Page 45 - Telebrasil - Abril/Maio 2002
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CONJUNTURA

       FH  quer reforma  tributária

         O presidente  da  República, Fernando   comércio  e  que  produtos  de  qualidade
       Henrique Cardoso,  afirmou,  ao  encerrar   consolidam a presença do Brasil lá fora.
       o “Encontro  Internacional  Inmetro  de   Segundo Armando Mariante, presiden­
       Metrologia e  Qualidade”,  que  se  o  País   te do Inmetro, a ação fiscalizadora do ór­  RÁDIO/TEVÊ
       quiser competir, não pode exportar impos­  gão atua para impedir que produtos de bai­
                                                                                       Emenda trará
       tos e a Reforma Tributária precisa chegar   xa qualidade entrem no País.  O Inmetro
       o quanto antes.                    possui cerca de 900 funcionários e o siste­  investidores
         O encontro reuniu, no Rio de Janeiro,   ma métrico decimal irá prevalecer. Para o
                                                                                 Aprovada na Câmara Federal, em
       mais  de 2  mil pessoas, 65  palestrantes  e   ministro da Indústria e Comércio Exteri­
                                                                                fevereiro  último, emenda constitu­
       46 instituições estrangeiras  de 21  países.   or, Sérgio Amaral, regressando da China
                                                                                cional que permite investimento es­
       Disse ainda o presidente que a metrologia   e índia, a padronização é a linguagem in­
                                                                                trangeiro em até 30% nas empresas
       é condição de sucesso para a indústria e o  ternacional do sistema produtivo.
                                                                                brasileiras de comunicação e pesso­
                                                                                as jurídicas em seu quadro societário.
                                                                                  Segundo  a consultora americana
       Menos imposto  para  gerar mais  serviço                                 Nathalie Hoffman, apesar da emen­
                                                                                da restringir  a presença do  investi­
                                                                                                                    4
                           Tito Cerasoli,   zo, a redução dos impostos que recaem so­  dor estrangeiro no processo decisório   5

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                          conselheiro  da   bre os serviços de telecomunicações surge   nas empresas jornalísticas e de radi­
                          Anatei,  disse  à   como solução para expandir o serviço para   odifusão,  isto  não  desestimulara os
                          TELEBRASIL      a população de baixa renda.           investidores de fora.
                          que  o  Governo   O conselheiro da Anatei falou ainda que   Nathalie Hoffman ressaltou ain­  TELEBRASIL/abril-maio
                          quer garantir  a   ocuparão o centro das atenções da Agência   da que os maiores grupos de mídia
                          oferta do servi­  em 2002 a definição do padrão e do mode­  do  País  -  TV  Globo  inclusive  -
                          ço telefônico. “A   lo de negócios para a implantação da tele­  apoiam a emenda por estarem des­
                          longo  prazo,  a   visão digital no País e a reconfiguração do   capitalizados. O Brasil tem 38 mi­
    Cerasoli,  Anatei
                          expansão  desse   modelo das  prestadoras, frente à conver­  lhões de televisores e é o  8.° lugar
      mercado dependerá do aumento da ren­  gência dos serviços.                mundial em investimentos em pu­
      da média do brasileiro”.              O  modelo brasileiro das telecomunica­  blicidade  na  televisão.  A indústria
        A concorrência poderá diminuir o cus­  ções  continua prevendo  a  existência  de   local  de  filmes,  atreladas  à  tevê,
      to do serviço, a médio prazo. No curto pra-  quatro a cinco grandes empresas disputan­  também  será beneficiada.
                                          do o mercado.


        TECNOLOGIA

        Baterias  movidas  a  álcool


          A propósito da matéria “Baterias -    etanol -, ao se decompor  mediante um   continuam  tóxicas  e  agora estão  em
         o elo fraco da  Revolução Tecnológi­  processo  químico, gera hidrogênio  que,   moda as de níquel-hidreto metálico e
         ca”, de José Luiz Rossi, da PwC Con­  utilizando o oxigênio do ar, produz ener­  as de lítio.
         sulting, publicada na página 22 da re­  gia elétrica em corrente contínua.  No  Central  Park,  em  Nova York
         vista Classe, leitura de bordo daTAM,   Há que  atentar que o  hidrogênio, em   (EUA),  há  uma fu el-cell de potência
         obtivemos informações adicionais, de   mistura acima de 4% com o ar e submeti­  gerando  250  KVA  e  em  Curitiba
         Maria de Fátima Rosolem, pesquisa­  do a uma fagulha, é um poderoso explosi­  (PR)  há uma réplica para fins expe­
         dora do CPqD.                    vo. Foi assim que o Graf Zeppelin pegou   rimentais. O CPqD -  um dos olhos
          A fuel-cell ou célula de combustível   fogo  dramaticamente.        brasileiros sobre a tecnologia -  tam­
         foi utilizada como fonte de energia em   Baterias  de  chumbo-ácido  são pesa­  bém  acompanha  o  que  acontece  na
         naves espaciais. O álcool -  metanol ou  das, as de  níquel-cádmio são leves mas  área de baterias.
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