Page 23 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1981

sultado do acoplamento de dois submodelos Número de Terminações de rede por setor (em milhares de terminações)

complementares, a saber:

1978 1985

— Um modelo de DEMANDA POTENCIAL, Setor

isto é , a demanda teórica, na suposição de que Potencial Previsão Penetração % Potencial Previsão Penetração %

o mercado compreenda plenamente os benefí­

cios de cada serviço e os recursos técnicos ne­ Indústria 27,6 0,2 0,7

cessários estejam plenamente desenvolvidos. Transporte 4,7 0

Transporte

— Um modelo de PENETRAÇÃO isto é, uma aéreo 1,0 0,7 65,9 86.3

curva de percentual de atingimento, em função Finanças e

de haver diferentes visões das organizações so­ bancos 10,9 1,6 13,5 72.3

bre o que é desejável, em termos de serviço, li­ Educação e

mitações relativas a recursos, inércia para ado­ pesquisa 5,2 0,09 1,7

ção de inovações técnicas, etc. Comércio 5,1 0,12 2,3

Governo 1,8 0,05 2,5

O modelo TELEDATA foi desenvolvido para a Serviços 7,7 0,3 3,6

Embratel e realizado, pela primeira vez em Proc. de

1978, a tempo de fundamentar as etapas de pla­ Dados 17,8 1,5 8,2

nejamento do serviço TRANSDATA que cul­ Outros 4,0 0,04 1,1

minaram com sua entrega à comercialização

direta. Presentemente, encontramo-nos em TOTAL 85,8 4,5 5,2 112,8 31,7

fase de reavaliação do modelo e do projeto,

como um todo, com vistas à segunda ‘ ‘rodada’ ’ Figura I

da pesquisa de campo, prevista para 1981.

A título de ilustração, apresentamos aqui um índice de 7,6% será, ainda, muito inferior à pe­

relatório do projeto, escolhido dentre as deze­ netração média global para aquele ano. Isso faz

nas de diferentes saídas do modelo (Fig. 1). supor que seja altamente viável e importante o

Naturalmente, quaisquer informações no ân- planejamento de um esforço de marketing a

bito do projeto encontram-se à disposição, para longo prazo, para esse setor, mediante a adição

acesso “ on-line” , pelos companheiros do sis­ de conteúdo aos serviços básicos oferecidos,

tema Telebrás que assim o desejarem, via ter­ especializando-os e orientando-os para as apli­

minal, em nossa sede, no Rio de Janeiro. cações mais freqüentes e importantes. Essas

aplicações são as de VENDAS E DISTRIBUI­

ÇÃO, CONTROLE DE ESTOQUES e ADMI­

NISTRAÇÃO GERAL, que responderão por

O p o t e n c i a l d a s t r a n s a ç õ e s cerca de 55% do tráfego setorial global em

1985. efeitos de dominação. Cada um deles procura,
b a n c á r i a s n o f í r a s ü com maior ou menor felicidade, resolver esse

dilema em função dos trunfos e das desvanta­

e q u i v a l e a u m t r á f e g o d e O Desenvolvimento de Produtos em Comu gens que resultam da competitividade de sua

nicação de Dados escolha e da natureza do seu clima social.

4 b i l h õ e s d e c a r a c t e r e s

Agora que ilustramos, embora rapidamente,
p o r d i a . nossa estratégia para obtenção de dados para As duas “ respostas-limite” são as dos países

planejamento mercadológico, vamos abordar que, por outro lado, são os mais avançados em

um outro tópico, igualmente importante e, pos­ informática: Os Estados Unidos e o Japão. Sua

sivelmente, mais complexo: escolha para a informatização da sociedade ex­

pressa, para o primeiro, a sua situação folgada

Examinando a evolução dos potenciais e das Que produtos devemos oferecer a nosso e, para o segundo, “ a luta pela vida” .

previsões efetivas em terminações de rede por mercado? Quais os serviços de comunicação de

setor, de 1978 a 1985 podemos tirar algumas dados a serem implantados prioritariamente? A produção informática dos Estados Unidos é

conclusões:
preponderante e suas aplicações são as mais

Para entendermos a razão da pergunta, bem adiantadas, o balanço comercial desse ramo é

a) Os setores “ Finanças e bancos” (que. inclui como de sua complexidade inerente, é neces­ fortemente positivo desde a origem. São inú­

o mercado segurador, financeiros, bancos de sário dizer, desde logo, que os caminhos adota­ meras as lições a tirar desse sucesso, mas ele

investimento, etc.) e “ Serviços de Processa­ dos por diferentes nações em suas estratégias traz pouco ensinamento quanto à resposta glo­

mento de Dados” (que inclui as empresas go­ de teleinformática diferem substancialmente, bal, ao desafio que pesa sobre a França. De

vernamentais da área) são os mais importantes. uns dos outros. fato, os Estados Unidos pouco sentem a obriga­

Respondem por cerca de 66% da demanda total
ção do equilíbrio externo, ao mesmo tempo
em terminações de rede, para todos os serviços. Na verdade, tais caminhos dependem funda­ porque a parte do comércio exterior no PNB é

mentalmente das próprias estratégias sócio- relativamente fraca e porque o sistema mone­

b) Considerável esforço de marketing terá de econômicas globais subjacentes. Para ilustrar tário permite viver sem ansiedade num déficit

ser feito para passar de uma penetração global esse fato, vejamos o que dizem Simon Nora e crônico.

de 5,2% em 1978 para 27,7% em 1985. A des­ Alain Mine, em seu já histórico relatório (2),

peito desse grande aumento de penetração, es­ quando abordam a “ escolha de sociedade” Em compensação, a abordagem japonesa es­

taremos, como se vê, longe da saturação ainda como determinante das opções estratégicas de boça uma solução ambiciosa para as dificulda­

em 1985. informática: des de um país médio, muito povoado, total­

mente dependente de seu comércio exterior e
c) O setor indústria, cujo potencial de demanda “ A contradição entre emprego e comércio ex­ cuja principal força reside na intensidade do

é o maior de todos, encontra-se, no entanto, in­ terior é atualmente vivida pela maioria dos paí­ consenso social. Essa abordagem coloca a in­

suficientemente penetrado. Embora grande ses industriais. E mais acentuada para aqueles formatização no centro do seu projeto de

melhoria esteja sendo esperada para até 1985, o de porte médio que já não exercem, mas sofrem sociedade” .