Page 10745 - Revista Telebrasil

Comunicação de
dados — um novo
serviço EMBRATEL
JOSÉ LEME LOPES FILHO
Engenheiro de Eletrônica pelo ITA (1964),
atualmente ocupando o cargo de Gerente
de Comunicação de Dados da Embratei.
1. Introdução e também tudo o mais que for ne­
cessário para tornar a informação
O presente artigo tem por objetivo apta a ser transmitida, o seu enca­
apresentar a política atual da Em- minhamento através do sistema de
bratel para prestação de serviços comunicação e sua reconversão à
de Comunicação de Dados. Nele forma original após chegar ao des­
são descritos os serviços que a tino.
empresa está desenvolvendo bem
como o processo de planejamento A partir
que conduziu à decisão de conceituou-se então Serviço de
desenvolvê-los. Esta descrição re­ Comunicação de Dados como sen­
monta ao início do ano de 1977, do a função desempenhada pela
quando foi tomada a decisão de re­ empresa exploradora, consistindo
ver a atuação da empresa face à em prover um sistema ou conjunto
sua concessão de exploradora de elementos, recursos e insta­
desses serviços. Compõe-se de lações específicos, sob procedi­
uma análise da situação em janei­ mentos determinados, que aten­
ro de 1977, uma definição de obje­ dam às necessidades de Comuni­
tivos de serviços, uma descrição cação de Dados dos usuários, con­
da estratégia de prestação de ser­ ceito este que se adapta perfeita­
viços e dos projetos que materiali­ mente ao conceito genérico de
zam a execução desta estratégia. Serviço de Comunicações.
2. Análise da Situação em Janeiro Naturalmente, este conceito
de 1977 abrange não somente os serviços
para comunicações entre compu­
2.1. Conceito de Serviço tadores eletrônicos e terminais,
mas também os serviços de comu­
Em primeiro lugar, para que fosse tação de mensagens e fac-símile
possível uma análise panorâmica digital.
da sutuação na época, foi ne­
cessário definir claramente Ser­ 2.2 Desenvolvimento e Conclu­
viço de Comunicação de Dados. sões da Análise
Por Comunicação de Dados A seguir procurou-se fazer uma
entende-se a transmissão de infor­ análise da situação existente do
mação codificada eletronicamente ponto de vista da empresa explora-
MARCO ANTONIO BANDEIRA
Engenheiro de Telecomunicações pelo IME
(1970), atualmente é Assistente do Gerente
de Comunicação de Dados da Embratei.
dora, e chegou-se a várias conclu­
sões. Em primeiro lugar, não se po­
dia afirmar, à luz da definição ado­
tada, que a Embratei oferecesse
algum serviço de Comunicação de
Dados ao público, à exceção de
um serviço bastante modesto en­
tre Rio e São Paulo. Não havia sis­
desta definição, temas, recursos ou instalações es­
pecíficos para Comunicação de
Dados e os procedimentos adota­
dos eram os que haviam sido deter­
minados para outros serviços. O
atendimento era prestado na base
do melhor esforço. Não se podia
nem mesmo afirmar que as neces­
sidades de Comunicação de Da­
dos dos usuários eram realmente
conhecidas, visto que não havia
um sistema que permitisse incor­
porar as necessidades manifesta­
das por ocasião de pedidos ou de
reclamações de usuários aos pro­
cessos de planejamento da empre­
sa.
Acresce que, não apenas nenhum
Serviço de Comunicação de Dados
era oferecido como também os ob­
jetivos de serviço então existentes
não estavam claramente definidos
através de um conjunto de
critérios e padrões tanto técnicos
como comerciais. Faltavam
também à empresa recursos em
quantidade suficiente para supe­
rar a situação. Por recursos