Page 60 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1995
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refletindo o posicionamento de quem ferrovias, empresas de água e energia e teve até uma placa comemorativa
está no olho do furacão das pressões elétrica — que vão competir na oferta a ela destinada pelo Semint 95 — ela
para uma mudança rápida no modelo de meios de telecomunicações e vai mexer também seus fornecedores.
das telecomunicações. "Devemos ter trazer custos mais baixos. E o País Segundo Nelson Peixoto Freire,
pressa mas não a ponto de compro que conta com 1,5 milhões de usuá presidente da Abinee e Roberto
meter uma boa solução", disse o rios do serviço celular tem seis Isnard, seu diretor da área de TCs, a
Secretário, afirmando que o objetivo milhões aguardando na fila. Há um indústria aqui instalada está capa
maior é obter uma real competição déficit de 4,5 milhões de terminais citada a instalar 2,5 milhões de
e não privilegiar a esta ou aquela fixos, mesmo levando em conta a terminais anuais. Mas há barreiras
situação. barreira monetária para seu acesso, para que isto não aconteça, apesar da
A posição das operadoras tradi resumiu Fernando Xavier. queda do monopólio estatal das TCs.
cionais de telecomunicações está Se a mudança no modelo das TCs Antes de qualquer privatização no
longe de ser tranqüila. O clima de vai afetar o Sistema Telebrás — cuja Sistema Telebrás "é preciso ter regras
liberalização trará novos atores — holding comemorou vinte e três anos do jogo melhor estabelecidas'’, pe
diram os dirigentes da Abinee.
c? _
Já, o presidente da Telepar, Leôn-
cio Viera P , host do Semint 95. lem
brou que a globalização da economia
mundial liderada pelo G-7 — grupo
formado pelas maiores potências do
planeta — passa por serviços de te
lecomunicações de alta qualidade e
a preços acessíveis em todos os paí
ses onde as grandes corporações
mundiais atuam. Ele fez ver que o
Brasil já deflagrou transformações
para um novo contexto econômico e
social, mesmo antes da internacio
nal i/.ação das super-estradas da in
formação, mas que há problemas
importantes a serem superados e
citou, a propósito, o verdadeiro
cipoal regulatório em que se debate
o Sistema Telebrás.
A utoridades inauguram a Feira, apelidada pelos participantes "Iguaçu 40o", não só
devido ao alto calor reinante no local, com o pela boa tecnologia, em exposição. Há que se oferecer ás atuais
empresas operadoras de serviços de
TCs condições para travar o bom
combate. É preciso livrá-las do gesso
A L C A T E L
cr da legislação, inimigo perverso de
UJ jf TANDEM
sua agilidade e será preciso modificar
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tO URING a atual estrutura tarifária e os níveis
ô de investimentos, hoje praticados",
V
rã M ONYTEL
c disse Leôncio Viera P. Mas não c
O R O LA só. A política industrial precisa ser
<r.
a kmP melhor definida. O papel de nossa
tecnologia também para não tomar
o País um "mero cliente indefeso,
frente à sofisticação dos produtos in
ternacionais e nossa falta de capa
citação em absorve-los", observou o
host do Semint 95, ele mesmo um
ex-dirigente do Centro de pesquw
e desenvolvimento - CPqí). da
Telebrás.
A respeito, a TELEBRASIL ou'^
o senador José Ignácio (PSDB-ES •
(E— D) Em prim eiro plano, deputado Paulo C ordeiro (PTB/PR) e chairm an do FCC, ex-dirigente da Telebrás, segunda
Reed Hundt. A o fundo, os presidentes da Telepar, Telebrás e da A binee confraternizam . qual o novo modelo globalizan^