atrasado em matéria
de comunicações telefônicas. Nessa vi­
sita, reafirmou o seu ponto-de-vista de
que o Rio Grande do Sul está, pelo me­
nos, 20 anos atrasado em telecomuni­
cações em relação aos países europeus.
Informou que, com a execução do
Plano Prioritário da CRT, o nosso Es­
tado dará um avanço de dois anos, fi­
cando, ainda, 18 anos atrasado em re­
lação aos já mencionados países».
alguns meses, travaram-se debates so­
bre o anteprojeto oferecido por deter­
minado ao então ministro de indústria
e Comércio, criando o Grupo Execu­
tivo da Indústria Eletrônica (GEIEL).
A posição tomada pela categoria eco­
nômica foi contrária àquela iniciativa,
a não ser na parte relativa ao maior
progresso e estímulo da indústria de
aparelhos eletrônicos profissionais, que
realmente carece de apoio dos gover-