Page 33 - Telebrasil - Julho/Agosto 2001
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Tecnologia  IP  é  o

                                                                                  nirvana  nas  redes


                                                                                      0  mrvana - ou estado
                                                                                          beatífico - das
                                                                                        telecomunicações
                                                                                      será alcançado com  a
                                                                                   integração total das  redes.


                                                                                    Cassio Luis Batista, do CPqD, disse que
                                                                                  a  tecnologia de pacotes  com  protocolo  IP
                                                                                  — Internet Protocol -   parece  ser  a  solução
         O  padrão de tecnologia para com unica­  dam a serviços de voz, sendo o restante   para a  integração das redes.
       ção celular mais popular no Japão é o P D C    destinado a dados e imagens. O  servi­  A  moderna  arquitetura  de
       -  PersonalD igital Cellular. O utro padrão é   ço de comunicação móvel no Japão irá   redes -  da qual a mobilidade é
       o P H S (operando numa freqüência de  1.9   além  da  com unicação  interpessoal,   apenas  uma parte -  pressupõe
       M H z), com  aproximadamente 6 milhões   abrangendo  também  o  comércio  ele­  a existência de um núcleo cen­
                                                                                  tral, fixo, otimizado para trans­
       de usuários. A  D oC oM o opera com o P D C    trônico  móvel e  a  comunicação entre
                                                                                  portar  e  encaminhar  rapida­
       numa velocidade de 9,6 Kbps, incluindo a   máquinas (como exemplo, ativar o for­
                                                                                  mente grandes volumes de in­
       comutação por circuitos e por pacotes (es­  no de microondas da rua, antes de che­
                                                                                  formação.
       tes últimos para o i-m ode). O  P H S  traba­  gar em  casa).
                                                                                    Voz,  dados  e  imagens,  tor­
       lh a  com   co m u tação   por  circ u ito s ,   H oje, para as aplicações de comércio
                                                                                  nados digitais, são acomodados
       sem elhantemente  a uma linha IS D N   (de   eletrônico  ou  de  transações  bancárias,   em  pacotes  de  tamanho  fixo,
       32  a  64  Kbps).                    os applets podem ser descarregados via   dotados  de  endereçamento.  Cassio,  do  CPqD:
         O  sucesso da comunicação sem fio no Ja ­  rádio  para  o  term inal  do  assinante.   Tais  pacotes  transitam  pela   IP é o futuro
       pão pode ser explicado pelo tremendo avan­  Applets  são  pequenos  programas  em   rede, numa tecnologia denominada de Pro­
       ço da indústria japonesa, pelo                  linguagem  Java,  in cor­  tocolo  Internet  (entre  redes).
       fato do espectro ter sido doa­                  porados  pelo  serviço       Em  essência,  a  tecnologia  IP  vê  a  rede
       do  pelo  Governo japonês  (e                   “ap p li”,  da  D o C o M o .   como  sendo  constituída  de  nós  de  rotea-
       não leiloado) e, principalmen­                  A   D o C o M o   tam bém    mento,  interligados  por  segmentos  de
       te,  pela  qualidade  dos  servi­               oferece serviços de locali­  transporte. Um  nó, ao  receber um  pacote,
                                                                                  identifica o endereço de destino e o enca­
       ços  oferecidos  aos  usuários.                 zação geográfica, em que
                                                                                  minha (roteia) a um próximo nó livre, ten­
       Em  apenas  13 anos, o apare­                   usuários podem ser loca­
                                                                                  tando  chegar  ao  destino,  pelo  caminho
       lho celular passou a custar 24                  lizados  em  situação  de   mais  curto disponível.
       vezes  menos.  A   assinatura                   emergência.                  Na versão best ejfort da  rede  IP,  pacotes
       mensal do serviço, bem como                       Para a terceira geração   são descartados quando os roteadores estão
       o custo por  minuto, também                     de  com unicação  móvel    sobrecarregados. Na conexão virtual, um ca­
       sofreu  redução  significativa,                 (3G ), agora em banda lar­  minho  é  marcado  inicialmente  e  se  man­
       passando a custar cinco vezes                   ga,  a  D o C o M o   lança  o   tém  na rede durante a comunicação, simu­
                                                                                  lando um circuito.
       menos no mesmo período. Aparelhos celu­  F O M A   (Freedom o f M obile M ultim e­
                                                                                    A moderna arquitetura de rede se com­
       lares no Japão pesam  aproximadamente  60   dia Access), que utilizará uma velocida­
                                                                                  pleta por uma  estrutura  de  acessos  ligada
       g e têm volume perto de 72 cc.       de  de  até  384  Kbps  para  serviços  de
                                                                                  ao núcleo central IP. Tal camada interme­
         O   serviço  de  Internet  M óvel  i-m ode é   i-m ode,  videofone,  ou  para  acesso  à
                                                                                  dia o acesso de diferentes tipos  de  redes -
       uma moda que pegou logo. Levou apenas   transmissão de dados em alta velocida­
                                                                                  de  faixa larga ou  estreita,  de voz,  dados  e
       um  ano para que atingisse a  10%  dos  do­  de.  O   serviço  F O M A   foi  lançado  em   imagens,  incluindo  redes  com  e  sem  fio,
       micílios japoneses. E m  comparação, a In ­  maio  de  2001  e prevê  atingir cerca de   redes locais  de computadores (LAN e W -
       ternet, o  P C , o  telefone  celular, o  fax  e  o   150 mil usuários já  em 2002.  LAN) e redes DAB  e D VB  -  Digital Au­
       telefone  fixo  levaram  cinco,  13,  15,  19  e   O   term o  M A G IC   (M   =  M obile   dio  and  Video  Broadcast  -   e  outras  mais
       76  anos, respectivamente.           M ultimedia^ A  = Anytim e> Anywhere,   ao núcleo central.
         Ryota  Suzuki  afirmou  que  os  tráfegos   Anyone; G   =  G lobal M obility Support,   Segundo observou Cassio  Batista,  sob  o
                                                                                  ponto de vista mercadológico, ao se conec­
       de voz e de  dados na comunicação móvel   I  =  Integrated W ireless Solution; e  C   =
                                                                                  tar um sistema celular ao núcleo central  IP,
       vão se equiparar  no ano de 2005 -  sendo   C ustom ized P ersonal Service)  define
                                                                                  a  leitura  a  ser  feita  é  a  da  integração,  via
       essa uma  das  metas  da  D oC oM o. Ainda   de forma simples a visão da D o C o M o
                                                                                  Internet, de funções próprias  da  mobilida­
       outra  meta  da  empresa  é  que,  no  ano  de   para  o  futuro  das  telecom unicações
                                                                                  de  do  celular,  com  outras  provenientes  de
       2010,  apenas  30%   do  tráfego  correspon­  móveis de terceira geração (3G ).  diversos  sistemas.  (JCF)
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