Page 39 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 2001

Pirelli lança novo

cabo para

O desafio de

qualquer operadora

é distribuir a

informação
individualizada

para milhares de

assinantes e

do miei Lios. Guerreiro, Adhemir da Guia, Laudálio e Casanova (D)
no estande da Pirelli

entro da relativa parada do mer­ Especial 3 9
j
D cado das telecomunicações, a - A Pirelli desenvolveu e está lançando Messano: nova ênfase
Pirelli procura novas soluções para
cabos de cobre de tecnologia madura, no mercado um cabo de cobre especial vol­ na qualidade das redes
tado para uso de ADSL. Ele permite utili­
como o cabo para xDSL. O novo cabo zar todos os 25 pares com a eletrônica da receita; e a outra, para telecomunica­
chega numa momento em que o merca­ ADSL, o que não acontece com cabos tra­ ções. Ambas estão sob a direção do econo­ TELEBRASIL/novembro-dezembro
do brasileiro ficou saturado com a impor­ dicionais ao se aumentar a taxa de trans­ mista Alberto Messano, diretor-superin­
tação desmesurada de cabos de cobre missão -, observou Guido Spadari Casanova, tendente e diretor-geral da Pirelli Cabos e
tradicionais que permancem estocados. diretor da Divisão Telecomunicações Amé­ Sistemas, para a América Latina.
O desafio do acesso ao cliente é o da rica Latina da Pirelli Telecomunicações - Cumprida as metas de universaliza­
“última milha”. E uma alusão à topologia Cabos e Sistemas do Brasil S.A. ção, a nova ênfase deve ser na qualidade
das redes com vias e anéis de comunica­ Distâncias de até seis quilômetros da das redes. Tecnologias como xDSL estão
ção, os backbones, que se ramificam capi­ central já foram testadas com o novo cabo esbarrando na qualidade das redes insta­
larmente até o usuário final. ADSL, em condições de laboratório. Para ladas -, observou Alberto Messano. A
Diferentes tecnologias permitem ven­ aplicações corporativas, como para uso da Pirelli está em diálogo com a Anatei e com
cer essa “última milha”. Na área do sem fio, Internet, este cabo terá rápida aplicação. o Ministério do Desenvolvimento rumo a
existem os sistemas W LL [wireless local No Brasil, há cabos de cobre e papel, com financiamentos e incentivos para a reno­
loop) e as comunicações multiponto por sa­ mais de 40 anos, em regiões com potenci­ vação de redes.
télites. Mas é a área de cabos e fibras - al para xD SL e que têm potencial para A Pirelli tem sua produção de cabos e fi­
uma atividade em que a Pirelli lidera na serem substituídos. bras para telecomunicações totalmente
maioria das linhas - que responde por gran­ Quanto ao mercado óptico, acha Guido verticalizada, com unidade fabril em
de parte do acesso aos usuários. Casanova que ainda há muito backbone ^ ot Sorocaba, em São Paulo. Na Europa, a Pirelli
A fibra óptica tem capacidade, qua­ fazer. Um dos problemas atuais é a redu­ é líder em cabeamento estruturado e tem
se infinita, de transportar a inform a­ ção significativa de capitais para o mundo soluções de acesso para até 100 Mbit/s. Na
ção, bem maior que a dos fios de cobre. das telecomunicações. Sobre o festone, uma Argentina tem produção de coaxiais. Possui
Felizmente, a eletrônica veio em socor­ técnica de cabo submarino, sem repetidor a única produção completa de cabo O PG W
ro do cobre com técnicas denominadas submerso, há estudos em andamento no (iopenground wire) da América Latina.
xSD L (assimetrical digital subscriber Brasil, para novas aplicações. Mundialmente, o grupo Pirelli comprou
line) que aumentam significativamen- A organização da Pirelli Cabos acom­ a Olivetti. Esta detinha o controle acionário
te a capacidade dos fios em transpor­ panha o mercado. Uma das unidades é vol­ da Telecom Itália que, por sua vez, é majo­
tar informação. tada para cabos de energia, gerando 65% ritária daTIM .