Page 26 - Telebrasil - Março/Abril 1997
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J o ã o   C a r lo s  P in h e ir o   d a   F o n s e c a











                                               B o a s   t e l e c o m u n i c a ç õ e s   s ã o   e s t r a t é g i c a s  p a r a   a   e c o n o m i a   d o s  p a í s e s   e




                                            p a r a   s e u   c o m é r c i o   e x t e r i o r .   A   T e /e x p o  ’9 7  o c o r r e u   m a r c a d o  p e i o   c / i m a   d a




                                                           m u d a n ç a   n o   a t u a i  m o d e / o   d a s   t e l e c o m u n i c a ç õ e s ,   b e m   c o m o   p e i o




                                                                              i n v e s t i m e n t o   d e   b i l h õ e s   d e   d ó l a r e s   n o   S i s t e m a   T e ie b r á s .


















                               Telexpo’97, de  18 a 21  de mar­


                              ço,  no  Expo  Center  Norte em


                               São  Paulo,  promovida  pela



                               H&T,  revelou-se,  pela  sétima



           vez, o ponto anual de encontro da  co­


           munidade  das  telecomunicações  que



          cresce a olhos vistos, com antigos e no­


           vos atores, atraídos pelas perspectivas de



           lucro.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        M      o t t a :   B r a s

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          v iv e   o   in í c io
                 Somado ao hardware de mais de tre­

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          d e   u m   n o v e
          zentos estandes da  Feira — repartidos
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          c ic io .
          em dois grandes pavilhões — o software



          de um Congresso recheado de palestras,


          painéis e mesas-redondas, os participan­



          tes da Telexpo viveram um ambiente de



          expectativas  institucionais  e  pessoais.


          Como  pano de  fundo, a Lei  Geral  das



          Telecomunicações  sendo  discutida  na


          Câmara dos Deputados, cm Brasília.



                Na abertura, o ministro das comuni­



         cações, Sérgio Motta, como confiden­


         te do presidente da República, fez um                                                                                          O Plano                                                                                                                          A  maioria dos produtos para tele­



         tour de force de oratória para uma pla­                                                                                       Citando que a globalização não é fato                                                                                       comunicações  deverá  ser produzida


         téia de empresários, privados e estatais.                                                                                     definitivo, Sérgio Motta, afirmou que                                                                                       em  território  brasileiro  e  para  isso



         Falou  do projeto Brasil  do governo e                                                                                        ela deve  ocorrer “a  partir do  Brasil”,                                                                                   está ocorrendo uma revisão na polí­



         do destino previsto para as telecomu­                                                                                         com  uma indústria “fincada no país”.                                                                                       tica das alíquotas de importação, em


         nicações.  Elogiou o deputado Alberto                                                                                         O objetivo do Brasil é criar o mercado                                                                                      especial  para os produtos necessári­



         Goldman (PMDB/SP),  relator do pro­                                                                                           da América do Sul. O Mercosul já for­                                                                                       os  para  a  implantação  da  operação



         jeto de Lei Geral  na Câmara.                                                                                                 ma a quinta economia do mundo, lem­                                                                                         celular na banda B. Em decorrência,


                Sérgio Motta invocou a legitimidade                                                                                    brou o Ministro.                                                                                                            vários  empresários  declararam  que



         do governo eleito, o clima de liberdade                                                                                             O fruto da privatização das estatais                                                                                  vão fabricar tais produtos no País.


         das instituições e da imprensa e disse                                                                                        vai  ser carreado para um Fundo, a ser                                                                                            Em  relação  à  privatização das te­



         que o Brasil vive o início de um novo                                                                                         gerido pelo BNDES. Parte desse Fun­                                                                                         lecomunicações,  Sérgio  Motta  lem­



         ciclo.  Deteve-se sobre a expansão da                                                                                         do  irá  para  o  Tesouro  e  outra  para                                                                                   brou  ter  encontrado  um  Ministério


         indústria,  “não  mais  centrada  apenas                                                                                      melhoria da infra-estrutura do país, in­                                                                                    percorrido  por  lobbyistas  e  despa­



         em  São  Paulo",  e  sim  ocorrendo  em                                                                                      clusive  a social.  Haverá uma política                                                                                      chantes  de  todo  o  tipo.  “Não  tenho


         todas partes do País. O problema a re­                                                                                       de investimento e  financiamento para                                                                                        medo  de  cara  feia  e  o  lobbv  só  me



         solver vai ser criar condições para que                                                                                      a  indústria  aqui  instalada,  com juros                                                                                    estimula”,  disse  o  Ministro,  acres­


         este ciclo se consolide.                                                                                                     menores do que  10% (entre 5 a 6%).                                                                                          centando que os serviços de teleco
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