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O “ espalhamento” é m enor no
segundo caso e o exame das fig u A referência poderá ser 0, o valor
ras permitiria afirm ar que a cartei esperado da distribuição o míni
ra (ou portfólio) t é m ais arriscada mo retorno admissível, a máxima
do que a 2 mesmo tendo pratica perda admissível, etc.
mente o mesmo valor esperado de
Caso se considerem os momentos
retorno.
em relação ao valor esperado, a
% s •
semivariância serve para medir a
Com o portfólio 1 o em presário de
assimetria da distribuição, sendo
ve estar preparado a arcar com
possíveis as seguintes situações:
prejuízo ou auferir lucro superior
ao que o portfólio 2 perm itiria. Fal
ta uma medida para o risco que 2 è v‘ = 1 a trib u iç ã o simétrica.
será definida a seguir.
2SV~ ^ 1 distribuição assimétrica para direita.
Em ambos os casos vim os que era
possível ao analista associar aos < 1 distribuição assimétrica para es
retornos dos ativos uma dada dis querda.
tribuição de probabilidade: este
fato caracteriza um a situação de Entre distribuições com idênticos
risco.
E e V, baseados na SV, iremos esco
lher, desde que avessos ao risco,
Em condições de incerteza, não
aquela que apresentar maior as
seria possível associar um a proba
simetria para a direita, uma vez
bilidade aos retornos. Pelo m enos
que o “ risco” de ganhos maiores
quanto às definições aqui adotadas, não é de natureza a preocupar.
na situação de risco o investidor Fig. 3
tem dúvidas passíveis de q u a n tifi É fácil imaginar distribuições com
cação mas na condição de incer Consideremos que elas sejam tais média e variância iguais e com
teza ele é ignorante. que, em relação ao valor esperado, semivariância diferentes.
uma seja a imagem especular da
Uma medida norm alm ente aceita outra.
e utilizada para m edir risco é a
variância dos retornos: Isto im plica em ter os dois primei
ros momentos (valor esperado e
variância) em relação à média
vx = X P( (Ri - Ex)*
I = I • * / iguais. O que diferencia as duas
distribuições é o terceiro momento
Nos exemplos fornecidos anterior (assimetria) o que mostra não ser
mente: suficiente o conhecimento dos
dois primeiros momentos da dis
Vp1 = 0,0516 tribuição para a opção do empre
sário. Markowitz sugeriu o empre
Vp2 = 0,000564 go da semivariância como medida
de risco.
Verifica-se que a variância da car A semivariância é uma medida
teira 2 é quase cem vezes m enor,
para a qual desvios positivos ou
e o risco a ela associado é menor.
negativos contribuem diferente
Desta forma tem os um m étodo
mente.
quantitativo para confirm ar o que
a inespeção visual já perm itia an
tever.
Um risco m aior corresponde a re
tornos com maior dispersão em
onde
torno de um valor central, o que é
também equivalente a um m aior SV — semivariância
desvio padrão. Mas um m aior des
r — retorno
vio padrão nem sem pre é um m o ti
vo de preocupação para o empresá b — uma referência Na figura 4a está representado
rio, pois não há m otivo do inves um investimento com 80% de
tidor considerar possibilidades de probabilidade de ter retorno 4 e
ganho maior com o risco. com 20% de probabilidade de ter
retorno-1.
A título de ilustração, considere ^ —
mos duas distribuições de probabi Na figura 4b está representado um
lidades: investimento com 80% de proba-