Page 20 - Telebrasil - Junho 2001
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ligadas ao setor dagem- D E R s- para unificar a fórmula
elétrico. Porém, de cálculo dos preços cobrados, levando em
é preciso que as conta o tipo de serviço que passa pela faixa
licenças conce de domínio, a região econômica e a popu
didas sejam de lação atendida. A política de adotar preços
interesse coleti
isN vo, e não restri variáveis também é adotada por boa parte
das concessionárias privatizadas, segundo
to, para que Moacyr Scrvilha Duarte, diretor-presiden
haja igualdade te da Associação Brasileira de Concessio
de condições”, nárias de Rodovias - ABCR —, entidade
observou o con que reúne 39 empresas que administram Nos trilhos
Pereira Filho, da Anatei selheiro da quase 11 mil quilômetros de estrada pavi
Anatei José mentada, cerca de 7% do total nacional.
Leite Pereira Filho, durante o XLII Painel Servilha entende que algumas condições do metrô
Telebrasil, realizado em maio. gerais de uso precisam ser acertadas com
Em meio à caça por novos espaços
Outra tecnologia promissora é a PLT - as operadoras. Entre os assuntos, estariam
para o avanço das redes, uma opção
Powerline Telecommunications —, que per a limitação de espaço em trechos mais aci
subterrânea foi aberta pela Compa
mite trafegar Internet por meio da fiação dentados e a falta de cadastro do que foi
nhia do Metropolitano de São Paulo.
elétrica convencional. “A PLT permitiria implantado anteriormente pelas operado
A empresa estuda ampliar o compar
aproveitar a capilaridade de 45 milhões de ras, com risco de danos às estradas. “Logo
tilhamento em seus túneis, permitin
usuários das redes elétricas, multiplicando após o fim da Telebrás, já houve caso de
do que novas operadoras de telecom,
em muito o acesso à Internet”, acredita Ja teles tentando passar suas redes sem au
tobá, da Aptel. Entre as empresas que ava torização”, lembrou Servilha. além das já credenciadas Embratel e
liam a PLT no Brasil está a Copei; que Jonas de Oliveira Jr., por sua vez, disse Intelig, possam utilizar o espaço dis
inicia estudo de viabilidade técnica, opera que ainda há muitos pontos a serem acerta ponível na rede de 49,2 quilômetros
cional e comercial da solução em Curitiba, dos com as concessionárias de rodovias e de túneis na capital paulista. O pri
com testes que devem durar até o final do ferrovias, revelando que a Abrafix está de meiro contrato de compartilhamento
ano. senvolvendo uma metodologia para reava foi feito em 1999, prevendo a instala
Estradas de rodagem liar os preços cobrados pelas concessionári ção de cabos de fibra óptica. Foi esti
Outra questão crucial para a expansão as. “A tabela do DNER só mostra preços e, pulado um valor fixo de RS 6,428
das novas redes é o diálogo entre as ope aplicada a alguns casos, leva a valores que milhões (base: janeiro de 1999) por
radoras de telecom e o setor de transpor são questionados pelas operadoras”. cada unidade disponível, equivalente
tes. No que diz respeito às rodovias, a des Solo público a passagem de um cabo de 32 mm de
diâmetro, na extensão total dos túneis.
centralização do controle e a privatização O presidente da Abrafix também se
Lígia Fischer, analista de Comerciali
das estradas aumentaram o número de mostra reticente em relação ao fato de al
atores nas negociações: dependendo da gumas prefeituras, como a de São Paulo, zação e Novos Negócios do CMTP,
localização e extensão da rede, a opera acenarem com a cobrança pela utilização explicou que, no caso, foi realizado um
credenciamento, modalidade prevista
dora pode ter de negociar com vários de do solo e subsolo urbanos. “Esta questão
pela lei de licitação quando é possível
tentores de trechos. está num estágio anterior, que é o de natu
atender a todos os interessados. Na
Até 1998, o Departamento Nacional de reza jurídica. Precisamos entender a que
ocasião, a Embratel e a Intelig adqui
Estradas de Rodagem - DNER - não co título haveria esta pretensão de cobrar”.
riram os espaços em concessão de 20
brava pela passagem de redes de teleco Rildo Guedes, consultor-técnico do Insti
anos, com possibilidade de ampliar a
municações, exigindo apenas o fornecimen tuto Brasileiro de Assistência aos Municí
rede de cabos no caso de conexões com
to de telefones e redes de comunicações. pios - Ibam - explica que o Código Civil,
os trens urbanos da CM TP ou futu
Em abril daquele ano, o órgão passou a nos artigos 66 a 68, permitiria a cobrança
ras expansões das linhas atuais. Se
cobrar uma taxa única por quilômetro em de aluguel à concessionária do serviço pú
gundo Lígia, o novo plano de compar
todas as suas rodovias e, a partir de junho blico pelo uso do logradouro público. Já no
tilhamento deve interessar um espec
de 1999, a portaria 368 do Ministério dos caso de compartilhamento de infra-estru
tro maior de empresas, pois desta vez
Transportes passou a regular a ocupação tura possibilita à prefeitura cobrar ISS da
será possível adquirir trechos locali
longitudinal da rodovia por redes de tele concessionária, considerando-se a locação
zados, e não apenas espaços na ex
com, com cobrança de valor anual por qui de bens móveis. “Recomendamos às pre
tensão total dos túneis, como há dois
lômetro variando entre R$ 2.554 (Região feituras que analisem se compensa provo
anos. Apesar de acreditar que o novo
Norte) e RS 6.385 (Região Sudeste). No car a elevação do custo dos serviços públi
credenciamento deve sair a médio pra
caso das rodovias estaduais, em abril do cos para conseguir uma receita extra que
zo, Lígia Fischer disse que ainda não
ano passado houve um acerto entre os De talvez seja pouco significativa”, posicionou-
há cronograma definido.
partamentos Estaduais de Estradas de Ro se Guedes.