Page 34 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1997
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CONJUNTURA
Telebrás e nas cúpulas de importantes percorrendo o continente de Norte a
multinacionais. O Sistema Telebrás, Sul, com milhares de quilômetros de
com planos de demissão incentivada, cabo e um trabalho ciclópico. Em For
continuou sendo um celeiro de talen taleza, essa rede se conecta com os
tos, para atender à oferta por profissio EUA e Europa, via cabos Américas I e
nais treinados na iniciativa privada. Columbus II. Em Florianópolis, ocor
A demanda prevista para fibras re a ligação com o Unisur, carreando
ópticas movimentou as empresas locais tráfego do Cone Sul. A rede fica
rumo à expansão de suas plantas. Ou interiorana partindo do Rio de Janeiro
tras se prepararam para fabricar termi e de São Paulo, rumo a Brasília e ao
nais celulares no Brasil, que já é a 1 Ia Centro-Oeste. 4 4 O Estado passará
planta celular instalada, no mundo. No O sistema Trópico manteve sua tra
ano de 1996, tivemos mais aparelhos jetória de sucesso, geograficamente tro a regular e não mais a
celulares do que a França e o dobro dos pical. As tecnologias TDMA e CDM A prestar serviços de
que existem no México. continuaram disputa ferrenha com vis telecomunicações j 5
No terreno do computador pessoal, tas ao mercado da telefonia celular di
continuou a hegemonia dos chi ps Intel gital. Mas o teste definitivo virá com a Sérgio Motta
com transição da família 486, nascida escolha de tecnologia pelos futuros ope
cm 1990, para oschips Pentium, origi radores da Banda B. O uso do rádio
nados três anos mais tarde. Continuou para enlace local foi objeto de testes,
a caminhada do sistema operacional mas oficialmente nada ficou definido. como o esforço rumo a seu gerencia
Windows 95, da Microsoft, cujo dono, Os serviços dQtrunking, radioehamada mento integrado.
o multimilionário Bill (jates, veio ao e redes corporativas, basicamente em Se avolumaram as falas sobre a che
Brasil. Osmainframes mostraram que mãos da iniciativa privada, continua gada da rede fotônica; competição entre
ram se expandindo.
não estão mortos ainda que apre as redes de TV a cabo e as de telefonia;
O CPqD completou vinte anos,
sentados sob novos rótulos c a lin televisão digital de alta definição.
elucubrando sobre o seu destino com
guagem Java, passou a ser utilizada na Na área de satélites, os projetos de sis
um Sistema Telebrás privatizado. As
Internet, renovando o conceito que “a temas de baixa c média altitudes (GEOs
empresas operadoras separaram, inter
rede é o computador’'. e MEOs) continuaram seu caminho ace
namente. as atividades relacionadas à
A futura licitação da banda B celu lerado, para dar comunicações em qual
lar (em 800 MI Iz) foi um dos assuntos telefonia celular na Banda A, visando quer tempo e lugar, complementando os
seu possível desmembramento. As seis
que geraram grande agitação, em 1996. sistemas celulares terrestres. O Iridium,
editoras das 184 listas telefônicas, com
Houve a formação de consórcios com no Brasil com o grupo Inepar, teve acor
tiragem de 29 milhões de unidades, de
a aliança de pesos-pesados, nacionais do operacional fumado com a Embratel,
e estrangeiros, nas áreas financeira e fenderam que as listas classificadas para estação em Guaratiba, RJ.
sejam liberadas mas que as de assinan
tecno-operacional. O “Jornal do Bra Ainda com petem nessa área, o
tes permaneçam vinculadas às opera
sil” optou por participar do projeto de Odyssey (um Meo), o Globalstar (um
satélites Globalstar. O assunto das con doras. LEO só para dados) e o Orbcom (um
Foi relançada a Rede Nacional de
cessões para os serviços de TCs pes pequeno LEO), já no are sendo explo
Alta Velocidade-Rcnav com base num
soais (PCS) foi relegado para mais tar rado, aqui, pelo grupo ABC. O projeto
de pelas autoridades. backbone ATM (Asynchronous Trans- do satélite nacional Eco progrediu pou
fer Mode) entre Rio de Janeiro, São co, assim como o geo-estacionários
Infra-estrutura Paulo e Belo Horizonte. A infra-estru Class, do grupo Globo.
As empresas do Sistema Telebrás fize tura das TCs caminhou para o multiuso. A Embratel permaneceu confortavel
ram aniversário com idades acima de Chegaram as infovias de faixa larga, mente explorando a banda C de seu
vinte anos, encontrando-se em plena ju com os usuários de Brasília usufruin Brasilsat A2, para a região amazônica;
ventude. As ações da holding, por sua do da Rede Metropolitana-Remav, im BI para TV; e B2 para serviços fixos.
vez, bateram recordes históricos, de plantada pela Telebrasília. Ela anunciou a futura chegada do B3,
monstrando que as TCs são o melhor Usuários da Internet pressionaram para TV e de um possível B4. Todos es
negócio do mundo. A União detém para que as operadoras — atropeladas ses artefatos fornecidos pela Hughes, do
menos de 22% do capital total da por um fenômeno ainda mal digerido tipo pião rotativo. Na área do entreteni
Telebrás com pouco mais de 50% do — para ter mais acesso e mais meios mento, disputaram a banda Ku — que
controle acionário. A maior parte das de transmissão. Falou-se em revi permite recepção com antena de 60 cm
ações é de propriedade particular, com talização da rede metálica com tec — o projeto DTH (Direct TV to the
25% das ações, em mãos estrangeiras. nologia DSI. (Digital Subschber Home), dos grupos Murdoch e Globo,
A Embratel desempenhou seu papel Loop) e RDS1 (Rede Digital de Servi que utiliza o satélite Panamsat 3 e o sis
de grande integradora da América La ços Integrados). A digitalização da rede tema Direct TV, do grupo Abril e
tina. Implantou um backbone óptico Telebrás, continuou ocorrendo, bem Hughes, que utiliza o Galaxy III. TP