Page 28 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1997
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A
U m a r e d e d e p e s c a é f o r m a d a p o r n ó s e
s e g m e n t o s . É f e i t a p a r a p e g a r p e i x e . N o c a s o
d a s r e d e s d e t e l e c o m u n i c a ç õ e s , o p e i x e é o u s u á r i o
f i n a i . J á o s p e s c a d o r e s , b e m , o s p e s c a d o r e s , s ã o
o s o p e r a d o r e s d e t e l e f o n i a , d e t e l e f o n i a c e l u l a r , d e
c o m u n i c a ç ã o d e d a d o s , d e s a t é l i t e s , d e t e l e v i s ã o a c a b o
e tutti nuanti. nue a i estão de o/ho no mercado.
J o ã o C a r l o s P i n h e i r o d a F o n s e c a
melhor, porem, é pensar nas re técnicas. O serviço de telefonia é ponder é qual a melhor maneira de dar
0 como uma malha rodoviária. Os do uma faixa estreita para passar o si çar cada usuário final com uma “toma
capilaridade à infovia de modo a alcan
conversacional e comutado requeren
des para telecom unicações
da" para serviços de faixa larga. Este
nal. ao passo que a difusão da televi
cruzamentos sáo os nós de co
mutação, as estradas são os segmentos são flui numa só direção e necessita de tema foi discutido por Luis Baptistella,
de transporte e os veículos cjue nelas um meio de faixa larga. ex-pesquisador do CPqD da Telebrás
trafegam movimentam coisas — no A chegada das fibras ópticas está e agora um dos diretores da NET Bra
caso, informação. mudando tal cenário. Criou-se o con sil, durante o XXXIII Painel TELE-
Quem estabelece uma rede, quer cap ceito de infovias — ou redes de faixa BRASIL, em Florianópolis (SC).
tar determinado público. Durante dé larga — assim denominadas por per
cadas, as redes para telecomunicações mitirem o fluxo simultâneo de uma Interação e difusão
foram construídas a partir de fios de imensa quantidade de informação e dc Luis B aptistella, responsável pela
cobre, para o transporte de uma con serviços. Operadores de telefonia, em tecnologia de distribuição da NET no
versação telefônica. Com a chegada da presários de televisão a cabo e empre Brasil, vê as infovias sendo utilizadas
televisão — um sinal contendo um vo endedores independentes, começaram para serviços interativos — em que o
lume bem maior de informação que a ver na fibra um meio para dar ao usu usuário interage com a rede — e os não
uma conversação telefônica — seu si ário final, acesso a toda a sorte dc ser interativos. São serviços interativos, o
nal foi difundido primeiramente pelo ar viços de telecomunicações. vídeo sob demanda, as compras em
c depois por meio de cabos coaxiais. Seria “tapar o sol com a peneira", tempo real (home-shopping), os servi
Estes, nada mais são que fios de cobre, achar que, a médio prazo, um opera ços bancários em tempo real (home
configurados de modo especial para dor de telefonia — principal mente se banking), as agências de viagem
melhor aproveitar suas características privado — uma vez dono de uma rede interativas, o tele-ensino e o teletra-
elétricas e cujo efeito é alargar a estra de faixa larga, deixaria de distribuir balho (home-working). Também são
da pela qual passa a informação. sinais de televisão ou que um operador interativos, a telefonia, a comunicação
Redes telefônicas e redes de TV por de TV a cabo, não queira oferecer ser de dados, a videofonia, a videocon
cabo conviveram, até agora, separadas viços de telefonia ou de Internet. ferência. o videojogo e a multimídia.
e apresentaram importantes distinções A interrogação técnica que resta res Já nos serviços não interativos, ge-