Page 1 - Telebrasil - Novembro 1962
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ANO UI          DIVULGADO PELA                       N? S3

FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE EM PRESAS D E TELECOM UNICAÇÕES DO BRASIL

RIO DE JANEIRO  N O V E M B R O D E 1963  DISTRIBUIÇÃO INTERNA

                Diretor responsável: HUGO P. SOARES

                 BILHETE AO LEITOR

                                                                                                                       H U G O P. S O A R E S

                           ATÉ QUANDO ESPERAREMOS?

      A situação do sist* ma nacional de telecomunicações que é, a cada
dia, mais complexa e cheia de problemas, vem-se agravando, de ano para
ano. desde a eclosõ.o da última grande guerra, por fôrça de uma. série
incomensurável de dificuldades as mais diversas — remediáveis algumas,
mas irremovíveis na sua maioria.

       Xáo se diga que a responsabilidade possa e deva ser lançada sôbre
o * ombros das emprêsas privadas, que vêm explorando o serviço tele­
fônico no país — e que são, no caso, as principais interessadas no de­
senvolvimento do sistema existente, porque esta é a sua indústria —
ou que tenham elas. mesmo de longe. contribuído para a situação de
desajustes que ora ocorre e para o vertiginoso crescimento de uma de­
manda de novas instalações que é, atualmente, da ordem de um milhão
de pedidos por atender, em todo o país.

      Como já bem e seguramente dizia em uma conferência proferida
na Associação Comercial do Rio de Janeiro o atual Presidente da
TELEBRASIL. nos idos tempos de 1956 — e assinale-se que, já àquela
época, o problema era crucial, provocando preocupações e debate — tão
bem orientadas estavam, no País, as grandes emprêsas operadoras de
serviço telefônico que durante os quatro primeiros anos decorridos, após
a eclosão do último conflito mundial — de 1939 a 1943 — o serviço te­
lefônico continuou a ser operado em excelentes condições, não se regis­
trando um só pedido que tivesse sido procrastinado, sendo atendidos
iodos, a tempo e a hora. sem qualquer protelação. E isso foi feito sem
que durante todo o transcurso da guerra um único parafuso nos viesse do
estrangeiro, mediante a aplicação, exclusivamente, das reservas cm
materiais mantidas pelas emprêsas concessionárias ao ter início a
grande guerra.

      A partir de 1943 começou a grande odisséia em que ainda agora
se debatem os responsáveis pela operação de tão importante serviço
público. A princípio, vivendo, ainda, das reservas acumuladas nos tem•
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