Page 67 - Telebrasil - Julho/Agosto 1997
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que o governo liberasse o PCS (um sis voga, quem vem primeiro tem maiores
tema celular de banda mais alia), que está benefícios de mercado, ocupa mais
Q u a n d o a
previsto para depois do ano 2000. Por espaços.
que não abrir, ao invés de restringir? O outro ponto do acordo com a
e f ic iê n c ia é u m N ew bridge diz respeito à com er
RT — E quanto ao projeto DECT? cialização dos produtos das duas em
VD — Infelizmente, estou triste com p a r â m e t r o m a is presas. A DFV irá representá-los jun
o rumo que esta sendo tomado. O M i to aos seus clientes de comunicação de
nistério das Comunicações está queren v a lo r iz a d o , a s dados.
do fazer uma normalização de freqüên-
cia de banda que alija esse mercado e m p r e s a s RT— Qual o faturamento obtido
formado por empresas com tecnologia pela DFV?
européia, como A lcatel, Ericsson, t ê m g a n h o s VD — Neste ano comercial a DFV
Siemens-Equitel, Philips e a NEC ja Telecom vai faturar algo em torno de
ponesa, e que está avaliado em US$8 m a io r e s . R$40 milhões, com a comercialização
bilhões pelo PASTE. de switches, roteadores, comutadores
Tem gente dentro do Ministério traba e outros para operadoras de telecomu
lhando para introduzir no Brasil padrões nicações como a Telesp. Telerj, Em-
norte-americanos com argumentos téc bratel, para citar apenas algumas. Esse
nicos que não nos convencem (sem falar é um mercado que cresce a taxas anu
no reinvesti mento que deveria ser feito ais da ordem de 20%.
para atender padrões equivalentes aos do
FCC norte-americano). RT — Q ual a participação da
Não só é injusto, quanto incorreto. Equitcl na telefonia celular?
Esta medida é inconcebível, uma vez VD — Nosso objetivo não é fabri
que fere a própria filosofia da LGT. car, mas ter esse produto dentro de nos
Definir por decreto quem tem direito so espectro, como parte da filosofia de
equem não tem é um retrocesso, pelo oferecer soluções completas. Temos
menos no caso do DECT. Nós temos dois acordos com a Motorola: além de
provas de que a solução que estamos comercializarmos a parte móvel (apa
propondo — operar na faixa de 1.910 relhos), fizemos uma parceria para for
a 1.930, deve ser liberada tanto para necimento de infra-estrutura.
WLL (Wircless Local Loop), como Essa parceria aconteceu tarde, quan
para os telefones cordless. do todas as licitações já estavam na rua.
Nós temos provas de que ambos fun Essa é a razão de nossa participação
cionam no mesmo ambiente, sem ne ainda ser de apenas 6% no Brasil, com
nhum problema. As suposições de que ênfase no Interior de São Paulo.
não funcionam coincidem com a influ-
ência das empresas americanas. E um RT — E quanto a redes de fibras
fato, além de técnico, de consequênci V e r r ie r D it t m e r : “ E s s a c e r v e ja é n o s s a ! ” ópticas, quais são os projetos de in
as políticas. vestimentos ?
VD — Como dizem os alemães “essa
tre a Siemens alemã e a Newbridge,
RT — Mas a briga não está p er com o objetivo de comercializarem pro é cerveja nossa!*'. Em tecnologia SDH
dida... dutos comuns, visto que a Siemens já (Synchronous Digital Hierarchy), fo
VD — No momento, estamos do pior tinha ATM de grande porte e a New mos os primeiros a fornecer o sistema.
lado, mas vamos lutar para mudar. Se bridge, ATM de pequeno porte. Tivemos alguns problemas — outras
ficar como está, as empresas envolvi O sistema que se conhece hoje — empresas nos passaram à frente — , mas
das no projeto serão perdedoras. comunicação de dados em banda larga depois recuperamos nosso espaço.
— está muito distante do sistema do Hoje somos a número 1 do mercado
RT — Quais os resultados já al futuro e os investimentos nessa tec e queremos manter essa posição. Já
cançados com a aliança feita com a nologia do futuro são altíssimos. Por estamos investindo na unidade de Pes
canadense Newbridge? isso nos juntamos à Newbridge. quisa e Desenvolvimento, em Curitiba,
VD — A nossa conjugação Equitel- Enviamos alguns dos nossos enge e negociando com a Siemens alemã
Newbridge do Brasil culminou com a nheiros á cidade de Canata. no Cana para nos tomarmos um centro mundial
compra do tradicional representante da dá, onde, junto com os engenheiros da de excelência na tecnologia SDH para
Newbridge canadense, a DFV Tele N ew bridge, estão desenvolvendo o a Siemens. O mercado brasileiro de
com. Ela é um subproduto de uma es ATM do futuro. SDH está avaliado em US$200 mi
tratégia maior, que é uma aliança en- De acordo com o jargão mais em lhões, do qual temos um terço.
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