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U m a n o v a , f u l g u r a n t e
n e c e s s á r i a c l a s s e n a
s o c i e d a d e m o d e r n a :
a d o s e x e c u t i v o s
JOSÉ OLAVO DINIZ
Bncharol tin Dlrolto (U $ P ), * Diretor d*
ABINEE, Tolobraail • d* Ericsson do Until
Com. * Ind. S/A.
“O Executivo tem como tarefa criar transformam ao no todo choio cio mú na do compromissos possoaís e in-
um todo maior do que a soma das sica o harmonia Com uma diferença: (wnaíorlvulg — para rocobor — por
partes, uma entidade quo resulto enquanto o Maestro apenas intorpro- exomplo — sõus subordinados sem
maior e mais perfeita do quo a soma ta o compositor, o Executivo ê, ao pre preocupados com problemas me
dos recursos nela lançados. Ele 6 co- mesmo tempo, compositor e intér nores cujo bom sonso já dovoria ter
mo um Maestro, graças a cujo esfor prete." solucionado antes do recorrer â Su
ço, visão e liderança as partes indivi Peter Drucker (The Practice of Mana prema Instância!
duais, barulhentas e confusas, gement).
É óbvio que o tempo — passando
igualmente para todos — atormenta
multo mais o Executivo cioso e res
Nenhuma atividade ô mais importan muito útil. para melhor entendimento ponsável pelos seus deveres do que
te à estrutura empresarial moderna do fenómeno, tentar identificar al o diligente auxiliar, preocupado tal
do que a do Executivo. É ele que de guns preconceitos (e desm asca vez em preencher extensos questio
termina e corajosamente denuncia se rá-los) que cercam a atividade desta nários de utilização duvidosa ou im
nossas instituições sócio-político- “avis rara” da sociedade contem pressos elaborados para cada caso.
empresariais funcionam bem ou es porânea, produto típico da revolução
tão desperdiçando seus talentos e industrial deste século, cada vez O que ocorre — na prática — é que
seus recursos. Ê ele que busca — na mais estimulado pela proliferação não se pode dispensar totalmente o
extensa rede de contatos de que dis dos sofisticados institutos de estu trabalho desses vigilantes da boa or
põe — aferir a sensibilidade do meio- dos avançados que, aliás, muito têm dem administrativa interna e, muito
ambiente para dirigir a estratégia de contribuído para a elevação dos embora se entenda ser extremamen
sua ação neste ou naquele sentido. É padrões salariais da classe... te difícil para um Executivo penetrar
ele, enfim, que tem a responsabilida no sub-mundo da Organização, é lici
de de informar dentro das complexas O Executivo nato é como o Político to esperar-se dele aquela atitude que
organizações modernas e, informan nato ou o Músico nato. Sua força vo é um dos traços marcantes de sua in
do, assumir — solidariamente — os cacional, seu apelo de trabalho é mui confundível liderança: a de entender
riscos das decisões geralmente diluí to superior àquelas tarefas que lhe — e até mesmo estimular — o traba
das na brigada dos colegiados dire são impostas pela rotina massacran lho e o esforço dos seus subordina
tivos modernos, verdadeiros exérci te e — não raro — por isso mesmo dos quando julgue que o coeficiente
tos que competem na batalha diária seu desempenho não é totalmente de eficiência geral está adequado às
pela sobrevivência dentro das com compreendido ou corretamente ava dimensões da Organização.
plexas regras em que vive nosso ca liado.
pitalismo de Estado. É bobagem pensar que o bom Execu
Este, o primeiro preconceito identifi tivo é aquele ser superior que só se
Sem penetrarmos mais profunda cável: o verdadeiro Executivo não comunica com determinados esca
mente na análise do papel do Execu executa tarefas de rotina. É extrema lões porque julga que — percorrendo
tivo nos variados e múltiplos segmen mente difícil para o Executivo arranjar o caminho inverso — possa compro
tos do mercado de trabalho, seria tempo na sua agitada agenda — ple meter sua imagem de Super-Dotado.