Page 7348 - Revista Telebrasil

e n g e n h a ria

Dirigindo-se para cerca de 50 técnicos e ção eletrônica em relação aos automóveis de tiva, encontrando-se ainda na fase de estu-

especialistas reunidos no auditório do Clu­ passeio. Uma função que antes era feita me- cios*#

be de Engenharia do Rio de Janeiro, Guilher­ eânicamente passa a ser efetuada, com van­ Sobre a introdução de Centrais C T A s (por

me Nunes, chefe da Divisão de Desenvolvi­ tagem, pela eletrônica. Esta tendência é par­ controle armazenado), Guilherme Nunes ad­

mento da Telerj, discorreu sobre os resulta­ ticularmente importante no caso das centrais vertiu que devem ser tomadas precauções

dos alcançados pela empresa e pelo Grupo de comutação telefônica que foram feitas pa­ para não ocorrer como em São Paulo em que

Telebrás na obtenção de novos equipamen­ ra durar 20,25 e mais anos. Com o desenvol­ se fizeram necessárias uma série de medi­

tos destinados à diminuir a dependência do vimento de novas tecnologias é necessário das para harmonizá-las com as centrais ele-

exterior e à melhorar o desempenho do sis­ que as centrais mais antigas “sofram uma tromecánicas existentes.

tema de telecomunicações. operação plástica" para rejuvenescer pela As centrais do tipo CPA podem ser pro­

Dos 660 novos produtos e serviços que es­ adição de novas unidades baseadas na ele­ jetadas, que em torno de um computador

tão sendo experimentados nas diversas ope­ trônica. central, que concentra a lógica do controle,

radoras do Sistema Telebrás. estima o enge­ O fenômeno da eletronização não é pró­ ou ser do tipo com inteligência distribuída.

nheiro que cerca de 150 se transformarão em Esta última é arquitetura adotada para o Pro-

produtos definitivos. Para que se concretize prio só do Brasil. A A T & T , a maior empresa eto Trópico do CI *ql ) de Campinas e é a que
elefônien do mundo, já converteu por exem­
o desenvolvimento de novos produtos são ne­ plo mais de 6 1 de suas erntt ais elet roinecá- nais se aproxima das centrais eletromceâ-

cessários recursos. No caso do laboratório da iiieas mais antigas para a técnica de sinali­ licas cujo desempenho é bastante confiável.

Telerj, este já recebeu até novembro de 83 zação por canal comum. No Brasil, equipa­ \ central CPA não constitui, porém, uma pa-

um total de Cr$ 3.9 bilhões, o que lhe asse­ lacéia. afirmou Nunes, o se a mesma tem fa-

gura uma carteira de projetos até 88. mentos tais como o Sistema de Supervisão álidades adicionais em relação às centrais
cie Centrais 'lelefonicas Sitasu. os Converso­
I loje a Telerj trabalha sob o enfoque» da res de Sinalização para a introduçãode DDD mdicionais, deixa de fazer outras coisas tais

pesquisa organizada contrapondo-se ao da cm centrais decádicas, são Ixjns exemplos da ;omo a qualificação de linhas e o gerencia-

pesquisa dispersa, com o que se consegue nento de redes.

um melhor rendimento global em relação introdução da eletrônica para renovar o de­ A 'lêlebrás já concluiu o desenvolvimen-
sempenho de velhas centrais telefônicas.
aos recursos aplicados. Tecnologia paga di­ o do Trópico C. que é um concentrador de

videndos. Esta é uma verdade que o brasi­ inhas e está part indo para desenvolver o T r ó ­

leiro começa a descobrir. E o caso por exem­ T P s e C I W s pico R. Este é uma ordem de grandeza mais

plo da otimização da temporização das cen­ jomplexo na sua lógica, visto que tem que

trais telefônicas que, segundo ele, permitiu O carioca poderá ter "orelhões” que ope­ incluir na sua arquitetura facilidades pró­

que a receita da empresa desse um salto rarão sem fichas. A Telerj está atualmente prias de uma central pública, como tarífação

quantitativo de Cr$ 1 bilhão, a partir de 7-1, pesquisando uma solução que se adapte à l* gerenciamento de rede. O Trópico R é um

apenas peJa melhoria do equipamento já realidade industrial brasileira dentre as al­ desenvolvimento que está ao alcance da en­

existente. ternativas de cartão magnético, cartão com genharia brasileira, afirmou Guilherme Nu-

“É necessário que o pesquisador brasilei­ semicondutor ou cartão fusível “mas não ies, dependendo apenas de tempo e de re­

ro acredite nas suas possibilidades sem te­ chegou ainda a nenhuma conclusão defini­ cursos. / J f ' P i

mer a concorrência estrangeira”, recomen­

dou o conferencista e citou o desenvolvimen­

to de uma máquina secadora de emendas pa­

ra cabos, que reduziu o tempo de operaçàc

de 9 para 1 hora, superando o desempenho

de um similar estrangeiro que estava sendo

comercializado na ocasião.

Eletronização e Inovação

O impacto da eletrônica de semiconduto­

res de alta integração e dotados de “inteli­

gência” veio permitir a criação de funções

novas, a inovação, e a renovação de funções

antigas anteriormente efetuadas por relés

eletromecánicos ou eletronização. Um exem­

plo de inovação desenvolvido pela Telerj é a

USQT, sigla que corresponde à Unidade de

Supervisão e Qualidade de Transmissão, cu­

jo produto está funcionando e cujo início de

operação comercial está previsto para 85. A

USQT permite examinar o sinal de voz da

conversação telefônica para controlar a qua­

lidade da transmissão, mesmo com o siste­

ma em operação, “uma coisa que o equiva­

lente estrangeiro não é capaz de fazer”, fez

questão de salientar Nunes.

Já no caso da eletronização da rede. q que Guilherme Nunes: com tecnologia naáonal não será mais necessário

acontece é algo similar com o que faz a igni­ no exterior a 150 dólares cada um. enviar cartões para serem reparados