Page 64 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1995
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SEMINT
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João C arlos Pinheiro da Fonseca
O executivo da Equitel
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Painel do Semint 95, explicou que sua empresa,
dedicado à indústria
apesar de ter uma matriz
privada, teve direito alemã, desenvolve tecnolo
a câmera de televisão
com o moderador Marco *? j gia aqui, gera empregos lo
Antonio Rocha — entre cais e defende o interesse
nacional. Os empresáno^
vistas também são entre
tenimento — e reuniu di cujas empresas atuavam no
rigentes da Construtel, País estão vendo as regras
Equitel, Promon, Splice e do jogo mudar, rapidamen
Zetax que discutiram o fu te. E preciso que o Gover
turo das empresas fornece no brasileiro adote medidas
doras de telecomunicações claras para defender a in
num ambiente de compe dústria brasileira com uma
tição e de globalização. maior definição da política
Abrindo o debate, An industrial. Para Antonio
tonio Roberto Beldi, da Beldi, o País deve criar, o
Splice, afirmou que não se quanto antes, mecanismos
tkdeve sucatear o que já foi clássicos de tarifas alfan
feito no País em TCs e degárias e de incentivos
referiu-se às estatais dizendo que estas naus. Nossa indústria precisa se pre fiscais em relação à indústria aqui
precisam ter condições para competir parar para exportar e ter desenvol estabelecida.
e que sua privatização deveria ser vimento tecnológico, lnfelizmente, Já Raul Del Fiol acha que o Paísé
gradual. “Não podemos trocar o abrimos nosso mercado ao exterior, tímido ao defender seu mercado. Paí
monopólio estatal por um monopólio sem ganharmos nada em contrapartida. ses desenvolvidos, tal como fazemos
privado ou estrangeiro", alertou o exe Foi uma oportunidade perdida. Até EUA em relação ao Japão, estabele
cutivo, aludindo à exploração das te aqui, construímos um bom sistema de cem quotas de importação e protegem
lecomunicações na Argentina, Bolívia TCs, mas agora chegou a oportunidade sua indústria. Uma política industnai
e México por operadoras estrangeiras de operar com as regras de mercado", deve valorizar o desenvolvimento
— estatais em seu país de origem — sintetizou Márcio Lacerda. tecnológico local dando-lhe incen
que trazem, a reboque seus próprios Raul Del Fiol, da Promon, obser tivos e acesso a nichos de mercado.
fornecedores e assim prejudicam os vou que o perfil tradicional da in “Não se competirá lá fora se nâo
fornecedores locais. dústria de hardware — hoje uma tivermos, intemamente, um mercado
Acrescentou Marcos Bandeira commodity — está mudando. Cabe nacional. A única constante no setor
Maia. da Zetax, que nenhuma indús aos atuais fornecedores agregar va privado é a mudança constante e a
tria de bens de telecomunicações lor ao produto acrescentando-lhe busca do sucesso, obsenou o exv
cresceu, no mundo, sem o auxílio de software, serviços de desenvolvi cutivo da Promon.
proteção local. Mas sua empresa está mento, instalação, manutenção e Para Vander Stephanin, presidente
habituada a competir e não teme a até obtendo facilidades de finan da Aberimest, com a queda do mono
abertura, desde que as condições ciamento para sua aquisição. Con pólio estatal das telecomunicaçôc'
sejam transparentes. Para Márcio cordando com ele, Vermer Dittmer, será quase ine\ itável a chegada do in
Lacerda, da Construtel, o ponto da Equitel, vê no centro dos negó vestidor estrangeiros ao Brasil eoco
crucial da discussão é definir o que cios, não mais a produção e a venda presário brasileiro terá que se prepare
o País quer para sua indústria: de um produto, e sim a oferta de ser para esta realidade. O engenheiroR'-1
“Já passamos pela fase de substi viços e de soluções completas para Leme Alvarenga, da Abepnest, ucr
tuição de importações e criamos, equi um cliente que passa a ser visto como que o mercado anda apertado paft -
vocadamente, a Zona Franca de Ma um parceiro. empresas que prestam serviços e es-¦