Page 7331 - Revista Telebrasil
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E n tã o  te r e m o s  te m p o  p a ra  e n c o n tra r u m a  so lu çã o ,                                                                                                          V o ltar-se á  re a lid a d e ,  q u e  o s g r a n d e s  h o m e n s  e os


                    u m a   sa íd a   p a ra   a  crise.                                                                                                                                                   g ra n d e s  povos n o s m o s tra m  a c a d a  p á g in a  d a  h istó ria .


                            O u n ã o s e iia  m e lh o r  m o d ific a r o re g im e , e x ig ir  e le i­


                    ções, e sc o lh e r ca n d id a to s, e n fim  te n ta r m u d a r  u m  p o u ­                                                                                                                Da p o b reza  à riq u eza , p e lo  trabalho. P ela eco n o m ia ,


                   co  tu d o  is to  p a ra   v e r s e   m e lh o ra ?                                                                                                                                   p e la  co o p era çã o  a o  tra b a lh o  d o  p ró x im o , p e lo  r e s p e i­


                                                                                                                                                                                                           to à  crise.                                                                                                                                        ,

                            O  h o m e m  e o so n h o . S e m p re  te n ta n d o  s o n h a r a  s o ­


                    lu ç ã o  d a  c ris e . Q u a n d o  a c o rd a , o s o n h o  te rm in o u , o u ­                                                                                                           T ra b a lh a r s e m  cessar, a b a n d o n a n d o  d ç fin itiv a m e n -


                    tro   d ia   c la re o u ,  m a is   a   c ris e   s e   a g ra v o u .                                                                                                                te o d e te rm in is m o  d o  “ fa z e r p o r fa z e r”. E  im p o rta n te

                                                                                                                                                                                                           o  fa z e r  p a ra   p ro d u z ir,  p ro d u z ir o  m e lh o r p o ssív el.


                            O  c a m in h o  é   c o rta r a s   m o rd o m ia s,  r e d u z ir  o  c u s ­                                                                                                         E ste  a u to c o n tro le  d e  p ro d u z ir o m e lh o r, e m  m a io r


                    te io   e   o s  in v e s tim e n to s   d a s   e sta ta is.  S ó   d a s  e sta ta is                                                                                                q u a n t id a d e ,  n o  m e n o r te m p o , d e v e  s e r  o d e te r m in is ­


                    b a sta ! Q u e  n ã o  n o s c o r te m   nada; só  d a s e sta ta is.  E s ­                                                                                                          m o d o   h o m e m ,  d e s d e  o q u e  v a rre  a  ru a ,  d e s d e  o q u e


                    te  s im  é  o c a m in h o .  A  forca c o m  a s e s ta ta is  e tu d o  e s ­                                                                                                       p re p a ra   a  a rg a m a s s a   na  o b ra ,  p a s s a n d o  p e lo s a r tíf i­


                    ta rá  re so lv id o .                                                                                                                                                                 ces,  c h e g a n d o  a o s g e re n te s   e  a o s   d irig e n te s .



                                                                                                                                                                                                                   T ra b a lh o  d u ro , co m  tra n q ü ilid a d e , s e m  d e s e s p e ro s
                            E  a  c ris e  s e  a g ra v a .  O  h o m e m  c o n tin u a  se  a g ita n ­
                                                                                                                                                                                                           e  c o n s ta n te s   ra c la m a ç õ e s.
                    d o  e p ro c u ra n d o  a g ita r  to d o s o s o u tro s  h o m e n s  à su a


                    v o lta,  p a ra   e n c o n tr a r  a  s a íd a   p a ra   a  c rise .                                                                                                                        E lim in e -s e   o q u e   é su p é rflu o ,  c o m   tra n q ü ilid a d e ,


                                                                                                                                                                                                           m a s o b stin a d a m e n te ,  c e d e n d o  lu g a r cio  im p r e s c in d í­
                            O s A g r ic u lto r e s !  E s te s  s im   tè m   o c a m in h o  para  a


                   sa íd a  da críse! E le s  d e v e m  p ro d u zir m ais,  m u ito  m ais,                                                                                                              vel,  a o  q u e   in te re ssa   p r o d u z ir  b e m .



                    e x p o r ta r  tu d o  e  tr a z e r  e s te s  fa m ig e ra d o s d ó la re s q u e                                                                                                          V olte-se  o h o m e m   p a ra  o s e u  p ro d u to ,  e n c o n tra n ­


                   n o s  lib e rta rã o  da  crise.  A p r o v e ite m  a  c rise   “lá fo r a ”                                                                                                         d o   n o   tra b a lh o   a   s a tis fa ç ã o   d e   s u a s   n e c e s s id a d e s   e


                    e   v e n d a m   tu d o ,  b e m   caro,  e s te   é  o ca m in h o .                                                                                                                m e s m o  a  s u a   d iv e rsã o .


                                                                                                                                                                                                                   P ro d u z a m  os fu n c io n á rio s p ú b lico s,  to d o s,  m a is  e
                            E  c o n tin u a  a  a g ita ç ã o  e n a d a  d e so lu ção  p a ra  a crise.
                                                                                                                                                                                                          m ais.



                    Q u e m  sa b e , o u tro   “b o o m  ” na B o lsa , a su b id a  v e r tig i­                                                                                                                 P r o d u z a m   o s  o p e r á r io s ,  n a   c o n s tr u ç ã o   d e   s u a


                   n o sa  d o   “O p e n  M a r k e t” o u  d o   “O v e r n ig h t”? A p liq u e ­                                                                                                      in d ú s tria .


                   m o s  d in h e iro  n o  m e rc a d o  fin a n ceiro . A o s  b ilh õ es e  aos                                                                                                               P ro d u z a m  os co m erciário s, p a ra  a p ro s p e rid a d e  d o


                    tr ilh õ e s   d e   c in z e ir o s .  C o m p ra r na  “b a ix a ” e   v e n d e r                                                                                                  s e u   n eg ó cio .


                   n a   “a lta ”  q u e m   s a b e  n ã o  é  a  sa íd a  p a ra   a  crise?                                                                                                                    Q u e   o s  b ilh õ e s   e  t r i l h õ e s   v o lte m   à  a t i v i d a d e

                                                                                                                                                                                                          p ro d u tiv a .

                            E   a  c ris e   c o n tin u a ,  s e   a g ra v a .                                                                                                                                  P ro d u z a m   o s  fin a n c ista s,  m a is   e m   m e n o s   te m p o ,




                            A  so lu ç ã o  te m  q u e  s e r  p o lí tica. N ó s  p o lí tico s d e v e ­                                                                                               p a ra   o  b a ra te a m e n to   d o   s e u   tra b a lh o .


                    m o s   “s a ir  p o r  a í ”,  d e  p o rta  e m  p o rta ,  d ia lo g a n d o  a té                                                                                                         P ro d u z a  a fa m ília ,  c o n te n d o  g a s to s  e m e lh o r a p li­


                    e n c o n tr a r m o s  a sa íd a  p a ra  a c rise .  Q u e m  sa b e  F u la ­                                                                                                      c a n d o  h a b ilid a d e s no lar, u n id a  p e la  p a z  q u e  só  a c o m ­


                    no? N ã o ,  m e lh o r  se ria  B e ltra n o .  O u h a v e rá  a in d a   u m                                                                                                       p re e n s ã o   d o   p ro b le m a   trá s.


                    Sicra n o ,  tira d o  d o  b o lso  d o  c o le te  da p o lí tica, e s te  sim ,                                                                                                            A  so lu ção  p a ra  a c rise  e s tá  n o  tra b a lh o  o rd eiro , o b s­


                   p o d e   e n c o n tr a r  a  sa íd a   p a ra   a  crise.                                                                                                                           tin ad o , d e  todos. N ão  b a s ta  o sacrifício  d o  vizinho. N ão

                                                                                                                                                                                                         b a s ta  o sa c rifíc io  d a  a g ric u ltu ra . N ã o  b a s ta  o s a c rifí­


                            P a ssa -se  o te m p o . A  c rise  se  a p ro fu n d a . S e a la s tra .                                                                                                  cio d a s   fa lê n c ia s e  c o n c o rd a ta s.  N ã o   b a s ta   o s a c rifí­


                            A  s a íd a  p a ra  c ris e  n ã o  e s tá  e m  se  p ro c u ra r u m  c a ­                                                                                               cio d a s  e s ta ta is . N ã o  b a s ta  o p ro te s to  d o s líd e re s  p o lí­


                   m in h o , m a s  e m  c o n v e n c e r o h o m e m  a e n tr a r  n a  c rise                                                                                                       tico s  e  d e   c la sse s.



                   e  so lu c io n á -la .                                                                                                                                                                       B à s ta  q u e  to d o s n o s c o n v e n ç a m o s q u e  só  o tr a b a ­

                            O  fa lso  c o n v e n c im e n to  d e  q u e  o sa c rifíc io  d o  o u tro                                                                                                lho, á rd u o  m a s  o rd eiro , s e rá  o fa b u lo so  e lix ir q u e  c u ­


                   b a s ta rá ,  é  tã o   fa lso   q u e   só   faz  a p ro fu n d a r a   crise.                                                                                                      ra rá  d e fin itiv a m e n te  a   “g r ip e ”  p o r q u e  p a s s a  o p a ís.


                            O   sacrifício !  E s ta   é  a   so lu ç ã o   p a ra  a   crise!                                                                                                                   A  R e v ista  T e le b ra sil, a o  s a u d a r s e u s  le ito re s n e s ta


                            N ã o  o sa c rifíc io  d e  a lg u n s , m a s  d e  to d o s, p o rq u e  a                                                                                                a lv o ra d a  d e   1984,  s in c e ra m e n te  d e s e ja  to d o  o s u c e s ­



                   c ris e  a fe ta  a  to d o s, p e s s o a s  físicas, p e s s o a s  ju ríd ic a s,                                                                                                  so  d e  c a d a  u m , a tra v é s  d o  tra b a lh o  o b je tiv o  e p r o d u ­


                   a   In stitu iç ã o .                                                                                                                                                                 tivo,  p o rq u e  re s u lta rá  d e le  o su c e sso  d a   N ação .  C e r­

                                                                                                                                                                                                         ta m e n te  e s te  p o d e rá  s e r  o a n o  q u e  d e te rm in a rá  a  s a í­

                           A   a çã o  d e   e s p e r te z a   so lu c io n a   p r o v in c ia n a m e n te                                                                                            d a  d a  s o m b ra  p a ra  a luz,  d a  c rise  p a ra  a  p r o s p e rid a ­


                   o m o m e n to . N o  p r ó x im o  m o m e n to  é  n e c e ssá rio  o u tra                                                                                                         de,  d a   v e rg o n h a   p a ra   o  o rg u lh o .


                   ação d e  e sp e rte za , e  outra, e outra, m a s  a crise s e  a p ro ­                                                                                                                     A  c ris e  n ã o  e s ta rá  m a is d e n tro  d o  p a ís, p o rq u e  ela


                   fu n d a rá  se g u ra   e  in e xo rá v e l.                                                                                                                                         te rá   d e s a p a re c id o  d e   d e n tro  d o  h o m e m .




                            D e sd e   o  m a is  h u m ild e   tra b a lh a d o r ao   m a is a b a s ­


                   ta d o   e m p re s á rio ,  é  n e c e s s á rio   o  sacrifício .


                            A lg o  te m  q u e  s e r  d im in u íd o  n o s g a sto s. H á  n e c e s ­


                   s id a d e  d e  c ria r-se  a  m e n ta lid a d e  d e  e c o n o m ia  n o  h o ­                                                                                                                                                     J o ã o   F erreira   D u rã o


                   m e m ,  n a   fa m ília ,  n a   e m p re s a   e  n a   e sta ta l.                                                                                                                                                    V ic e -P re sid e n te   da  T e le b ra sil

                                                                                                                                                                                                                                                    >
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