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mento. Uma foto de 6 min. e 40s dá o suficiente para localizar a região Nor mostramos uma foto obtida p0r
para varrer uma área de 2.660 Km de deste, do extremo sul da Bahia ao ex satélite artificial do tipo NOAA, usan^
comprimento por 3.400 Km de largura, tremo norte do Maranhão. Na fig. 2 um radiômetro de varredura (SR) 0
UMA VARREDURA COMPLETA (LINHA)
I - * H
VISÍVEL INFRAVERMELHO I
?
Fig. 1 — Sinal emitido pelo satélite (série NOAA), do qual a foto será formada. Vê-se os espectros visível e infravermelho, bem como os sete
pulsos de sincronismo antecedendo cada sinal.
O satélite NOAA fornece-nos uma foto Partindo-se do princípio que as me
por dia (sem considerarmos a foto dições efetuadas em terra (insolação e
noturna, que é obtida no infraver radiação) são medições confiáveis,
melho); existe também o satélite passa-se a comparar estes dados com
GOES (Geostationary Operational En as nebulosidades (área coberta, tipo de
vironmental Satellite System). A van nuvem, etc.). Outros fatores deverão
tagem do GOES é que ele encontra-se influir: época do ano e fatores me
a um ponto fixo a 36000 Km da terra. teorológicos. Tentar-se-á, então,
Suas fotos são tiradas de 30 em 30 desenvolver um programa de com
minutos e recebidas após 20 minutos. putador e encontrar uma fórmula em
Não existe estação para a captação do pírica que relacione as nebulosidadese
GOES no Brasil, o que não impede que eventos paralelos com as medições
o Brasil seja fotografado e a foto re feitas em terra.
metida para estações no exterior,
como acontece atualmente. Essas medições deverão, logicamente,
ser feitas no maior espaço de tempo
A vantagem do GOES sobre o NOAA
possível (2 a 5 anos inicialmente), a fim
é notável: enquanto o primeiro nos dá
de que se possa obter um resultado
fotos de 30 em 30 minutos, o segundo
confiável. Não se pode prever, no
dá apenas uma foto por dia. Sendo as
momento, o grau de confiabilidade a
sim, é muito mais fácil a verificação do
ser alcançado.
movimento das nuvens através das
transmissões do satélite GOES.
Com essa relação empírica adquirida,
teremos condições de extrapolar os
III — Objetivos valores obtidos para o Rio Grande do
Norte e Paraíba para o restante da
Temos então:
região. Pode-se assim prever um
a) osdadosfornecidospelo LES (UFPB) melhor aproveitamento da energia
e pelo DEL (UFRN), relativos aos solar, de que tanto se necessita, e a um
índices de insolação e radiação solar; preço razoavelmente barato, se com
b) fotografias diárias das nebulosi parado com os métodos tradicionais
dades sobre o Nordeste obtidos por de obtenção dos índices de insolação e
é
satélites NOAA e GOES, e dados radiação. t
Fig. 2 — Foto obtida p o r um satélite da série
NOAA. meteorológicos.