Page 16 - Telebrasil - Junho 2001
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Outros  segmentos


                                            Investindo  em



                                            telecomunicações




                                            0  mercado  de  telecomunicações  despertou  o
                                            interesse  de  outros  segmentos  em  utilizar  a  sua

                                            infra-estrutura  para  nele  operar.  Três  companhias
                                            de  eletricidade  e  uma  da  área  de  gás  mostram

                                            aqui  seus  projetos  para  telecomunicações.  As

                                            operadoras  do  setor  têm  firmado  parcerias  com
                                            algumas  destas  iniciativas  visando  contornar

                                            problemas  de  direito  de  passagem  e  utilizar  uma
                                            infra-estrutura  já  existente  para  agilizar  a

                                            expansão  de  suas  redes.





                                                        Eletronet               início deste ano, e com os provedores de
                                              Um dos maiores projetos de telecomu­  serviços no tocante à mão-de-obra. Para
                                            nicações oriundo de outros segmentos é   contornar esta questão, a empresa optou
                                            o  da  Eletronet  que  implica  em  investi­  por terceirizar a manutenção, que nos ca­
                                            mentos de US$ 500 milhões e interligará   bos de transmissão é feita por funcionári­
                                            20 estados de norte a sul do País. Forma­  os das companhias de geração e distribui­
                                            da pela norte-americana AES (51%) e pela   ção, que conhecem os riscos da infra-es­
                                            Lightpar (49%), a empresa está montan­  trutura utilizada; e nos equipamentos cen­
                                            do uma rede nacional de fibra óptica de   trais, por fornecedores. A operação da rede
                                            23 mil quilômetros até meados de 2002.  é própria, assim como o seu gerenciamen­
                                            A Lightpar é uma subsidiária da Eletro-   to, centralizado em um centro, existindo
                                            brás  que  detém  os direitos  de  passagem   porém outro de retaguarda se ocorrer al­
                                            das torres de transmissão de grandes ge­  gum problema. A Lucent tem participa­
                                            radoras estatais de energia e a AES parti­  ção no gerenciamento, lembra ele.
                                            cipa das empresas de distribuição de ener­  Segundo Hudson, a rede é dimensiona­
                                            gia em SP, RJ e MG, onde estão subsidi­  da para atender a longa distância, mas foi
                                            árias criadas para atuar no setor como a   desenhada com grande capilaridade, o que
                                            Eletropaulo Telecomunicações,  a  Light   a torna muito competitiva em preço. Des­
                                            Telecom e a Infovias.               tacou o diferencial da presença nacional e
                                              O diretor de  Redes da Eletronet,  Ro­  os acordos firmados que permitem acesso
                                            berto Hudson, observou que entre os pro­  às empresas e residências que utilizam ener­
                                            blemas para a implantação desta rede des­  gia elétrica. Ela oferece circuitos com ve­
                                             tacam-se as dificuldades com o suprimen­  locidades diversas e usa as tecnologias SDH
                                             to  de  fibras  ópticas, cuja  pior fase  foi  o  e DW DN e cabos OPGW.
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