Page 63 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1999
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Empresas
0 d e s a f i o d a
Augusto Góes
F a b r i c a n t e m o s t r a j o g o
d e c i n t u r a p a r a d r i b l a r
o $ o b s t á c u l o s d o n o v o
c e n á r i o .
Fachada da sede, no bairro da Saude, Rio de Janeiro
A pós a privatização da Telcbrás, a redes metáli Na opinião do diretor Antônio Fonseca,
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M u d a n ç a s
situação não sc mostrou das mais
cas convenci
confortáveis para a indústria naci-
onal de telecomunicações. Em muitos seg Antonio Fonseca, onais c redes a Elma procura equilibrar seus esforços nos 63
diretor- técnico da Elma
mentos, as encomendas não vieram novo ó p ticas. A vários segmentos em que atua com base na
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lume esperado. Alóm disso, os conglomc área, responsável por 40% da receita, en conjuntura econôm ica c no panoram a CD
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rados internacionais que assumiram as cx globa produtos como bastidores, multiplc setorial. “Com o câmbio atual, a produção
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operadoras estatais tenderam a repetir no xadores e distribuidores gerais para cen local tende a ganhar espaço em relação à
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Brasil suas parcerias mundiais. Nesta diíí trai« telefónicas ( redes ópticas) c blocos distribuição” , exemplificou. O executivo CD
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dl realidade, bem diferente dos anos do terminais e caixas de emenda (redes me acredita que a delicada realidade atual pode 3
auge da telefonia estatal, cada um dos fa tálicas), entre outros. A empresa também ser revertida no ano 2000, com um possível c r
bricantes busca suas próprias estratégias destaca se na área dc proteção elétrica rcaquecimento dos negócios através da re
de adaptação. E o caso da Elma, tradicio contra surtos de tensão, com produtos como tomada das compras que foram adiadas
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nal fornecedora de redes de acesso e pro blocos terminais c módulos protetores a pelas empresas de telefonia fixa (maiores
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teção elétrica em telecom.“A princípio, se gás ou cm estado sólido. Além da f abrica clientes da Elm a) e da efetiva entrada em
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achava que a privatização ia reativar a in ção, a Elm a faz distribuição e representa operação das empresas-espelho. A médio o
dústria e racionalizar o mercado. Na práti ção, com agregado local, para empresas não- prazo, porém, a convergência tecnológica e
ca, a produção nacional am arga uma brasileiras de áreas como sistemas xD SL, a concentração do mercado são motivos de
retração que já dura cerca de 18 meses”, sistemas de ganho de pares, estruturação alerta para a empresa.
explicou Antônio Fonseca, diretor-técnico de rede óptica c equipamentos para trans - Em poucos anos, o conceito que temos
missão dc da- hoje sobre redes dc acesso vai desaparecer,
R a i o - X d a empresa: dos.Tais parce e quem não estiver ligado às correntes tec
rias, feitas com nológicas predominantes poderá ter de to
Sede: bairro da Saúde, Rio de Janeiro
empresas como mar outros rumos, previu lltom Romano
Composição acionária: Nell Adm inistração, Participação e Em preendim entos
a norte-ameri Fialho, diretor dc Marketing.
(60%); Pigeon Administração, Participação e E m preendim entos (40% ) cana A D C c a Curiosamente, a empresa criada em 1940
t a i l a n d e s a dividia, inicialmente, suas atividades entre
faturamento: R$ 30 milhões (1998)
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Tailyn, respon a fabricação de componentes para telefo
dem por cerca nia, de material elétrico e de produtos de
'^blrna. A situação se reflete nos núm e- de 30% do faturamento interno. Em me sinalização hospitalar. O acompanhamen
n,S- a empresa pretende faturar este ano nor escala, são produzidos sistemas de mi- to da evolução dos sistemas de telecomu
^atlc do valor obtido cm 1998. crocélulas para telefonia celular, modems nicações levou-a a especializar-se gradual-
Apesar da recessão no segmento, a Elm a para transmissão de dados via rede física mente em telemática. Entrar na dança dos
Kll(- çm frente como uma das líderes bra- de cobre c sistemas M FC para televisão, saltos técnicos, portanto, não é exatamente
lr,l!’ no fornecimento de soluções para telefonia e dados via cabo. novidade para a Elma.