Page 27 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1999

A p r i v a t i z a ç ã o

a o f i n a l d o a n o z e r o

pclhos das fixas arregaçaram sou a operar a preços
Ao final do ano zero, festeja-se a

as mangas e se estruturaram internacionais e filiais

entrada do ano I. Nessa data se diz de empresas do exte­
para competir.

de uma criança que ela completou A telefonia móvel celular rior planejaram ou
Joõo Carlos Pinheiro do Fonseca
aumentou cm 6 milhões de inauguraram , aqui,
um ano. Já para o que acontece até o
terminais sua base instalada. A instala­ unidades industriais.

ano I, recorre-se à fórmula "antes de ção da rede celular foi ágil e o serviço pré- A Anatei procurou dar conta da tarefa

completar um ano". Por alguma ra­ pago - um verdadeiro achado - levou a ciclópica dc fechar o modelo, implantar a

telefonia às classes mais populares. competição, zelar pela qualidade do serviço,

zão, reptiliana, nos repugna dizer
Passados 12 meses, já se delinearam os harmonizar a entrada de novos atores de

que algo "aconteceu no ano zero". grupos dominantes. São eles: os ibéricos, infra-estrutura e arbitrar disputas e tarifas.

com Telefônica e Portugal Telecom; os ca­ Além disso, precisou emitir regulamentos,

emântica à parte, não é possível
S ignorar - à partir do leilão de 29 de Telesystems; c os italianos, com a lele- publicar atos e súmulas c compor-sc com o
nadenses, através da Bell Canadá e

Legislativo e com o Ministério das Com u­

julho - os 12 primeiros meses da

privatização do Sistema Telcbrás, seus com Itália. Os norte americanos elegeram nicações.
as empresas dc longa distância, Embratcl Ganhadores

sucessos e tendências. Qualquer análise 27
c Intclig, além da Bell South no celular.
sobre este período não deve ser dissociada Foram ganhadores incontestes no ano
Outros europeus, como escandinavos

das características do País. zero as operadoras cm geral, empresas de
(Telia), ingleses (National Grid) e trance

Iwe não detém a tecnologia necessária consultoria e dc publicidade. Os vende­
ses (Francc Telecom), se posicionaram no

2 0 mundo da informação c seus recursos, dores dc equipamentos e dc sistemas tam ­
mercado. Grupos nacionais, incluindo o

públicos e privados, não são suficientes bém não sc deram mal, bem como o pesso­
BNDES, ficaram tomando conta da Pele

para expandir suas telecomunicações ao al admitido para operar nos call centers das
mar. Os grupos paulista da Splice e mi Telebrasil setembro oufubro/99

ntmo desejado. C) Brasil passou a ser “a operadoras.
neiro da Algar detêm, cada um, duas ope

fl^de oportunidade” para o investidor in~ O Estado do Rio de Janeiro, consoante
radoras.

Urn.KionaJ. E o perfil de distribuição de com sua vocação para serviços, conseguiu
Marcaram também posição, iniciativas

rtn^a d° País influi na capacidade do atrair sedes dc empresas-operadoras.
voltadas para o mercado corporativo, tais

mcrc 'uf° em absorver novos serviços e cm Dentre os assuntos importantes e não-
como Alta, Barramar, Comsat, Diginct,
suas prioridades. rcsolvidos nos primeiros 12 meses da pri­
D ialdata, Engcredcs, Global O ne,

^ privatização do Sistema Telcbrás e a vatização do Sistema Telcbrás, destacam-
MctroRed, Nctstream, Pegasus, Sita e
^ ^ nt igcm do modelo de competição, in se o Fundo de Universalização dos Servi­
TclcGlobc c outras mais. ços dc Telecomunicações - Fust - c a situ­

llnd° a criação de um órgão regulador, No ano zero, a tecnologia se moveu rumo

Marisco ação da Fundação CPqD .
neu em tempo recorde, frente à cx-
a um núcleo dc alta capacidade, servido Ainda citam-se a tributação do setor, a

*Cns*° d» '«cfa a cumprir.
por estruturas de acesso dotadas de
comunicação de massa, a legislação dc in­

Novo Ma interfaces necessárias. Qualquer informa­
centivo à produção nacional, os Fundos de

ção passará a ser digital, embutida em pa­
iodo ^r*v,u'za<rí'° redundou no mapa que Pensão para os novos em pregados

cotes que caminharão riesta rede.
de r COn^ccemos: tr&grandes holdings c a definição do quadro dc funcionários da
Iodo mundo "tibrou . A instalação dc Anatei.
Ccntro S '] * ^ elemar, Telesp e Id e

fibras ópticas - incluindo direitos de,pe­
pcr c . ' e suas espelhos (Vésper, Vés E o usuário não conseguiu perceber que

sagem, fibra apagada ou acesa - agitou as contas de suas telecomunicações estão

^Hgadist aUl° e- Global V,llaSc)i duas dc

18 Cm iancia’ Embratel/MCI e Intciig; e não só o mercado das operadoras tradici­ significativamente mais baratas.

onais como também os de energia, dc Perderam posições no ano zero a políti­

c c i u i a r e s -
raram 1 /Cr° ’ as °pctadoras fixas supc- transporte c dc televisão. ca industrial e tecnológica nacional, os de­
rr* âs rrirtac a ‘ Houve depuração nas empresas cons­
ram in„. c cxpansão que contraí- mitidos das operadoras, cuja política redun­

trutoras de rede frente à nova política dc dou em renovação e diminuição da idade
4 milhões ‘ncorporaram mais dc
>°es dc aquisições dos operadores privados. As , média dos quadros, e o pessoal da área téc­

Jlam. *1«( Q tcrm*na*s a planta e aprego-

grandes encomendas das operadoras aca­ nica que perdeu poder para outros profis
*os de d\qUalT° Ventos' scus novos prefi-

a^Crn direta a distância. As es- baram sc materializando. O mercado pas­ sionais, como os da área de marketing.