Page 62 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1995

nologia de acesso celular não conse­ Segundo o representante da Companhia Rede Telefônica Soroca-

guiu encobrir a forte competição Ericsson, o mercado é o enfoque bana, a nova aliança “vai permitir

entre grupos interessados num mer­ principal e não o processo. As ocupar um nicho que nos interessa”.

cado considerado por todos como modalidades de comunicações sem "Sempre acreditamos nas virtu­

altamente promissor. fio como paging, trunking, PCS, des técnicas do sistema CDMA", de­

As tecnologias básicas de acesso celular móvel e fixo, devem ser vis­ clarou Verner Dittmer, “top exe­

são duas, CDMA e TDMA, que (in­ tas como um pacote global de ser­ cutive“ da Equitel acrescentando

felizmente) não são compatíveis. Em viços, a serem oferecidos ao usuá­ que as supostas desvantagens des­

termos rápidos, a tecnologia TDMA rio. O Brasil poderá chegar ao ano sa tecnologia, como a inexistência de

re-utiliza, em tempos distintos, as 2.000, com 55 milhões de usuários grandes sistemas CDMA implanta­

mesmas facilidades de faixa passante celulares, mas por ora isto vai de­ dos, estão aos poucos virando

para carrear informações diversas. Na morar pois nem os contratos neces­ fumaça. Afirmando estar do lado dos

tecnologia CDMA, um sistema de sários para atingir dois milhões vencedores, ele disse que a Equitel

código permite distinguir informa­ foram ainda assinados. vai participar das licitações celulares

ções úteis num mar de sinais que se valendo-se da tecnologia CDMA da

espalham na totalidade do meio CDM A cria força Motorola. Ele lembrou que o sistema

existente. A Splice lançou no Semint 95 o de satélites de baixa órbita, Iridium

Segundo o ex-presidente da Tele- sistema digital de comunicações sem da Motorola, utiliza a tecnologia de

brás, brigadeiro Lélio Lobo, não há fio, coreano, da Luck Goldstar Infor­ comutação ESWD, da Siemens. E

nenhuma decisão oficial sobre o mation & Comunication Limited - ainda precisou que, se necessáno.

assunto da tecnologia celular. Um LG1C. O Starex-CMX, em tecno­ a matriz alemã é uma fornecedora

grupo de trabalho analisa o assunto. logia CDMA coreana, tem capaci­ de destaque do sistema europeu

Pessoal mente, opinou Lélio Lobo, dade final de até 300 mil assinantes. móvel digital GSM, no caso TDMA.

agora Ministro da Aeronáutica, que “Queremos participar ativamente do Durante o Semint 95, foi anun­

a solução mais econômica para o mercado celular digital e das redes ciada a criação da Qualcomm do

País seria optar por uma tecnologia corporativas", afirmou José Antonio Brasil que passou a ter como pre­

única, ainda que a Portaria n° 248 Podestá, diretor de engenharia da sidente, o ex-diretor da Telebrás.

estabeleceu que poderão ser adotados Splice explicando que a Coréia Marco Aurélio Almeida. A nova

sistemas digitais avançados duais. Telecom já assinou um grande con­ empresa resultou de mais de dois

“O País deverá chegar ao final de trato para este tipo de equipamento. anos de negociações envolvendo a

96 com três milhões de assinantes Para Heitor Edson de Souza, diretor M onytel-Computel brasileira, a

celulares. Ao final de 97, deverá estar comercial do grupo orginado da Qualcomm Inc. sediada em San Di­

ocorrendo a competição em regime ego (Cal.) e a NEC do Brasil. A

de duopólio — estatal e privado — Qualcomm Inc., uma empresa de

com a abertura da faixa de frequên­ quase três mil pessoas que respirara

cias denominada “banda B" e pos­ tecnologia, vem de festejar seu 10°

sivelmente para a faixa da telefonia aniversário, com um faturamento de

pessoal móvel (PCS), prognosticou US$370 milhões.

Gilson Rondinelli, executivo para A Qualcomm Inc. é detentora da

telefonia celular, da Telesp. tecnologia CMDA que ela licencia

Jack Finlayson, executivo da para empresas de infra-estrutura

Motorola para a América Latina, como AT&T, Goldstar, Hyundai,

após expressar o seu interesse pelo Motorola, NEC, Nortel. Samsung.

país — nós viemos para ficar — Sua tecnologia para aparelhos termi­

declarou que a empresa vai instalar nais CDMA, inclui chips de alta inte

uma fábrica de aparelhos celulares no gração (VLSI), é utilizada pela Som.

Brasil. Ao defender a tecnologia Oki, Panasonic, Nokia. Mittsubishi.

CDMA, disse que dez operadores NEC e Motorola, dentre outros. V

norte-americanos, do porte da Prime indústria de instrumentação, o su­

Co., Air Touch, Nynex, Sprint, já porte CDMA é dado pela Advante>f

optaram por este tipo de acesso. (Anritsu), HP, Rohde&Schwan7-

Já Wilson Soares, da Ericsson, lem­ Tektronix e outras mais. *

brou que apesar do debate CDMA e Qualcomm do Brasil S.A.. cora

TDMA ser assunto exaurido o País sede em São Paulo, pretende impk

está perdendo tempo e muito dinhei­ mentar, produzir e dar suporte •*

ro, ao não tomar nenhuma deci­ M arco Aurélio (Pr. da Q ualcom m do sistemas e produtos CDMA, inclui*

são em relação á expansão de seu Brasil): UCDM A é a solução do acesso para ve chips VLSI, na Argentina. Bras-

situações de alta densidade de tráfego" Paraguai e Uruguai.
sistema celular.