Page 11 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1997
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28 mil assinantes de rede de pacotes, em cinco anos.
17 mil de comunicação de dados, dez A China partiu para desenvolver e
milhões de usuários de rádiochamada construir seu próprio sistema de co
(Motorola). A densidade telefônica na m utação eletrônico SP-30 - com
China é de 3.4 linhas por cem habi 68% dos componentes fabricados no
tantes e de 17 linhas, nas regiões ur país - e seu transporte óptico em hie
banas. rarquia síncrona SDH a 155 Mbit/s e
A política industrial chinesa para 622 Mbit/s. Os chineses têm projeto
as telecom unicações com preende a piloto próprio SDH, a 2,4 Gbit/s.
compra externa de equipamentos para O ano de 2010 - daqui a 13 anos
desafogar áreas críticas, a produção O s c h in e s e s t ê m s u a p r ó p r i a - é a m eta que os chineses se deram
local com parcerias sino-estrangeiras in d ú s t r i a e s p a d a i e n u c l e a r para terem uma rede de telecomuni
e a pesquisa e desenvolvimento locais, cações que atenda às necessidades de
incluindo manufatura. Um ministério Com um a econom ia de p lan e sua população e de sua economia.
único com anda a operação (31 adm i jam ento centralizado, o desenvolvi Uma famíla e um telefone na área
nistrações regionais) postal e de tele mento das telecomunicações na Chi urbana e um serviço telefônico para
com unicações, sua indústria de equi na, foi fruto de oito planos de expan qualquer localidade na área rural é o
pam entos, em preiteiros, com unica são, a partir de 1953. O oitavo pla que eles querem. Já no ano 2000 de
ções por satélites, laboratórios de no, (1991-1995) representou um au sejam ter 150 m ilhões de linhas,
P&D, centros de treinamento, pro mento significativo de facilidades, incluindo 18 milhões de usuários ce
jetos. docum entação e até filatelia. com 38 milhões de linhas acrescidas lulares.
China c Brasil países intcrnacio- Campos (SI5) firmando conceito para das. A localidade de Alcântara, no
nalmente na moda estão ultimando um satélite de recursos naturais e ven Maranhão, agrada os chineses que não
preparativos para lançar, possivelmente do como poderá haver cooperação no querem ou não podem arcar com os in
ao início de 1998, seu CBI RS (Chi- terreno das telecomunicações. A Chi vestimentos necessários para trans
na-Brasil Earth Resource Satellite). na utiliza o AsiaSat, o Asia Pacific e o formá-la numa base de lançamento es
um hexaedro (2 x 2,8 v 3,21 m) de 708 Palapa para suas telecomunicações, \ ia pacial.
kg, estabilizado em três eixos, carac satélite. Para 1998, a China pre-vê o Desde a década de 70, quando lan
terizado pelo uso de um único painel seu Dl 11-3, satélite dc telecom u çaram seu DEI 11 experimental com
solar ( 1.060 w) medindo oito metros. nicações, com 24 trunsponders na ban 173 kg, os chineses já orbitaram 37 sa
O artefato circulará a terra a cada 26 da C, e equivalente ao HS 738 da télites, dos quais 17 foram do tipo re
dias, trazendo informações sobre a su I lughes. cuperável, com base em coifas que su
perfície da terra, a serem processadas Os planos da C hina país que portam a temperatura de até 2.000 J
pelo Instituto Nacional de Pesquisas reciclou sua tecnologia militar para uso Celsius gerada pelo atrito encontrado
Espaciais (INPI ) que já lançou edital civil prevêem o lançamento de sa pelo artefato ao regressar para nossa
para estação de recepção de imagens télites independentes de geoposi- atmosfera. A China foi o quinto país
para uso c com ercialização, em eionamento (GPS), de satélites mete no mundo, a orbitar seus próprios sa
ambos os países parceiros. orológicos e de artefatos leves de bai télites e o terceiro (novembro, 1975) a
O CBER terá três tipos de sensores: xo custo para atender a várias deman ter a tecnologia de satélite recuperável.
uma câmara multi-espectral ( DD, ope
rando em cinco bandas (resolução de F o g u e t e s
20 m/; um dispositivo na região dos L o n g a
infravermelhos (resolução de 120 m); M a r c h a
e uma câmara de ângulo aberto, ope c o lo c a m a t é
rando em duas bandas (resolução de 9 , 2 1 e m
ó r b i t a b a / x a e
260 m/. Caberá ao Brasil, a estrutura
4 , 8 1 e m
do artefato, seu sistema de energia, c
ó r b i t a
os testes de pré-lançamento. A inte s í n c r o n a
gração técnica do CBER será na d u
na, a quem caberá o controle térmico,
a eletrônica de bordo, o sistema solar e
as baterias.
A China, que possui três centros de
lançamento espacial, já orbitou três
artefatos equivalentes ao CBER, antes
dc partir para sua versão comercial. Em
maio de 1996, altas autoridades chine
sas visitaram o INPE, em São José dos