Page 29 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1997
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ralmente unidirecionais, o usuário ape toda a rede (o cabeçal). Isto complica além de não serem uma boa platafor
nas recebe a informação. O principal enviar sinais na direção de retorno, ne ma para redes locais, metropolitanas e
serviço não interativo é, sem dúvida, o cessário à interatividade da rede, visto de longa distância (LAN,MAN, WAN),
da distribuição de sinais de TV por que é alto o nível de ruído introduzido criticou o diretor de tecnologia de dis
cabo. mas existem ainda os canais de pelos amplificadores utilizados no pro tribuição da NET Brasil.
eventos (pay per view), os canais de cesso. Uma das visões que os operadores
compras pela televisão, os canais de Já nas redes para telefonia, a solu para faixa larga têm é a chamada es
agências de viagem, os canais bancá ção clássica que todos conhecem foi a trutura de “dupla estrela-árvore” (vide
rios e os de segurança patrimonial e da topologia em estrela, com centros figura). Essa topologia consiste num
de fios irradiando pares metálicos (vide nó primário, interligado em estrela a
Para Luis Baptistella, o atual desa gráfico). Com isso, deu-se boa dispo nós secundários. Estes irradiam, por
fio é como levar sinais de vídeo, em nibilidade de acesso ao usuário indivi sua vez, em estrela, segmentos de trans
tempo real, ao mercado não corpo dual — ainda que gerando grande oci porte que chegam a um ponto para dis
rativo. As soluções iniciais das redes osidade na rede — aliada à confia- tribuição final (capilar), esta feita em
de TV por cabo utilizaram a topologia blidade do sistema, devido à conexão árvore. Toda a interligação do sistema
tronco-árvore. Como o nome indica, a entre seus nós. Mas a rede telefônica pressupõe o uso de fibra óptica, a não
partir de um cabeçal sai um tronco prin clássica permaneceu de faixa estreita, ser o “último quilômetro” que pode ser
cipal que se ramifica em ramais secun com pouco espectro disponível — não em cabo coaxial, ou até em par metáli
dários (vide desenho). Explicou o téc favorecendo serviços interativos distri co, para baratear o custo ou para apro
nico, que a grande vantagem desse ar buídos — e com limites na distância veitar instalações existentes.
ranjo consiste no seu baixo custo para economicamente viável. Dependendo da origem do operador
pequenas e médias distâncias. As atuais redes — de telefonia e de — TV a cabo ou telefonia — o nó pri
Mas existem inconvenientes técnicos TV a cabo têm uso bem limitado mário denomina-se cabeçal (head end)
que o palestrante detalhou. À topologia para aplicações de faixa larga, intera ou então centro mulliserviço e que se
tronco-árvore utiliza amplificadores em tivas. personalizadas. As atuais redes destina a receber sinais, via satélite, por
cascata que pioram a confiabilidade da não dão acesso universal, comunicação UHK ou por fibra óptica. Os nós se
rede e introduzem distorção no sinal pessoal, conexões flexíveis, simultanei cundários são denominados de “hubs”
transmitido. Além do mais, ela oferece dade de sinali/ação e gerência, uso efi ou ainda centros de distribuição e in
apenas um ponto de convergência para ciente da banda passante disponível. serção (UD1). Os pontos de distribui
ção final são conhecidos como nós ou
como estágios remotos.
A rede se completa com a ligação,
As soluções iniciais das redes de telecomunicações
ao nó primário e aos nós secundários,
(topologia/arquitetura)
dos “centros de geração e play-off'
(CGPO) ou centros provedores de ser
Estágio Remoto
viços (UPS). “E como se fosse as par
ou Armário
tes de um mesmo ser que cada pesca
dor resolveu caracterizar a seu modo”,
observou um participante do Painel
TELEBRASIL.
As soluções iniciais das redes de CATV
(topologia/arquitetura)
Centro de fios
Tronco
Rede atual (acima)
para telecomunicações
(arquitetura) e rede
atual (ao lado) para >— r f c n ------
distribuição de televisão Ç
7
por assinatura 0 1 —4—
Head-end
t
Distribuição
Topologia
tronco-arvore