Page 25 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1997
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Latina explicam essa rápida expansão. mas regiões do mundo, destacando-se
Mas os lançamentos diminuirão até o os EUA, onde existem 62 milhões de as de telefones celulares realizar chamadas
ano 2000, pois os satélites serão usados sinantes de TV por assinatura e 93 mi fora das fronteiras nacionais.
Para o início de 1995, as estimativas de
com maior eficiência. lhões de domicílios com televisão. A telefones celulares em todo o mundo re
Com a combinação de tecnologias, Europa conta com mais de 20 milhões de dundavam 55 milhões de acessos. Levan
ocorre evolução para equipamentos ter assinantes. do em conta o interesse demons-trado
minais integrando telefone, televisor e O mercado potencial pode ser avalia pelas pessoas em conseguir maior mobi
computador. Dessa convergência surge do através de estatísticas de domicílios lidade e a redução dos preços para siste
um novo equipamento terminal, que não com televisão ou ainda com o estoque mas móveis, é esperado um crescimento
é apenas um computador, mas também de televisores em uso. Sob esse último fantástico para o setor, podendo ocorrer
um televisor, um telefone, um aparelho critério, a América Latina representa o que a estimativa de 260 milhões de assi
de fax e, até mesmo uma caixa de correio. quarto maior mercado potencial de TV nantes de telefones celulares para o ano
A convergência dos telefones, com por assinatura, com 80 milhões de televi 2000, esteja subdimensionada. No início
putadores e televisores força as empre sores em uso, representando 8% do mer de 1996 já estavam operando no mundo
sas a procurarem externamente o conhe- cado mundial. Do total mundial de 1 bi cerca de 87 milhões de telefones celula
ci-mento de que carecem. Fusões, joint- lhão de televisores em uso, a Europa e a res.
ventures e alianças criativas de toda sor Asia representam, respectivamente, 35%
te começam a ocorrer em um ritmo acele e 32% do mercado mundial. Os EUA são Comunicações pessoais
rado, conforme os três pilares da indús o terceiro maior mercado, com 210 mi As redes de comunicações pessoais, atra
tria de comunicações busquem apoio na lhões de televisores em uso. O Brasil, vés das redes de satélites globais, do PCS
indústria de telecomunicações que se com 33 milhões de televisores, ocupa o (Personal Communications System) em
desenvolve. sexto lugar mundial, depois dos EUA. desenvolvimento nos EUA, do PCN
O aparelho de televisão comum permi Japão com 77 milhões, Alemanha com 45 {Personal Communications Networks) na
te ao telespectador selecionar filmes, pro milhões. China com 45 milhões e índia Europa, certamente acrescen-tarão vários
gramas de televisão, videogames. pro com 37 milhões. milhões de assinantes aos serviços mó
gramas educacionais, compras a domicí A tecnologia e o mercado convivem veis. No mesmo sentido também deverão
lio, operações bancárias, serviços de com mudanças mútuas e constantes, concorrer os sistemas DECT (Digital
pagamento de contas, reservas de qual surgindo a possibilidade de serem ofe Eumpcan Cordless Teleeommunieations)
quer espécie e informações em geral. recidos serviços de vídeo e voz utilizan c o PUS { Personal Handyphone System)
Assim, informações, comunicações, do a mesma infra-estrutura. Na Europa, do Japão.
capacitação técnica e cultural, planeja todas a s empresas do setor estão bus O setor de telecom unicações se
mento e colaboração, com todas as faci cando acertos. A situação de cada na reestruturará radicalmente em função
lidades, são acessadas tão facilmente, ç ã o , entretanto, varia em função da re das diversas mudanças e ajustes em an
quanto telefonar. gulamentação própria. Mesmo nesse damento, e o resultado poderá ser uma
Durante muitos anos, o aparelho tele continente, a s diferenças entre os diver situação de contínua revolução, previs
fônico dominou isoladamente como ler sos países s e reflete nos níveis de pene ta por diversos analistas. Com toda cer-
minai de comunicação. Hoje. computa lração da televisão a cabo em cada um lc/a a velocidade dessas mudanças não
dores e televisores já disputam posição deles, que chega perlo de I00L na Bei será uniforme cm todo o mundo. As pri
gica e 1 iixemburgo. mas não passa de
de terminal eletrônico no lar. No momen oridades da maioria dos clientes dos
15Ví na Espanha, dados de 1993.
to as empresas de TV a cabo estão in países em desenvolvimento continuarão
vestindo milhões de dólares para in sendo distintas das dos países mais de-
Celulares senvolvidos, que certamente aguardarão
crementar ao televisor doméstico as fun
A tecnologia, espeeifieaniente as comu pelo acesso aos serviços básicos.
ções de um computador pessoal, enquan
nicações sem fio. está tomando obsole Os operadores, os provedores de ser
to que a indústria de computação faz a
ta a maioria das regras tradicionais. Sis viços e os fabricantes de equipamentos
contra-ofensiva com a multimídia e a
temas baseados no rádio, como os tele- que não puderem se antecipar e se adap
videoconferência.
lones celulares, já não são privilégio de tar a estas mudanças atravessarão séri
uma elite. A tecnologia está possibilitan as dificuldades. O trafego de voz, que
TV por assinatura do a popularização dos sen iços e os pre atualmente representa cerca de 80% das
O serviço de televisão por assinatura já ços estão caindo. Além disso, os acor receitas das empresas de telecomunica
se encontra bastante difundido em algu dos de roaniin#, permitem aos clientes ções, diminuirá significativamente em
relação às receitas oriundas dos servi
ços de dados, textos, imagens e vídeo,
sendo provável que em 2000, fique abai
xo de 50%, segundo o analista Michael
Mercado mundial de satélites
Spencer , da Booz, Allen Fronteiras &
Hamilton.
60 No ano 2000, as fronteiras entre em
60- F 'to presas de televisão a cabo. de telecomu
nicações e de computadores se confun
40
dirão total mente, conforme destaca o
30 » L í
20 \ ¦£» ? 1995 analista de tendências mundiais John
Naisbitt em “Paradoxo Global". O pal
10 EB 2000 co está armado para as empresas de te
0 M lecomunicações invadirem os territóri
América Europa os umas das outras e fazê-lo em parce
do Norte Central e
ria. ou em competição, com as empre
Leste
sas de televisão a cabo.
Ponte: Euroconsult O desaparecimento da distância como
chave para o preço da comunicação po-
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