Page 48 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 2001

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N e g ó c io s BrT: perspectivas não justificavam

¦ A expectativa dos fornecedores é que
em 2002 as operadoras reduzam em antecipação das metas
60% os investimentos realizados este
ano. Algumas empresas que investiram De acordo com a presidente da Brasil Telecom,
na produção local estão tendo dificulda­ Carla Cico, as perspectivas de mercado a serem
de em justificar estes investimentos nas obtidas com a entrada da operadora, a partir de
matrizes, pois outras estão ganhando janeiro de 2002, em novas áreas de atuação não
concorrências e atendendo o mercado justificariam os investimentos que teriam que ser
brasileiro com produtos importados.
feitos para antecipar as metas de 2003. Ela ne­
Atrasos na Lei de Informática contribu­
gou que existam dificuldades na obtenção de re­
íram para esta situação.
cursos para estes investimentos, enfatizando que
¦ Nos últimos três meses, a estimativa é
eles podem vir a ser realizados se as perspectivas
de que ocorreram 4,5 mil demissões na
de mercado se alterarem. A crise chegou ao setor,
indústria e, com as perspectivas para
afirmou ela, observando o alto nível de
2002, já se fala abertamente não ape­
nas de fusão de operadoras mas tam ­ inadimplência, que leva a desligar mais de 100
bém de fornecedores. mil terminais/mês, e a reduzida ARPU (receita Carla Cico: falta de atratividade
econômica para antecipar metas
¦ A partir do ano que vem, as empresas média mensal por terminal). Lembrou que em
TELEBRASIL/novembro-dezembro | 4 8 ! para estas empresas e o investimento pretendida pela Anatei para algumas regiões é superior a que o mercado pode,
de telecom do Grupo Algar vão atuar de
Rondônia terminais oferecidos de graça têm sido recusados pela população

forma coordenada em nichos de merca­
mais pobre, com medo das contas mensais. Afirmou ainda que a teledensidade
do, concentrando-se na rota Brasília-
Belo Horizonte-Rio de Janeiro-São Pau­
de fato, consumir e que instalar e manter terminais ligados representam um
lo. Deve ser adotado um nome único
custo expressivo para as operadoras.
A Telefonica e a CTBC Telecom já anteciparam suas metas e a Telemar
previsto nestas áreas soma R$ 1 bilhão
anunciou que deverá fazê-la até dezembro deste ano. A presidente da Brasil
em cinco anos.
¦ ATelco do Brasil investiu US$ 2 mi-
observando apenas que a BrT já concorre com a Embratel na longa distância
j lhões em uma estrutura que permite re­
e em algumas cidades com a GVT na telefonia local. Para enfrentar a
alizar 200 mil e receber 1 milhão de cha­ Telecom não comentou a entrada destas operadoras na sua área de atuação,
madas diariamente. Recentemente, lan­ inadimplência e aumentar a ARPU, a operadora está adotando uma série de
çou um serviço com tecnologia WAR planos tarifários diferenciados.

Draka inaugura fábrica em Campinas
A Draka Comteq, do grupo holandês ópticas prevista para ser construída na re­ cores diferenciadas, facilitando o compar­
Draka Holding N.V., inaugurou no final gião de Sorocaba (SP). A Draka afirma já tilhamento. A empresa pretende reali­
de outubro uma fábrica de cabos coaxiais ter fechado co n trato com diversos zar negócios de mais de RS 300 milhões
para Rádio-Freqüência (RF), destinada integradores, incluindo os que constroem nos próximos cinco anos, sendo que 30%
a equipar as redes das operadoras celu­ as redes daT IM e Telemar PCS. “Quere­ da produção devem ser exportados para
lares. Os investimentos em Campinas mos fornecer para todas as operadoras, mas outros países da América do Sul. Neste
(SP) ficaram em US$ 10 milhões, sendo o foco principal são as Bandas D e E”, afir­ momento o faturamento é estimado em
que a empresa planeja investir outros mou Alberto Ozolins, presidente da Draka RS 12 milhões para este ano, fechando
USS 5 milhões em uma fábrica de fibras Comteq do Brasil, mencionando que as 2002 com receita em torno de RS 30 mi­
operações GSM normalmente con­ lhões. ‘A penetração de celulares no con­
somem três vezes mais torres que as tinente deverá dobrar em até três anos, o
C D M A /TD M A , o que aumenta a que abre muitas possibilidades ao mer­
demanda por cabos. cado”, avaliou Ozolins, lembrando que,
A Draka aposta ainda em atrati­ dependendo do cenário a médio prazo, a
vos como adaptabilidade dos cabos Draka também poderá fabricar no País
às futuras redes 3G e fabricação em os cabos OPGW . (A G)