Page 7353 - Revista Telebrasil

Com menos de um ano na presidência da Na busca constante da nacionalização de
NEC do Brasil, Newton Chiaparini já teve seus produtos, a NEC passou a substituir pe­
tempo para sentir a força da empresa: “Te­ ças e componentes importados por nacio­
mos suporte técnico para produzir tudo o que nais, desenvolvendo sua capacidade de cria­
o Brasil precisa” . Para ele, o setor das tele­ ção. “Com isso, a NEC ajudou o País a tor­
comunicações pode ajudar muito o País na nar a industria de telecomunicações auto-
recuperação de sua economia. sustentável e capacitada a gerar tecnologia
própria” , disse Alpha.
Lado a lado Durante o ano de 1983, a NEC alcançou
excelentes níveis de nacionalização de seus
Desde sua instalação no Brasil, há 15 produtos: centrais telefônicas crossbar,
anos, a NEC vem participando ativamente 98 por cento; CPCT eletrônica, 94 por cen­
do progresso nacional no setor das telecomu­ to; Multiplex PCM, 97 porcento; Multiplex
nicações. “Através da utilização de equipa­ PDM , 60 por cento; rádio m icroondas,
mentos e novas técnicas importadas, apren­ 78 por cento; Rádio UHF, 92 por cento; se­
demos sua operação e manutenção, o que m icondutores, 50 por cento; fac-símile,
muito tem ajudado o País a alcançar um ní­ 81 por cento; KS, 95 por cento; aparelhas te­
vel adequadp de autonomia, para que deci­ lefônicos, 100 por cento; e componentes me­
sões de natureza tecnológica e industrial se­ cânicos, 99,5 por cento.
jam tomadas intemamente”, explicou o vice- Para introduzir tecnologias adequadas,
presidente da NEC, Sebastião Esteves Al­ de modo a desenvolver produtos competiti­
pha. Com o início da industrialização, a NEC vos, que atendem ao mercado privado e ao
do Brasil passou a explorar as característi­ Sistema Telebrás, a NEC do Brasil adotou
cas técnicas dos equipamentos e conhecer os as seguintes estratégias de atuação: nacio­
fundamentos da sua concepção, colaboran­ nalizar os produtos aplicáveis ao mercado
do para que o Brasil se torne cada vez me­ brasileiro e de exportação, part ieipar nas ati-
nos dependente de importações. vidades doC Pqü
Testes de equipam entos de rádio
(foto ao lado) e a linha de m ontagem
de painéis de comutação
(foto acima) ocupam quase 1.700
em pregados da N EC
nos pavilhões industriais.
Centro de
Treinamento
da N E C do Brasil
em Guarulhos,
São Paulo.
Desenvolvimento da Tèlebrás — e cooperar
com outras instituições de pesquisa e desen­
volvimento, e ainda intensificar o desenvol­
vimento de produtos na NEC.
Mercado
A participação da NEC do Brasil no m er­
cado interno vem crescendo ano a ano. 1 ra-
dicional fornecedora de transceptores para
o setor de microondas (seu primeiro contra­
to no Brasil, em 66, foi para produzir mi­
croondas), ela mantém um elevado índice de
participação nesta área: 56 por cento em
1983, com previsão para 57 por cento em 84.
Quanto aos transceptores de UHF, foi res­
ponsável por 32 por cento em 83 e deverá
chegar a 35 por cento em 84. Durante as co­
memorações de seu 15? aniversário, a NEC
fez a entrega simbólica do seu 1.000!’ trans-
ceptor de microondas fabricado no B rasil
Forneceu 24 por cento das centrais de co­
mutação (crossbar) prediais e transportáveis
consumidas pelo Brasil em 83 e pretende ele­
var este índice para 27 por cento em 84. Ra­
ra o mercado de multiplex, sua participação
Centro de Pesquisas e chegou a 20 por cento no ano passado e de­
verá atingir 26 por cento este ano.
I)urante o ano de 1983, dois por cento da
produção da NEC foi destinada ao mercado
externo, mais precisamente para a Nigéria,
Peru, Paraguai e Guatemala. “Em nossa
atual procura de novos mercados, pretende­
mos intensificar as exportações. Já temos
possibilidades de negociar com o Equador,
Uruguai e Estados Unidos. Além disso,
atualmente temos técnicos no Peru, acom­
panhando a instalação de centrais da NEC1',
informou o presidente Newton Chiaparini.
Para enfrentar a atual crise económi­
co-financeira que o País atravessa, sem pre­
cisar demitir empregados nem reduzir os in­
vestimentos, a NEC está identificando lacu­
nas no mercado privado, reduzindo custos e
exportando serviços. “Vamos conseguir
atravessar este período difícil, sem o lucro
previsto*em épocas normais, mas com a es­
perança de dias melhores” , disse Chiapari­
ni. Para 1984, as principais metas são me­
lhorar a posição de competitividade da NEC
e se lançar no mercado das CPAs — Centrais
Telefônicas com Controle a Programa Arma­
zenado. Quanto à possível penetração no se­
tor da telemática, Chiaparini aguarda modi­
ficações na atual legislação, que é restritiva.
Comutação Digital
Um dos líderes mundiais em eletrônica
e principal proponente da integração Com­
putador & Comunicações, a NEC está pronta
para atender ao mercado de Centrais Tele­
fônicas com Controle a Programa Arm aze­
nado, com o seu Sistema de Comutação Di­
gital NE AX 61, que inicia uma nova geração
de sistemas de comunicação no Brasil.
Aplicável a centrais locais, trânsito, tan­
dem, reJJ^los, rurais, móveis e internacio­
nais, o NEAX 61 é um sistema único, en­
quanto os convencionais exigem projetos di­
ferentes para cada aplicação. Suas principais
características são: comutação totalmente di­
gital, configuração de construção em blocos,^