Page 40 - Telebrasil - Maio/Junho 1999
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Entrevista
V i r g í l i o F r e i r e ,
o h o m e m e o e x e c u t i v o
Afável e comedido, Virgílio
nos fala objetivamente de
carreira e filosofia gerenciais.
A seguir, um resumo de uma
Virgílio Freire
entrevista de duas horas que
Chegou a fazer pós-graduação? Como foi a ida para a Telesp?
concedeu à Telebrasil
Ainda como estudante fui estagiário Em 1973, a região de São Paulo foi
durante o XXXVIII Painel, em da Siemens, ( V i r g í l i o f a z u m a s c o n t i separada da CTB e, assim, nascia a
n h a s . , . ) Já estou há 35 anos no setor de Telesp. Amigos me convidaram para
Fortaleza (CE), e da qual
telecomunicações! Fui também bolsis lá ir. Havia um espírito de renovação
emerge o homem subjacente ta e fiz pós-graduação no ( kituc. lenho com executivos como Paiva Lopes,
maio-junho/99
trabalhos publicados sobre propagação, I .ew Kaufmann e 1 )elson Siffert. Subi
ao executivo. antenas Vagi e Rhomhicus.
um nível hierárquico para ser assessor
do Delson. Fiquei no Sistema Telebrás
Como foi o início de sua formação? daquele ano até 1992.
E o primeiro emprego?
Nasci cm Aracaju, no Sergipe, cm 1945.
Telebrasil de idade, tendo completado o ginásio e o Standard Electric, ambas do grupo O que fazia na Telesp?
boi com a STC inglesa, irmã da
b ui para o Rio de Janeiro aos cinco anos
IT&T. Tratava-se de um grande con
( Comecei recrutando 70 engenheiros
científico no ( Colégio Santo Agostinho, no
bairro do I^eblon. Em 1963, entrei para a trato para implantar um sistema de mi e coordenando seu treinamento técnico
croondas nos estados do Rio de Janeiro, com a Bell Canadá. Durante dois anos
Pontifícia Universidade Católica -
Minas Gerais, Espírito Santo e São Pau coordenei a implantação da rede, que se
PUC/RJ - para ser engenheiro.
lo. Eu era o único engenheiro brasileiro, expandia a taxas de 25% e onde o risco
boi um trabalho de campo, em que via de descoordenação era grande. Depois
Existe uma geração PUC? java de Rural Willys com um telurômetro chefiei o planejamento de toda a trans
a bordo para fazer prospecção de enla missão.
m
Eu diria que sim. Você tem o Dílio, ces de rádio.
como presidente da MCl/Emhratel; E verdade que foi para a África?
o Fernando Xavier, na Telefônica; e o
Como chegou na CTB?
Machado, na Nortel. O Wangler co Sim. Ao final de 1979, meu amigo
manda a Telemar, no Ceará. Adhemar Gomes, da Promon, acenou
Depois de passar por empresas de
com um projeto de telecomunicações na
consultoria, como a Lasa, da Cruzeiro
Nigéria. Tirei uma licença, não-remune-
A que atribui tal sucesso? do Sul, fui ser engenheiro na Compa rada, e lá fiquei um ano com minha fa
nhia Telefônica Brasileira - CTB. De
mília. Uma experiência cultural, pessoal
A Pl IC, com os jesuítas, forma enge pois de um tempo parado, me deram o e profissional das mais interessantes.
nheiros familiarizados com números, estudo de uma ligação coaxial entre
A
mas também com economia e com a Rio e São Paulo. Gostaram do relató N a v o l t a d a Á f r i c a , V i r g í l i o F r e i r e p a s s o
doutrina social da Igreja. Aos 22 anos, rio. Passei a chefiar 15 engenheiros, a c h e f i a r s u c e s s i v a m e n t e o s d i s t r i t o s
estudávamos Kant e Hegel, sendo le como chefe de seção. Entendi que gos o p e r a c i o n a i s d e O s a s c o , C o n s o l a ç ã o e P r
vados a pensar em aspectos sociais. tava de ser gerente. n h a , e m S ã o Paulo, q u e s ã o v e r d a d e i r o s