Page 34 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 2001

vosismo na economia mundial pode, O cabo abriga 48 fibras e foi 8.600 quilô­
porém, fazer com que o projeto seja construído com capa especial de fi­ metros inter­
revisto. bra de aço e cobertura de material ligando to­
Fornecimentos anticorrosivo, de modo a resistir às das as princi­
Os fornecedores de projetos inter­ intempéries locais. A obra custou cerca pais ilhas do
nacionais que chegaram ao País fo­ de R$ 25 milhões, tendo como bene­ Caribe à
ram escolhidos, basicamente, através fícios esperados a melhoria da quali­ Flórida, Mé­
de concorrências mundiais. Nos pro­ dade de telefonia fixa, acesso à xico e norte
jetos baseados no Atlântico, desta­ Internet e transmissões de tevê a cabo da América
cam-se como fornecedores de cabos na Grande Salvador. A estrutura está do Sul. O
empresas como Pirelli Cavi, Alcatel e dimensionada ainda para comportar projeto é ba­
Simplex Technologies (EUA). Já no três cabos suplementares. seado em Kimura, da Siemens: possibilidade
nicho de equipamentos de transmis­ Upgrade tecnológico transmissões de desenvolver DWDM no Brasil
são, estão a Siemens, Pirelli e Alcatel. Se a transição dos primeiros cabos em SDH e
Em se tratando de projetos locais, coaxiais para a estrutura óptica atual DW DM, com velocidade comerci­
a Pirelli Telecom Cabos e Sistemas revolucionou o uso dos cabos subma­ al de 15 Gbps e possibilidade para
do Brasil considera como um “mar­ rinos, a gradual introdução da tecno­ até 960 Gbps. Marcos Kimura, ge­
co” a realização do trecho Itaparica- logia DW DM representa um novo rente de Marketings Estratégias para
Salvador (BA), parte submarina de salto para o segmento. O uso do Redes Ópticas da Siemens, destacou
um contrato feito com a operadora DW DM pode solucionar, em mui­ o desafio do projeto.
3 4 para a rede de 350 quilômetros de tos casos, o congestionamento nos ca­ logístico, pela quantidade de países
- Trata-se de um grande esforço
TELEBRASIl/novembro-dezembro [ de extensão, a obra que atravessa a dados causado pela Internet. Evolu­ está envolvida em projetos de cabos
cabos entre Montes Claros (MG) e a bos provocado pelo aumento espeta­
capital baiana. Com 20 quilômetros
cular da demanda por transmissões de
interligados.
A Siemens, atualmente, também
Baía de Itaparica foi concluída no fi­
ção da solução TDM (Time Division
nal de agosto.
Multiplexing, com transmissões de
submarinos e terrestres utilizando
—Trata-se do maior percurso de en­
até 10 Gbps), o DW DM permite
D W D M para as operadoras
lace já realizado no País com cabos
subterrâneos, utilizando apenas recur­
tando o processo dem orado e
ruega. No Brasil, a empresa foi uma
sos locais - enfatizou Jorge Minas aproveitar instalações anteriores, evi- Fastweb, na Itália, e Enitel, na No­
dispendioso que a instalação de no­
das pré-selecionadas para o projeto
Hanmal, diretor de Marketing da vas fibras pode demandar. Entre os de cabos cobrindo a costa brasileira.
Pirelli Telecom. grandes desenvolvedores e instaladores Além disso, a companhia avalia a pos­
A travessia do cabo foi concluída de tecnologia DW DM em redes ter­ sibilidade de produzir a linha
em apenas dois dias, através de uma restres e submersas está a Siemens. A D W D M na fábrica de Curitiba
embarcação equipada com dispositi­ empresa é responsável pela imple­ (PR). A decisão depende, porém, de
vos de direcionamento e equipamen­ mentação do projeto Arcos, que está mudança nas regras de benefícios da
to de localização via satélite (DGPS). constituindo um anel óptico de Lei de Informática.

Transmissão a laser entra no páreo

Se a fibra óptica parece imbatível em variadas situações, a transmissão a laser pode aparecer como uma surpreen­
dente opção para transmissões urbanas de voz e dados. “A tecnologia era limitada, mas desde 1997 houve uma
evolução notável”, garantiu Antônio Fonseca, superintendente-industrial da Elma. A empresa é uma das represen­
tantes no Brasil da LaserBit Communications, uma das precursoras do uso do laser para banda larga. Recém-
chegada ao País, a LaserBit (pertencente ao grupo Intel e formada através de uma joint venture entre companhias
dos Estados Unidos, Inglaterra e Hungria) pretende comercializar no mercado nacional cerca de 4 mil unidades
de links no ano que vem, apostando numa clientela potencial que pode incluir carriers, “espelhinhos”, provedoras
de Internet e corporações. O sistema consiste basicamente em conectar dois ou mais pontos aéreos através de feixes
de luz, com velocidades de até 155 Mbps e percursos de até 5 quilômetros - distância máxima até o momento em
que possíveis ruídos como chuva, neblina, poluição e balões etc. são contornáveis.