Page 24 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1999

Acesso à Internet até 2004
XDSL
13%
Tevè a Cabo
Linhas
Analógicas
60%
América do Norte
nòmico. De acordo com Smith, os fatores
reguladores, culturais e sociais impacta­
rão a sua aceitação no mundo todo. Paí­
ses do primeiro mundo terão maior curva
de crescimento, pois sempre haverá mai­
or número de usuários já que a popula­
ção poderá dispor de terminais, modem
c linhas de acesso para a Internet.
__________ Quatro <owpos ________
Mas esses países podem ser dividi­
Telebrasil setembro-oufubro/99
dos cm dois grupos: no primeiro estão
aqueles que são mais abertos a diferen­
tes tecnologias de acesso como Estados
Unidos, Austrália, Canadá, Inglaterra e
países nórdicos; no segundo estão os que
apresentam alto índice de industrializa­
ção, mas baixa penetração da Internet.
I cm ambiente econômico favorável, po­
rém desconfiam de novas tendências ou
de tecnologias estrangeiras. E o caso da
Alemanha,Japão, França c Itália. No ter­
ceiro grupo, figuram a Coréiac Taiwan,
países que apresentam baixa taxa de in­
dustrialização c de taxas dc acesso da
população à Internet.
- Contudo, esperamos que a situação
evolua rapidamente, porque estão evo­
luindo sua escala de desenvolvimento
econômico e têm reconhecido a impor­
tância da Tecnologia da Informação para
incentivar o desenvolvimento econômi­
co, observou Smith.
O Brasil forma, ao lado dc índia e Chi­
na, o quarto grupo. A característica prin­
cipal que tem cm comum é o fato de que
o crescimento da Internet depende do
desenvolvimento econômico c do cresci­
mento daTecnologia da Informação."Em
razão da alta população desses países, a
penetração tia Internet será baixa ate
2001", previu o pesquisador, acrescen­
r
ISDN'fDSL
25%
IU/.
Tevê a Cabo
10%
XDSL
5%
tando, ainda, um fato curioso: “Tomando
como base o percentual da população com
acesso à Iecnologia da Informação, a pe­
netração da Internet terá desempenho
igual ou superior ao dos países industriali­
zados".
Smith disse, ainda, que um dos grandes
mitos da Internet é que pessoas achavam
que poderiam ter a conectividade que qui­
sessem c estar cm todos os lugares. Mas
há um entrave: o gargalo da última milha
continuará a existir nos próximos cinco anos.
A largura de banda dc comunicação para
as casas permanecem sendo fator dc limi­
tação para a aceitação da Internet e de seu
desenvolvimento até 2003. Estudos apon­
tam que os métodos de acesso variam lar
gamente dc acordo com a geografia. Nos
1T IA, por exemplo, o acesso a Internet via
cnblc modem tem uma taxa dc penetração
de 16%, enquanto na Europa, 55%. Em
contrapartida, X D S L responde por 13%
nos Estados Unidos e apenas 5% na Eu­
ropa, onde as redes digitais de serv iços in­
teligentes- ISDN participam com 25%,
contra 5% nos EUA (veja ilustração). O
crescimento da Internet tem forçado as
operadoras de telecomunicações a se re­
estruturarem para fornecei infra-estrutu­
ra c recursos tecnológicos muito melhores,
como rede IP, por exemplo. “Muitas coisas
ainda não podem ser feitas na Internet de
hoje e talvez não estarão disponíveis na
Internet pública nos próximos quatro ou
cinco anos”, assinalou.
Mas, uma coisa c certa. A |ulgar pelo
crescimento c vencimento das fronteiras
nos últimos anos, a Internet é um caminho
que não tem volta. Daqui para a frente
acontecerão coisas que até Davi Smith pos­
sa duvidar.
n o brn*í
E m quatro
anos a Internet
no Brasil partiu
do ponto zero
Analógicas I para chegar a
55%
mais de 3,5 mi­
lhões de usuá­
rios, devendo
atingir a 8 m i­
lhões no final
do ano 2 0 0 0 ,
segundo calcu- AntonioTavares
j la a Associação
Brasileira de Provedores de Inter­
net (Abranet) . Neste ano, cerca de
6 milhões de pessoas fizeram sua
declaração do Imposto de renda atra­
vés da rede. Atualmente existem
300 provedores, mais de 350 cida­
des brasileiras conectadas, com 1 mil
pontos de presença. Na opinião dc
Antônio Tavares, presidente da
Abranet, os provedores geraram 50
mil novos empregos no Brasil. O de­
senvolvimento da Internet no Pjí>
tem necessariamente que resolver
questões como tributação de produ­
tos, questões judiciais e autentica-
ção eletrônica. “Estamos travando
uma luta contra a pornografia infan­
til e os sites de ódio (discriminação
racial e religiosa)", informou.
O fato curioso é que enquanto
nos outros países a dificuldade de­
crescimento se baseia na baixa taxa
de penetração de computadores, o
i problema no Brasil é a falta de li­
nhas telefónicas. “Para se ter uma
idéia, nos últimos meses, a Telcfoni-
ca instalou no Estado de São Paulo
mais dc 1 milhão e meio de linhas
para assinantes da classe B. po­
tenciais usuários de Internet . dis­
se lavares, durante o 1° Empre­
endedores Internet Brasil, evento
1 organizado pela Associação para
hom enagear as personalidades
que contribuíram com o cresci
mento da W eb brasileira.