Page 16 - Telebrasil - Agosto Extra 2003
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as atividades de rede tem revertido gica, dificilmen
Aproveitam ento da capacidade instalada (%)
esse cenário para as prestadoras de te haverá espa
serviço. Tanto é que, dos R$ 10,2 bi ço para um
lhões que as teles devem investir esse c re sc im e n to
ano, apenas Rf> 3,3 bilhões serão des comparável ao
tinados à área de serviços, que inclui observado en
instalação, operação e manutenção de tre 1999 e
redes e sistemas. No ano passado, os 2001. “O setor
recursos totais foram menores - R$ deve passar a
8,9 bilhões -, mas a fatia de serviços acompanhar o
foi maior - R$ 3,5 bilhões. A maior d esem p en h o
parte do capital investido em 2003 - geral da econo
R$ 1,7 bilhão - ainda virá da telefo mia. Ninguém
nia fixa, que deverá ter seu foco em está ansioso por
previsão
serviços de banda larga. Já as opera substituir suas
doras celulares deverão injetar no se redes, o que é compreensível. As teles de e universalização junto à Ana
tor cerca de R$ 1,1 bilhão no setor, querem agora recuperar o grande in tei. Em 2001, correndo contra o
com destaque na migração das redes vestimento já feito”, acrescenta. tempo, as carriers recorreram in
para 2,5G e na expansão da infra-es tensam ente ao m ercado externo
trutura GSM. Balança comercial para comprar equipamentos que a
O diretor da Abinee atenta para o indústria local não tinha tempo nem
Crescimento fato de que o setor de telecomunica capacidade para prover. A partir
Apesar das dificuldades, a possi ções, freqúentemente identificado daí, a queda das importações fize
bilidade de um horizonte um pouco como um “ofensor” da balança de pa ram com que as exportações, em
mais favorável para a in gamentos externos, passou crescimento contínuo desde 2000,
dústria é identificada por a não sê-lo mais desde o se sobressaíssem. Só a área de han
Newton Scartezini, diretor Hoje, as ano passado. Em 2001, as dsets, por exemplo, gerou US$ 301
do grupo setorial de tele importações foram supe m ilhões em vendas externas nos
comunicações da Abinee - empresas riores a USf> 2,3 bilhões e quatro primeiros meses do ano, resul
Associação Brasileira da encaram as exportações ficaram tado 10% superior ao do mesmo perí
Indústria Elétrica e Eletrô em US$ 1,33 bilhão. Em odo de 2002. Já a tendência de que
nica. Ele prevê um cresci contratos 2002, as importações de da abrupta no número de empre
mento de 10% no fatura escassos sabaram para apenas US$ gos na indústria de telecomunicações
mento das fabricantes de 707 milhões, enquanto as - de 23,9 mil para 11,7 mil entre
telecom unicações em exportações aumentaram 1999 e 2002 deve ser neutralizada,
2003 em relação ao ano passado. “O ligeiramente, para US$ 1,34 bilhão segundo o diretor da Abinee. “Boa
que não é muito difícil, consideran (ver tabelas). Scartezini explica que ta parte dos empregos não desapare
do-se o baixo patamar de produção manha variação no saldo comercial ceu, pois muitas das vagas foram re-
verificado em 2002”, pondera. Scar do setor também tem explicação na alocadas no setor de manufatura. A
tezini avalia que, a não ser que apare corrida das operadoras pela ante tendência para os próximos anos é de
ça uma considerável ruptura tecnoló cipação de suas metas de qualida- maior estabilidade”, aposta.
Desempenho da indústria brasileira de telecomunicações
1999 2000 2001 2002 2003*
Faturamento (R$ milhões) 7.313 9.946 11.431 7.431 8.174
Exportações (US$ milhões) 381,1 1.157,9 1.337,8 1.343,0 1.316,6
Importações (US$ milhões) 1.298,7 1.521,8 2.340,1 706,9 473,6
Empregados (milhares) 23,9 25,2 17,8 11,7 11,7
Fonte: Abinee/Decon * previsão